Que Visão

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  Eu subi as escadas normalmente então cheguei no quarto. Eu bati uma vez e entrei. Ele estava saindo do banheiro com uma toalha na parte de baixo e uma toalha secando o cabelo. Eu não tive a opção agir normalmente, só a opção olhar pra ele feito idiota de boca aberta. Eu fiquei parada na porta enquanto ele ficou ali enxugando o cabelo. Depois ele jogou a toalha na cama e veio andando devagar ate a mim com um meio sorriso nos lábios. Ele fechou a porta atrás de mim, mordeu os lábios inferiores e me imprensou na parede e se aproximou. 

  — O que esta fazendo aqui? — Ele disse em um sussurro e eu senti o hálito fresco de menta dele bater no meu rosto.

  — Ahn, é, o café. — Falei desviando dele e respirando fundo. Que visão é essa deus.

  — Eu te deixo nervosa. 

  — Vai logo se trocar. — Eu falei me virando e dando de cara com ele.

  — É melhor mesmo antes que você fique em chamas ai. — Ele falou indo pro closet. Me sentei e ele apareceu ajeitando o cabelo em um topete meio deitado pro lado. — Pronto, vamos Ahn é o café. — Ele me imitou. Dei risada e um tapa nele.
 
  — Para, é culpa sua. Ninguém mandou aparecer desse jeito.

  — Mas você que entrou aqui sem bater antes. Eu estava daquele jeito e decidi ver como você reagiria. — Ele disse e fomos até a mesa. Assim que sentamos todos começaram a comer. Depois de tomarmos café fomos pra sala e ficamos conversando..

*uma semana depois*

Depois de uma semana o Scooter dormindo quase todos os dias na nossa casa ele sumiu de manhã. Eu ja estava bem melhor agora. Pronta pra outra missão.

 Ficamos a manhã inteira conversando até o Scooter aparecer do nada com aquele terninho de missões e a maleta.

  — Bom dia agentes.

  — Bom dia Agente Scooter, onde estava? — Perguntei.

  — Eu fui ver um caso lá na central e vocês precisam resolver isso o mais rápido o possível, entendido? — Ele falou e a gente assentiu.

 — Bom, essa missão é mais longe. Na Rússia. Tem dois caras. Eles usam muitos nomes diferentes. A cada lugar eles mudam e ninguém nunca soube o nome de verdade deles. Mas são esses caras aqui. — Ele colocou umas seis fotos ali ao lado e nós observamos com cuidado. Eles parecem ser novos, vinte e sete anos mais ou menos e experientes. — Eles conhecem o agente Rafael, a agente Tori, e os Agentes Max e Justin por conta de serem bons com armas. Eles conhecem vocês por nomes, não se preocupem. Então os três cuidado quando chegarem por lá o.k.? — Ele pediu e eu fiquei meio perdida.

  — E eu? — Perguntei.

  — Você não vai. Você esta pré operada. Nem pensar. — Ele disse e eu revirei os olhos.

  — Mas não posso nem pra dar uma força moral? Eu estou ótima Scooter. Já faz uma semana. 

  — Você não vai ficar parada, sabemos disso. Vai me desobedecer e ir ajudar. E ainda é recente.

  — Eu não vou ficar aqui parada enquanto eles correm perigo.

  — Ou fica por bem ou eu trago vários agentes só pra ficar de olho em você. O que você prefere? — Ele falou e eu fiquei quieta. — Pelo seu silêncio suponho que seja a primeira opção. Então... Nessa manhã um russo muito importante foi sequestrado e temos uma suspeita que foram esses caras. Mas o pior que eles não pedem resgate. Eles simplesmente matam. Então vocês tem que ir pra lá o mais rápido possível, aqui é o endereço que eles estão.  Tomem muito cuidado.  — Scooter disse e eu respirei fundo. — O jatinho sai daqui duas horas. Arrumem suas coisas e vamos pro aeroporto. — Ele disse levantando. Todos levantaram junto com ele menos eu. Eles subiram e o Scooter me olhou. — Fique calma, nada vai acontecer com eles, eu vou ir junto para supervisionar. Qualquer coisa eu ligo e você vai o.k.? — Ele disse e eu concordei. Depois que ele saiu dali eu subi pro quarto da Bi. Ela estava arrumando a mala pequena dela.

  — Você esta brava por ter que ficar certo?

  — Muito?

  — Calma, vai dar tudo certo. Somos os melhores. — Ela disse sarcástica.

 — Tivemos um caso até agora.

 — Sim, e você foi sequestrada. Melhor não ir se não te pegam de novo. E temos uma semana fora daquele lugar. Aprendemos muita coisa. E vamos sair bem dessa.

  — Você é a irmã que eu nunca tive, Bianca. Se alguma coisa acontecer com você eu te bato não importa as suas condições.

  — Esse é seu jeito de dizer que me ama e se importa comigo? Também te amo e o Justin vai estar lá. Ele vai me proteger também.

  — O.k. Mas já sabe. — Falei e abracei ela. Depois fui no quarto do Rafa. Ele esta jogando algumas roupas numa mochila.

 — Sério isso? — Perguntei olhando pra mochila rindo.

 — O que?

 — Deixa eu arrumo. — Falei me aproximando e tirando as roupas da mochila. Dobrei elas e quando estava tudo pronto eu suspirei fundo e olhei pra trás. Ele esta encostado na parede com os braços cruzados na frente do peito.

 — Você vai sobreviver esse dia sozinha aqui Tori, relaxa.

 — Eu vou ficar segura dentro dessa casa enorme mas e vocês? Com dois assassinos lá na Russia!

 — Sou considerado o melhor atirador daquele lugar. E eu prometo, eu juro, que assim que eu matar aqueles idiotas eu vou te ligar e te dizer as certas palavras. — Ele se aproximou, me abraçou forte depois tirou o cabelo do meu rosto e me olhou nos olhos. — Eu te amo. — Ele disse e me beijou. 

  — Jura?

  — Nunca deixei de te amar. — Ele disse sorrindo. 

  — Cuida da Bianca e se cuida. Ela das meninas é a pior com armas. o negócio dela são coisas que não exigem mira. 

  — Ela é sua melhor amiga e nesse tempo consegui me apegar a ela. Se depender de mim ela não sai ferida. — Ele disse e me soltou — Tenho que me trocar, tomar banho. A gente se fala depois. — Ele disse e piscou pra mim. Passei no quarto do Max. Ele esta separando algumas armas na cama.

  — Boas escolhas. Mas não vai conseguir usar todas. Então te aconselho a do meio. — Falei.

  — É, isso,valeu. — Ele falou e guardou as outras. — Vai ficar bem aqui?

  — Claro.

  — Tenta não ser sequestrada de novo.

  — Vai a merda Max. — Disse rindo. 

  — você esta nervosa e preocupada, certo?

  — Super. Eu estou ótima pra poder ir com vocês.
 
  — Mas se o Scooter disse que não, é não. Porque discutir?

  — Porque eu não gosto de receber ordens,muito menos quando essas ordens me fazem ficar longe dos meus melhores amigos. — Falei.

  — Vamos voltar no máximo amanhã de noite quando aqueles caras estiverem mortos ou presos. Pode ter certeza. — Ele disse sentando do meu lado.

  — Cuidado. — Ele assentiu.

  — Vou ter. Mas agora vou tomar banho. — Ele se levantou e eu também. Fui no meu quarto, peguei me violão e fui pra sala. Eu comecei a tocar alguma coisa do Ed Sheeran. Enfim, depois de ter cantado umas quatro músicas do Ed eu já estava com os pés na mesa de centro quase deitada começando a cantar kiss me. Eles desceram e me olharam jogada no sofá.

  — Que foi? — Disse parando a música.

  — O vôo foi adiantado, estamos indo pro aeroporto. — Eu me sentei corretamente e olhei pra eles todos com as malas ao lado. Me levantei e deixei o violão no sofá.

  — Posso ir com vocês? — Perguntei e eles olharam pro scooter. — Ir pro aeroporto. — Esclareci.

  — Claro.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora