Bala Perdida

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No início da manhã tocou um sino, parece, e o Justin acordou e foi se trocar.

  — Qual é a desse sino? — Perguntei sonolento.

  — É a hora de acordar, tomar café e ir ao trabalho. — Ele disse. Esperei ele sair dali e fui. Coloquei a roupa que mandam a gente colocar e sai. Saímos os cinco juntos. Eu, Justin, tori, Bi e um careca. — Rafael, esse é o meu amigo e agente Max. E eu sou Justin prazer. — Ele falou pra Tori que esta aparentemente bem.

  — Que pena você estar dividindo quarto com um grosso estupido. 

  — Melhor do que dividir quarto com uma mimada chorona. — Falei debochado mas por dentro cada palavra pesou uma tonelada. Fomos pro refeitório e ficamos em fila. Max, Bi, Justin,Tori e eu. Ai uma coisa dela caiu e ela agachou pra pegar. Impossível não olhar pra ela daquele jeito. 

  — Tire seus olhos cafajestes de cima da minha bunda Senhor Bennett. — Ela disse prosseguindo.

  — Desculpa Senhorita Baker. — Falei no mesmo tom. Depois que pegamos nossas coisas sentamos os cinco na mesma mesa. Ficamos comendo e conversando coisas aleatórias ate que o Ryan apareceu na nossa mesa. Toda a mesa e o refeitório ficou em silencio menos a Tori que continua rindo. 

  — Senhorita Baker, silencio por favor. — Ele pediu.

  — Sim Ryan. —Ela falou desafiadora. Meu pai disse que preciso ganhar a confiança dele então vou tratar ele com todo o respeito porque ele podia muito bem me deixar nas mãos dos familiares da minha mãe. Mas ele me trouxe pra cá e me deu uma chance. 

  — Agente Ryan. — Ele a corrigiu. 

  — Pensei que pediria pra eu te chamar de papai. — Ela o encarou e largou o garfo na mesa. Então se recostou na cadeira. 

  — Vamos conversar depois. — Só isso que ele falou. — Agente Max e Agente Justin, levem os três pra sala de tiro ao alvo. É simples mas mesmo assim complexo e não podemos perder tempo.

  — Se uma bala ficar perdida na cabeça de alguém não me culpe...— Ela se levantou e ficou frente a frente com o Ryan em postura reta— Senhor Ryan. — Todos levantaram e fomos com ela. Chegamos lá e pegamos protetores de ouvidos e óculos de proteção. Entramos lá e ficamos os três um do lado do outro em suas denominadas cabines. Eu no meio das duas.  O Max ajudou a Tori e ele chegou muito perto, não curti esse abuso. Ela foi bem, mesmo. Eu a imitei e fui bem como ela. Já a Bianca... Em certa época meu pai tinha me ensinado a segurar uma arma de brinquedo grande. Acho que ele sabia que o dia de hoje ia chegar. Então peguei a arma maior e atirei naturalmente no alvo correto. 

  — Muito bom Rafael, agora ajuda a Tori que eu vou dar uma força pro Justin ali. — Larguei minha arma e fui na cabine dela. Ela esta com dificuldade pra segurar.

— Não reclame se sair daqui com uma bala na cabeça.

— Se você for boa em mira como é boa em segurar essa arma eu vou sair daqui com uma bala no dedão do pé. Eu só quero te ajudar. Aqui dentro somos quase agentes então deixamos nossos problemas pessoais pra fora do nosso treinamento. Pode ser? — Pedi e ela concordou e voltou a se concentrar. Eu a ajudei a segurar a arma me aconchegando atrás dela. A Tori atirou e acertou o alvo. Mas eu continuo ali.

— O.k. Senhor Bennett, pode parar de me encochar. — Ela pediu e eu me distanciei.

— Qualquer coisa estou aqui do lado. — Voltei pra minha cabine e Vi que o Justin estava lá longe com a Bi. O Max estava preparando a munição de umas armas simples pra ela. Depois disso ele saiu de lá.

— Vocês dois estão ótimos pra quem atirou pela primeira vez. Pensei que ia levar o dia todo. — Ele falou antes de sair.

— Esta no nosso sangue. — Ela disse recarregando a arma.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora