O término

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  - Eu vou com você.

  - Então ele acaba com a nossa raça junto.

  - Vamos. Eu vou depois. 

  - Certo. Estou indo. - Sai e entrei no meu carro. Dirigi até lá o mais rápido que pude. Entrei no prédio e subi até o andar dele. Apertei a campainha. O Max abriu. - Oi. Ele está aí?

  - Sim e não quer te ver.

  - Max! Deixa eu entrar. - Mandei quando vi que ele não estava me deixando entrar.

  - Quem está aí? - Ele perguntou descendo as escadas. Entrei por debaixo dos braços do Max. 

  - Precisamos conversar. 

  - Não temos nada pra conversar.

  - Não sei se você lembra mas você me pediu em namoro e ainda estamos namorando. 

  - Será?

  - Como?

  - Não deu nem dois segundos e já estava se agarrando com o Luke.

  - Eu não estava me agarrando com ele. Eu estava dançando com ele por que ao contrário de você ele não foi um grosso comigo! E nem meu namorado ele é. 

  - Agora estão os dois livres.

  - Está terminando comigo? 

  - Se ainda não está claro o bastante: sim. - Ele falou e eu peguei a aliança e joguei na cara dele.

  - Olha. Eu esperava tudo menos isso. Não depois de tudo que a gente já passou. Não esperava que a gente terminasse assim. Mas só quero que você saiba de um coisa Rafael. Dessa vez não tem volta está me ouvindo?

  - Ótimo. - Ele falou e eu estava prestes a sair quando o Luke entrou.

  - Cara vocês não podem terminar. 

  - O que você está fazendo na minha casa?

  - Não tem e nunca vai ter nada entre mim e a Tori cara. Ele te ama. 

  - Péssimo pra ela. - Ele falou e eu estava chorando de costas pra ele em silêncio. O Max estava olhando tudo aquilo sem reação. - Agora vocês dois podem ficar juntos sem nenhum obstáculo.

  - Não. Ia ser fácil de mais você me ver com ela. É o que você espera. Viva com isso de ter ela livre pra quem for e longe de você. - Ele ia embora mas voltou. - Se bem que ela não merecia estar com você. Com toda a doçura dela ter que aturar alguém tão estúpido que nem você que não soube dar valor a pessoa que você tinha. Você é burro de estar deixando uma pessoa dessas escorregar pelos seus dedos. 

  - Não sabe com quem está falando.

  - O que? Vai me bater. Bate! Pelo menos dessa vez eu disse algo que realmente é verdade. - Luke o desafiou.

  - Não vou sujar minhas mãos.

  - Elas já estão bem sujas. - Luke disse e o Max interferiu. 

  - Chega! - Eu ia sair de lá e o Max segurou meu braço. - Daqui a pouco eu vou lá. - Ele beijou minha testa.

  Saí de lá e o Luke me abraçou e eu chorei. Mas limpei minhas lágrimas.

  - Eu vou embora. Muito obrigada Luke. - Falei e saí dali tentando manter a pose

 * Max *

  - Você sabe o que acabou de fazer?

  - Sei! Eu terminei com ela! 

  - E isso foi o pior erro da sua vida. Você perdeu ela. E agora não vai ser fácil reatar.

  - Eu estou cansado Max. Cansado. De viver com o Luke atrapalhando com o pai dela desconfiando de mim e até do meu pai. Chega. - Ele falou como se fosse algo super difícil pra ele.

  - Não sei se você sabe meu amigo mas a mesma pressão que você sofre ela também sofreu. Ela te perdoou quando você realmente se atracou com duas garotas. O pai dela não confia no relacionamento de vocês. Ela viveu uma vida inteira escondida e nem sabia disso por causa dos seus pais e ela nunca jogou isso na sua cara. Olha cara. Vocês dois são meus amigos. O Luke é um pé no saco mas ele está certo. Se você esperava que os dois ficassem juntos então vai ter que viver com o fato de que ela pode ficar com qualquer um. - Falei e saí de lá. Deixei ele destruir o apartamento de raiva. 

  Cheguei no apartamento da Tori e ela estava com um roupão e cabelo preso chorando no sofá. 

  - Qual é Tori. Não fica assim.

  - Ele terminou comigo e eu nem sei por que. - Ela disse e não conseguiu falar mais nada. 

  - Vem aqui. - Ela deitou no meu peito e chorou um bom tempo até ela parar e me olhar nos olhos. 

  - Eu tomei uma decisão...

                                      * Tori *

Depois que o Max foi embora eu me deitei e dormi até o outro dia. Chamei as meninas e disse à elas qual foi minha decisão final. 

  - Você não pode fazer isso! - Bianca.

  - Tori não faz isso. Por favor. - Branda.

  - Max já tinha me falado e ele me pediu pra te apoiar. Se isso for amenizar sua dor. - Clara.

  - É. Vou falar com Ryan hoje. Bom... Preciso me arrumar.

  - Vai agora?

  - Sim. Não tenho motivos pra adiar mais.

  - O.k. Eu vou indo então. - Elas me abraçaram e foram. Eu me arrumei e peguei meu carro. Fui até a Central mas ele não estava lá. Então fui até sua casa. 

  - Está atrasado. - Falei quando estava prestes a entrar e ele prestes a sair. - Preciso falar uma coisa. - Disse e ele tirou a expressão alegre do rosto para uma preocupada. 

  - Aconteceu alguma coisa?

  - Podemos entrar? - Então ele viu que a coisa ficou séria. Entramos no escritório e ele se sentou. Dei um suspiro e comecei a falar.

  - Não sei se viu o que aconteceu ontem. - Ele assentiu com a cabeça. - Depois daquilo eu fui ao apartamento do Rafael... - Ele concordando. - E ele terminou comigo da forma mais rude possível. Então eu chorei um monte e vi uma coisa. Eu não tenho mais nenhum motivo pra ficar aqui. O meu problema era os parentes do Rafael e esse problema acabou. Então eu estou saindo. 

  - Saindo? De onde?

  - Da CIA. - Finalmente.

  - O que? Não! Você não pode! Tori, você é uma das minhas melhores agentes não pode sair! Não agora. Estão chegando alguns casos que estão me deixando de cabelo em pé não pode me deixar agora! - Eu tentei não chorar mas está difícil.

  - Ryan, não consigo. Eu falei pra mim mesma que dessa vez eu e o Rafael não vamos ter volta. Eu estou cansada de sofrer por causa dele e fica mais difícil aqui. E eu sempre acabo dando mais trabalho sendo baleada ou sequestrada mais do que ajudo. - Falei com a voz manhosa. - Vou sair da cidade por uns tempos preciso espairecer. - Ele passou as mãos nos cabelos e respirou fundo. Depois olhou nos meus olhos com aqueles lindos e brilhantes olhos claros. - Desculpa te decepcionar. - Já estava chorando. Ele levantou e me abraçou. Ai desabei mesmo.

  - Não me decepcionou. Mas se quiser voltar filha eu vou te aceitar de braços abertos. Sempre.  - Então peguei meu distintivo e entreguei à ele.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora