Dreaming out loud

Bata antes de entrar

O Luke começou a tocar e o Jus respirou fundo pra começar a cantar. É, realmente ele tem uma voz linda. Mas ele esta cantando com mal gosto. Ele não gosta de give me love. Ele tem mal gosto musical. Muito mal gosto. No final da música a bi estava encantada com o Jus. 

  — Que lindo Jus. — Ela falou sorrindo.  

  — A música não ajuda muito.

  — O.k. espertinho que música que você sabe cantar? — Perguntei e ele ficou quieto.

  — Pode ser alguma da Demi. Gosto das músicas dela. — A Bi riu.

  — I hate you don't leave me. — Luke e eu dissemos juntos. — Luke gosta da Demi Lovato. Quem diria. — Falei.

  — Tenho bom gosto. — Ele falou e começou a tocar. Enfim, passamos a tarde cantando. dava ate para esquecer a parte onde somos agentes da CIA. Então de noite eu fui tomar banho para podermos jantar. Quando estava arrumando meu cabelo o Luke entrou no meu quarto. Ele me olhou e deu um sorriso.

  — Bata antes de entrar, Luke. — Pedi.

  — Desculpe.

  — Eu poderia estar sem roupa.

  — E eu iria gostar. — Ele falou se aproximando.
 
  — Vou fingir que não disse isso e sair desse quarto — Falei olhando na cara dele. Dei meia volta e sai de lá. 

*Bianca*

Assim que subimos para nosso quarto o Jus estava com cara de quem estava desconfiado. 

  —  O que foi Jus?

  — Ele está com más intenções pra cima da Tori. O Rafa não esta aqui então eu vou falar com esse cara. Quem sabe assim ele entende.

  — Mas você só não pode falar que os dois são namorados porque eles não são. 

  — A gente também não mas eu não quero que um idiota bonito de um metro e oitenta venha dar em cima de você amor. — Eu ouvi a última palavra e me virei pra ele. 

  — O que ?

  — Nós não somos namorados mas..

  — Não, o que disse por último?

  — Te chamei de amor. — Ele falou sorrindo e me deu um beijo. — Vou lá falar com ele já volto. — Ele saiu do nosso quarto e eu fui atrás para saber o que ele vai falar. O Luke estava no corredor e eu fiquei de olho. — Luke...

  — Diga.

  — Não sei se você sabe Luke mas a Tori e meu amigo estão... Ahn...

  — Namorando?

  — Não mas...

  — Então sem conversas. Se os dois não tem um relacionamento estável nada impede ela de se interessar por mim. 

  — Ela nunca iria gostar de você.

  — Isso não é você quem decide Justin. — Luke disse e desceu as escadas. O Jus ia atrás dele mas eu o segurei.

  — Logo a gente vai embora e isso acaba Jus. Relaxa. — Falei e ele bufou. — Agora vai tomar banho rápido para podermos jantar. — Falei e ele foi pro quarto. Eu fui atrás da Tori.

— Tori! — Gritei da escada. — Precisamos conversar — Falei em português e saiu estranho. O Luke estava ali..— É sobre ele. — Disse.

  — O que foi ? — Ela perguntou.

  — Ele esta afim de você. — Ela riu meio nervosa.

  — O que? Claro que não...

  — O Jus conversou com ele, ele falou que nada impede que você se interesse por ele. — Falei e olhei porto Luke que esta perdido.

— Relaxa que isso nunca vai acontecer. — Ela voltou a falar inglês e o Luke ficou olhando pra gente tentando entender o que a gente falou.

  — Tenho impressão que estavam falando de mim.

  — O mundo não gira em torno de você. 

  — Então porque falaram em português? Por que esconder algo de mim?

  — Porque te conhecemos ha um dia, quase, certas coisas merecem certo sigilo. — Falei. A Tori me olhou tentando falar que era pra eu pegar leve. Mas eu não gosto dele. Aceita, Tori. 

  — Entendo.

*Tori*

No outro dia o Stefan chegou e veio me abraçar. A mulher dele me lembra minha mae. É loira também e carismática. 

  — Oi Senhorita. Que bom que aceitou meu convite e veio. — Ele me abraçou depois os dois. Ficamos o dia inteiro vendo os preparativos para o jantar. Pensei que seria algo simples mas pelo jeito não era. 

  De noite eu subi para me arrumar. Coloquei esse vestido (considerem só o vestido) e um salto alto preto. Eu abri a porta e dei de cara com o Luke vestido como gente. Ele esta me irritando com essa insistência mas ele esta bonito. 

  — Você está linda. — Ele falou me ofereceu seu braço e eu aceitei. 

  — Você não está mal— Falei. Do topo da escada todos olharam pra e ficaram me encarando em silencio. — Quem são?

  — São os convidados do meu tio. Amigos mais próximos que ficaram super nervosos quando ele foi sequestrado. — Ele disse enquanto descemos as escadas. Tinham umas quinze ou dezesseis pessoas ali. Assim que terminei de descer as escadas o Stefan veio até mim e me ofereceu una taça de champanhe. 

  — Esses são meus amigos. — Ele disse pra mim e começou a falar em russo com eles ate todos erguerem suas taças. O Luke deu uma cotovelada em mim para eu erguer também. Todos beberam e eu bebi também.

  — Brindamos porque? 

  — Por você e pelos seus amigos. — Ele falou bebendo mais um pouco. 

  Ficamos conversando ali ate o Stefan chamar todos para o jantar. Ele sentou em uma ponta e pediu pra eu sentar na outra. A Bi sentou do meu lado e o Jus do meu outro lado. No meio do jantar o Luke veio pro meu lado e todos se levantaram.
 
  — Levanta. — Ele falou e eu levantei. O Stefan começou a falar em russo. — Senhora e senhores, na noite de hoje... Quero dedicar esse jantar à pessoa que salvou minha vida... — Luke traduziu e todos me olharam — Sem ela obviamente eu não estaria aqui com vocês no dia de hoje... Então queria uma salva de palmas para ela. — Todos bateram palmas e eu fiquei sem jeito. — E queria propor um brinde especial para a pessoa que terá sempre meu mais sincero respeito. Tori Baker. — Todos ergueram suas taças inclusive eu e brindamos. 

  — Luke traduz por favor. — Pedi e ele assentiu — Eu queria agradecer por esse jantar maravilhoso.. — Dei uma pausa pra ele traduzir — Eu acho que não sou digna de tanta atenção... Eu fiz meu trabalho e não queria que uma pessoa indefesa... Perdesse a vida sem nenhum motivo... Enfim, muito obrigada Senhor Wilson. — Luke terminou de traduzir e todos brindaram de novo e se sentaram. O Luke continuou do meu lado e ficou perto da minha orelha. 

  — De nada. — E foi pro lugar dele. Revirei os olhos e comi a sobremesa. Enfim. Acabamos ficando mais que o necessário na casa do Stefan. Passamos nove dias ali. Depois de um tempo eu passei a ignorar as chamadas do Rafa porque não sabia o que dizer. Nos falávamos apenas por mensagens porque eu tinha um pouco mais de tempo para pensar no que dizer.