Onde bebeu?

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Após o banho saímos com a toalha em volta de nós. Então bateram na minha porta.

  - Bom dia. - Bianca fez uma cara maliciosa ao nos ver ali.

  - O que quer?

  - Seu pai está lá embaixo esperando a gente para nos dar algumas referências. - Falou olhando para o Rafa.

  - A gente desce daqui alguns instantes.

Eu fui me trocar rapidamente e Rafa o mesmo fez. Descemos correndo e estavam nos esperando.

  - Bom, se olharem suas mensagens virão que la estão os endereços de seus prédios.

  - Como assim? Ficaremos em prédios diferentes? - Bianca perguntou.

  - Exato. Eu vou ficar no mesmo prédio que o Rafa. Não quero atrapalhar na casa do Ryan. - Carlos disse fitando-me por alguns segundos. - Podem ir quando quiserem. - Ele se levantou e então o seguimos. Entrei em um dos meus carros e segui para meu prédio. Meu apartamento era no último andar por ser cobertura. É moderno, não muito temático, neutro. Então arrumei minhas coisas em meu quarto. Já que é um apartamento individual não entendi o porque de quatro quartos. Ao terminar eram três e meia da tarde. Eu me sentei na sala por alguns instantes então fui explorar minha nova casa. Então às cinco eu já tinha visto tudo nos míseros detalhes. Liguei para Bianca.

  - Diga.

  - Me fale seu endereço. Estou morrendo de tédio sozinha.

  - O.k. Vou te mandar por mensagem. - Então desligou. Em minutos recebi sua mensagem com o endereço. Peguei meu carro e fui até lá. É meio longe. Ao chegar lá apertei a campainha e o Justin atendeu a porta. - Entra amiga. - Ela apareceu e eu entrei.

  - Nossa o Justin já esta aqui?

  - Como assim?

  - Rafael nem sequer ligou para mim desde cedo.

  - Ah, entendi. Os meninos estão todos ajudando as meninas. - Eu fiquei quieta e neutra. Então me sentei de frente para seu balcão que tem dividindo a bela cozinha da grande sala de jantar. - Ficou triste. Bebe alguma coisa.

    - Não posso. Estou dirigindo.

  - Justin te leva caso passe dos limites. - Ela afirmou me servindo um copo de whisky. Bebi. Então outro. Quando notei já havia acabado com uma garrafa inteira e novamente estava ali, completamente bêbada.

*Rafael*

Quando terminei de arrumar minhas coisas daquele jeito desajeitado de sempre meu pai entrou sem apertar a campainha no meu apartamento. Ele se jogou no sofá e eu fiquei olhando pra ele da escada com cara confusa.

  - Claro, pode entrar.

  - E ai. Esta ocupado?

  - Não. Por que?

  - Queria conversar um minuto.

Eu não podia dizer não ao meu pai. Então após horas e horas de filosofia barata de Carlos Bennett ele se cansou e foi embora. Conversamos sobre minha mãe, sobre a Tori, sobre o Ryan e sobre a CIA. Então já eram nove e quarenta da noite. Eu me levantei cansado de ouvir e peguei a chave do meu carro. Hora de ver a mulher da minha vida.

Ao chegar em seu prédio subi sem passar pelo porteiro. Ao apertar a campainha demorou um longo tempo até ficar sem resposta. Então quando ia apertar de novo ela abriu e estava bêbada de mais para explicar o quanto. Não conseguia nem sequer parar em pé sem se desequilibrar. Então entrou no apartamento e eu fui atrás fechando a porta.

  - Onde você bebeu?

  - O que faz aqui? - Eu senti o bafo e tive que fazer uma careta.

  - Vem, vou te levar tomar um banho. - Eu ia pega-la quando ela correu.

  - Vocês adoram me dar banho gelado. - Sua voz saia enrolada e ela não se conseguia se deixar mantida em pé. Então fui obrigado a correr feito criança atrás dela até conseguir pega-la. A coloquei sobre meus ombros e subi para eu quarto enquanto ela se debatia. - ME SOLTA!

  - Vou fingir não estar te escutando. - Falei neutro e chegamos no provável quarto da Tori. Eu a coloquei no banho gelado a segurando lá dentro. Acabei me molhando um pouco, talvez muito. Estava olhando pra ela com a respiração afobada por ter corrido uma escada com ela em meus ombros. Sua cara é de "espanto". O cabelo esta indo cada vez mais pro seu rosto já que esta de cabeça abaixada. Então ficou quieta e eu a soltei. Ia sair dali mas ela pegou meu braço de leve e foi abaixando até minha mão. Seu toque em mim parecia como vento mas tem uma influência enorme. E mesmo se eu esquecesse dela seu toque me faria apaixonar novamente por ela. Eu beijei sua testa longa e demoradamente. Aquilo se misturou com água e um silêncio endurecedor. Sai de lá e estava pingando. Minha camiseta de seda social esta grudada ao meu corpo. Mas pelo que notei tem algumas câmeras pelos apartamentos. Pegaria mal. Muito mal. Então peguei uma toalha e tentei ao máximo secar-me. Quando ela saiu de lá estava apenas com um roupão. Mas não muito sóbria. Apenas com sono. Parece. Pois passou reto por mim para deitar-se na cama de bruços. Eu dei risada e fui cobri-la. Mas novamente ela pegou meu braço.

  - Tori, você está bêbada e tem câmeras pela casa inteira. Me deixa ir embora. - Falei ficando quase deitado em cima dela de bruços também.

  - Tori? - Ela perguntou decepcionada mas ao mesmo tempo sonolenta e bêbada.

  - Meu anjo, tenho que ir. - Reformulada a frase ela me soltou.

  - O.k.

Ela se apegou ao travesseiro e dormiu. Eu desci e peguei seu celular no sofá. Sua última mensagem era com a Bianca e seu endereço. Então já sei onde ela bebeu. Entrei no carro e fui ate a casa dela. Confesso, estou furioso

Quando cheguei lá...

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora