Estraga Prazeres

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  Passamos um tempo do lado de fora e o Max veio nos chamar. Na verdade me chamar.

  — Oi Max. Algum problema? — Perguntei.

  — Ahn, quero conversar com você em particular.

  — Amor, você se importa? — Perguntei pro Rafa e ele saiu. Então o Max se sentou.

  — Estou querendo fazer uma surpresa para a Clara, mas não sei se ela vai gostar. — Ele falou e tirou uma caixinha do bolso e abriu na minha frente.

  — Ai meu Deus, vai pedir ela em namoro? — Perguntei animada.

  — Será que ela vai aceitar? Eu sei que é meio cedo para isso mas gosto de mais dela. — Ele falou e eu peguei a caixinha de sua mão.

  — Ela nunca namorou sério com alguém mas acho que ela vai aceitar. Ela gosta muito de você.  Estou feliz por vocês dois. — Abracei ele e o Jeremy veio até nós. — Serviço de atendimento ao agente, Tori falando.

  — Idiota. Vou deixar vocês dois. — Max beijou meu rosto e entrou. Jeremy se sentou e respirou.

  — Então Tori, minha irmã saiu do C.T. e queria passar uns dias comigo antes de ir para a casa com a turma dela. E como você é mais... ahn, quase a chefe da turma, eu vim pedir sua autorização. — Eu fiquei meio mal com aquilo. Eu não sou nada aqui, só mais uma da turma.

  — Ahn, não acho que sou a chefe do grupo, mas acho uma boa ideia você trazer sua irmã. Conhecer novas pessoas. — Falei cabisbaixa.

  — Obrigado Tori. — Disse ele contente entrando na casa novamente. Fiquei ali um tempo e fui até o pequeno espaço de madeira que tem a frente do lago. Me escorei ali e fiquei observando tudo. O Rafa chegou por trás beijando minha bochecha me fazendo rir.

  — Esta tudo bem?

  — Você me acha mandona?

  — Por que?

  — O Jeremy disse que eu sou como a chefe da turma.

  — Ah amor, você é autoritária, onde você fala todos te escutam, e atendem as suas recomendações. É que você transmite confiança então eles acreditam em você, então fazem o que você pede. Mas não fica triste. Seu pai é assim também, você tem isso. — Ele falou me olhando nos olhos e mexendo no meu cabelo.

  — Você pode dar as ordens por favor? — Pedi rindo.

  — Você faz isso melhor. — Ele riu.

  — Mas você tem essa voz grossa que faz a pessoa ter medo.

  — Esta frio, vamos entrar. Tire essas coisas da cabeça. — Ele pediu. Eu assenti e me levantei. — Onde vai?

  — Preciso esquecer. — Fui para a adega da casa e me sentei no chão com uma garrafa antiga de bourbon e um copo. Enchi a primeira dose. Para beber foi complicado, é forte. Mas depois da terceira tudo ficou mais fácil e menos claro. E a cada dose bebida, menos eu entendia o que se passava a minha volta.

                                   *Rafael*
  Estávamos na sala de estar conversando sobre o trabalho e tudo mais.

  — Cadê a Tori?

  — Não sei Max, acho que ela foi dar uma volta.

  — Já faz um tempo desde que vi vocês dois juntos.

  — Ela precisa de um tempo sozinha pra absorver esse pesadelo e deixar ele passar.

  — O que estão falando de mim meus amoures. — Apareceu ela cambaleando com uma garrafa de whisky cheia nas mãos.

  — Por que bebeu? — Pergutei respirando fundo. Para não perder a paciência.

  — Pra me divertir.

  — Isso não é divertido. — Levantei e fui até ela. — Dá a garrafa. — Pedi e ela olhou nos meus olhos e bebeu diretamente da garrafa mais um pouco.

  — Hmmmm, essa é boa.

  — Pare de brincadeiras e me dê logo esta garrafa antes que eu apele para minha força.

  — Ai que medo. — Disse desafiadora.

  Peguei a garrafa de sua mão e a dei pro Max.

— Nossa que força bruta. — Ela zombou de mim e eu suspirei. A coloquei em cima dos meus ombros e subi com ela para nosso quarto. — Como você é patético. Eu sei usar minhas pernas.

  — Mas não subiria se eu pedisse com jeitinho.

  — Menino esperto. — Falou enrolado. — Não preciso de banho gelado desta vez o.k.?

  — Não? — A coloquei no chão para ver o que faria.

  — Não. — Ela colocou as mãos no meu rosto e desceu pelo pescoço chegando na minha camiseta usando a ponta dos seus dedos para desabotoa-los.

  — E do que exatamente você precisa?

  — Disso. — Ela terminou de desabotoar a camiseta e me jogou na cama. Fui obrigado a rir. Ela me beijou e rapidamente me soltei. Apesar de ela estar se entregando de bandeja não consigo fazer isso sentindo o gosto horrível e forte de bebida de sua boca.

  — Sua boca esta com gosto de bebida. Melhor dormir. — Falei e me levantei abotoando novamente os meus botões.

  — Estraga prazeres. — Ela se levantou e soltou o cabelo que estava preso em um coque alto. — Que calor. — Murmurou sozinha. E então começou a tirar sua roupa ficando só com suas peças íntimas vermelhas e completamente provocantes. A olhei de cima a baixo várias vezes até ela se virar. Então ela se jogou de bruços agarrando seu travesseiro. Eu ri e a cobri com um lençol. Fechei a porta e desci novamente. 

  — Já?

  — Estava muito bêbada então dormiu.

  — Se a Tori não parar de beber assim ela vai ter um problema de fígado. — Bianca falou casualmente.

  — Nada ver.

  Ficamos em silêncio um tempo então a irmã do Jeremy chegou. Tori disse algo sobre ela. Percebi na cara do Justin quando ouviu a voz dela que ele ficou tenso. A Bianca foi tentar acordar a Tori para que ela viesse cumprimentar a visita.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora