— Você está estranha.— Bom é assim, você vai dizer que ontem eu ouvi o Braga confirmar um encontro pra pegar os caminhões de gasolina com o suposto chefe hoje às nove horas. É isso, Agente. — Falei o agente pra deixar claro que em expediente somos chefe e agente.
— O.k. Vamos lá. — Voltamos pra sala. Estavam todos sentados no sofá menor e aquele meu espaço do lado do Rafael estava ali. Mas não queria me sentar ali. Fui até a poltrona e me sentei lá. O Carlos disse o que eu falei. — Então hoje é o dia de atacar. — Ele disse levantando. — Posso ir com vocês? — Ele perguntou e ficamos quietos. — Faz tempo que não vou em uma missão. — Ele se explicou.
— Claro. — Disse olhando no relógio. São oito e vinte.
— O.k. Vão se arrumar. Preciso de uma boa arma por favor. Rafa? — Ele perguntou e o Rafa olhou pra ele, pro meu decote, pra mim e pra ele de novo.
— Vamos lá. — Os dois subiram e eu fui também junto com os outros.
Quando eram oito e cinquenta peguei meu carro assim como os outros. Fomos pro tal galpão e ao chegar lá nos reunimos e vimos o Braga chegar e encontrar com o chefe e cinco capangas armados basicamente.
— Eu entro primeiro. — Falei olhando pra eles.
— Cuidado. — Rafael e Carlos disseram juntos. Eu entrei com a arma nas costas dentro da calça.
— Julie... O que esta fazendo aqui? — Braga perguntou, eu cheguei mais perto.
— Duas curiosidades sobre mim Braga. Sou Tori e não estou do seu lado. Eu sou uma agente infiltrada e você está ferrado. — A Janice apontou uma arma pra mim. Eu bati palmas com a mão devagar. — Você é realmente patética. Ficar com meus restos Janice? Está de parabéns. — Falei chegando perto. Ela ficou confusa — Quem diria que a sonsa tem uma arma. — Falei e tirei a arma da mão dela com um chute. A arma voou e eu peguei a minha. Eu atirei e ela desviou. Todos entraram. Ela me empurrou me fazendo cair no chão longe da minha arma. O Chefe estava quase fugindo. Fui até ele correndo e o joguei no chão. — Quem é você??
— Moça, por favor, eu quero só comprar essa gasolina. Eu conheci esse homem faz um mês por favor não me mata.
— Então voce não é o chefe? Só quer comprar? — Perguntei em cima dele. Ele concordou com medo. Me virei e vi o Braga indo sei la pra onde com a Janice. — Justin! Cuida desse! Rafael! Vem comigo agora! — Falei saindo dali. O Rafael veio e entramos no meu carro. Minha primeira perseguiçao. Estava na minha BMW e o Rafa do meu lado. — Assuma o volante. — Falei.
— Por que?
— Vai logo Rafael. — Ele assumiu. Eu peguei a arma dele e me sentei na porta — Seguura minhas pernas! — Ele as pegou e dirigiu o mais rápido que pode. Chegamos perto e eu atirei nos pneus fazendo ele parar lentamente. Então o Braga saiu do carro e atirou. Pegou de raspão no meu braço. O carro dele parou e eu desci. Fui pro lado da Janice ela abriu a porta decisiva a atirar. Eu tirei a arma da mão dela com a minha.
— Vadia. — Ela falou e eu a prendi como o Rafael prendeu o Braga. Ele o trouxe pra esse lado do carro. — Vocês são...
— Não. Mas a gente estava quase lá. — Ele disse.
— Pensei que você estava... — Rafael deu uma risada meio falha.
— Pensou errado. — Ele disse.
— É braga, você quase me enganou. — Falei e liguei pra FBI. Estamos quase no meio do nada então enviaram um helicóptero. Os dois entraram lá e eu vi que aquilo estava ardendo por causa da sujeira que o helicóptero "soprou" pra lá. O Rafael se aproximou e pegou meu braço e eu fiz uma careta por que estava doendo um pouco.
— Melhor te levar pra um hospital. — Ele disse e eu olhei pra cima.
— Só precisa fazer um curativo estou bem. Vamos embora. — Falei e entramos no carro. Ele dirigiu. Eu liguei pra Bianca. — Tudo certo por aí?
— Já estamos em casa. Cadê você? — Ela perguntou meio nervosa.
— Eu e o Rafael estamos indo pra casa. Pegamos o Braga e a Janice por isso demoramos. — Falei e desliguei. O carro começou a parar, devagar.— O que foi?
— Esqueceu de abastecer ontem.
— Ai sério? — Falei pra ele. Tiramos os cintos e fomos pra rua.— Vou ligar pra Bi. — Falei e peguei meu celular. Sem sinal. — Merda.
— O que?— Sem sinal. — E então começou a chover. Peguei meu guarda chuva e sai andando pela estrada tentando achar um sinal para ligar. E para ajudar minha bateria começou a descarregar.
O Rafael gritou meu nome mas não me virei, apenas parei e esperei para ver se o sinal voltava. Nada. Então o Rafael chegou até mim e me pegou pelos braços. Me forçou a olhar a imagem encharcada dele.
— Meu celular deu sinal, eles estão vindo nos buscar. — Rafa disse. — Cobre seu machucado pra não piorar. — Ele falou me acompanhando até o carro e abrindo a porta do carro. O carro foi ligado de novo e ele subiu o capô mas não deu pra fechar o vidro por inteiro.
— Equipou direitinho o carro ein. — Falei irônica me sentando.
— A culpa não é minha se você não abastece o carro. — Ele falou e eu bufei. Ficamos uns cinco minutos e a chuva só aumentava e tava começando a entrar um pouco no no carro.
— Vai molhar meu carro.
— Vai me molhar. — Ele disse vindo mais pra meio do carro. Eu fui também e a gente ficou bem perto um do outro.
— Cadê a Bianca.
— Do jeito que ela dirigi vai chegar aqui de noite. — Ele falou e viu eu me espremer de frio. Ele pegou a blusa que ele havia tirado e colocado no banco dos fundos e tentou colocar sobre meus ombros.
— Não precisa.
— Deixa de ser orgulhosa, vai ficar doente. — Ele disse colocando a blusa em cima de mim. Passou raspando no meu machucado. — É melhor ir lá pro fundo. Deu pra fechar todo o vidro lá de trás. — Eu não falei nada. Ele pulou pro banco de trás e se deitou. Ele colocou os pés sujos do meu banco.
— Tira os pés daí! — Falei me virando pra ele.
— Vem tirar. — Ele falou e eu ia tirar. Mas a jaqueta dele pegou no machucado. Eu recuei e ele se sentou rápido. — Tudo bem?
— Tudo... Só doeu um pouco.
— Vem aqui, suas costas estão ficando mais molhadas. — Ele me puxou e eu fui pra cima dele. Ele ficou me olhando estranho.
— Me solta. — Pedi e ele não estava mais tocando em mim. Eu me sentei do lado dele e ficamos ali mais horas então chegou um guincho e o Camaro da Bi parou do nosso lado. — Até que enfim. — Eu tirei a jaqueta e coloquei encima da cabeça. Fomos pro carro dela. Estava ela do lado do Jus.
— Nossa pensei que iam chegar de noite.
— A gente teve que esperar achar o sinal de onde você tava e esperar o guincho pra ele seguir a gente. Mas agora está tudo bem. Ficaram esse tempo todo lá dentro? Sozinhos. — Jus disse olhando pra gente.
— Infelizmente. — Falei me distanciando. Fomos pra casa e eu entrei subindo direto pro meu quarto. Tomei um banho, desinfetei o machucado e coloquei um curativo adesivo e desci. O Carlos ainda está aqui. Ficamos conversando até o Rafa descer e sentar do meu lado.
— Que tal a gente ir em uma balada pra comemorar.— Max falou.
— Ainda não pegamos todos.
— Mas os corredores fica por conta da FBI. — Max me respondeu. — Deixa de ser fresca, aceita logo. Sem você não vamos.
— Da última vez eu acabei sendo sequestrada.
— Não vamos tirar os olhos de você hoje. — Max disse. — O Rafa já está. — Ele falou rindo e eu olhei pro Rafael, ele está meio vermelho olhando pro chão.
— Só não falar com estranhos que sejam estranhos de mais por hoje, podemos combinar assim?— Ele pediu voltando a olhar pra mim.
— O.k. Então eu vou. — Falei.
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Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...