Dreaming out loud

De novo

  Passamos o dia ali então a chuva passou e do nada o sol apareceu com um lindo arco-íris duplo. Eu sai lá fora e o Rafael me seguiu.

  — Você está louca pra tirar uma foto. — Olhei irônica pra ele. Sarcástica.

  — Não estou no clima.— Menti. É que eu odeio o fato de ele saber tudo sobre mim.

  — Acho que essa belezinha ainda tira algumas fotos legais. — Ele estava com minha câmera. Aquilo é algo sagrado que ninguém mexe. Eu fui tirar dele mas ele levantou a câmera e eu fiquei de cara com ele.

  — Rafael, essa câmera é sagrada pra mim. Faz qualquer coisa mas não mexe nela nunca. — Falei e eles e aproximou mais de mim. — Devolve. — Eu pulei na cintura dele e e peguei a câmera. — HA! — Falei debochada e ele estava me segurando com um sorriso cafajeste no rosto. Eu desci do colo dele e discartadamente tirei um foto.

  Quando a noite chegou eu fui me arrumar. Dessa vez eu peguei uma roupa diferente. Não uma calça como sempre. Peguei um vestido. Me troquei , colocando a roupa escolhida.

*Rafael*

Eu sou sempre o primeiro a ficar pronto então desci e fiquei sentado esperando alguém. Então a mais pontual depois de mim desceu também. Ela esta estonteantemente maravilhosa. Eu comecei a olhar por baixo, ela parou, subi pras pernas, depois pras coxas, barriga, peito, cara. Tudo nela consegue ser perfeito mesmo eu querendo não ficar com cara de idiota vendo ela. Então ela terminou de descer e estava meio envergonhada pelo jeito que eu olhei pra ela.

— Não existe ninguém que seja pontual nessa casa. — Ela reclamou.

  — Têm eu, você. — Falei.

  — BIANCA! — Ela gritou e meus tímpanos gritaram também. Ela apareceu ajeitando o cabelo.

  — Precisa gritar?

  — Precisa, assim você desce. — Ela disse convincente. Depois de cinco minutos todos desceram. Nos dividimos em dois carros de novo. Eu e os meninos em um, Bi e as meninas em outro. Ao chegarmos lá nos dividimos. As meninas foram no banheiro. Menos a Tori que foi direto pro bar. Eu parei do lado dela.

  — Vê se não bebe muito hoje não valeu? — Ela me lançou um olhar de "não quero saber". Eu levantei minhas mãos e me distanciei mas logo voltei e fiquei no ouvido dela. — Se algum engraçadinho aparecer eu não hesitarei em usar minha arma. Você vai ser minha de novo. — Ela riu sarcástica.

  — Vai sonhando. — Ela ficou de frente pra mim. — No meio das minhas coxas tem uma arma, dentro da minha bolsa tem uma algema. Se você ficar de gracinha eu te prendo no vaso e você fica aqui até alguém te encontrar. — Ela falou desafiadora. Eu me distanciei dela indo pra pista. Nesses lugares tem sempre algumas assanhadas vindo pra cima da gente pra dançar. Enquanto essas garotas "esbarravam" em mim olhei pra ela com as mãos levantadas como dizia "não estou fazendo nada" ela revirou os olhos e voltou pro bar. Dei risada e fui pra área vip com os meninos. De longe fiquei de olho, óbvio. Então um loirinho chegou mais perto e atrás dele vários caras com o mesmo estilo. São Brian e os corredores.

  — Max, Jus, aqueles ali perto da Tori são os corredores. Essa é a  hora pra pegarmos eles. A gente chega de fininho pra não assustar as pessoas daqui. 

  — Então a gente leva eles pra fora. — Max entendeu o plano. São seis sem contar o Brian. A Tori olhou pra ele e o cumprimentou com um beijo no rosto olhando pra mim dando sinal que a gente pode agir. Fomos até eles e colocamos as nossas armas nas cinturas deles.

  — Quietinhos e ninguém sai ferido. — As meninas chegaram e, imobilizando eles, os levamos pra fora. Pegamos algemas no carro e os prendemos. A Tori esta com o Brian lá dentro. Fui pra lá. Me sentei no bar e fiquei olhando ela dançar pra ele. Ele quase a beijou em um momento mas ela desviou com "nojo". Ele fica agarrando ela, nojento. Fiquei com muita raiva mas ela me olhou e quis dizer que estava tudo bem. Ela foi pra trás dele e o algemou. Ele não entendeu nada. Fui pra fora e logo ela apareceu com ele.

  — O que está acontecendo. — Ele perguntou.

*Tori*

  — Estamos brincando de policia e ladrão. — Falei irônica. Liguei pra Central e o Ryan esta lá ainda. Coloquei no viva voz. O Max segura o Brian enquanto ele está emburrado.— Ryan, Tori. Você esta no viva voz. Pegamos os corredores. Pede pra FBI mandar uma unidade pra pegar os detentos. — Falei legal agora.

  — Estou orgulhoso de vocês turma. Pegarem quinze em um dia só... Isso acontecia na minha época. — Demos risada.

  — Metido. Tchau. — Falei e o Max ainda dava risada. Nisso que ele deu risada o Brian fugiu — Max! — O repreendi.

  — Pode deixar que ele eu faço questão de pegar.— Rafa falou me dando a arma dele e correndo atrás do Brian. Ele parecia uma águia e o Brian um pobre animal indefeso. Ele pulou no Brian e eu ouvi os socos que o Rafael deu nele.— Você nunca ouse encostar em um fio de cabelo dela! Desgraçado! — Eu ouvi ele gritar de longe. Fiquei meio paralisada ali e toquei no max.

  — Max... — Falei

  — Já sei. Estou indo. — Ele correu e chegou no Rafael antes que ele deformasse a cara do Brian. Max trouxe o Brian pra perto da gente sangrando. O Rafael, mesmo eu não querendo, mesmo eu resistindo, continua lindo. Ele veio arrumando o cabelo e a roupa. Devolvi a arma pra ele.

  — Vocês são incríveis meninas. Até com vestido conseguem prender um cara. — Ele disse e olhou pra mim em especial.

  — Fomos treinadas para estar prontas em qualquer ocasião. — Falei e ele deu um sorriso. Depois mordeu de leve o lábio inferior dele. — Podem voltar pra dentro. Eu e o Max cuidamos deles. A FBI ta chegando ali. — Apontei pra viatura. Eles entraram e eu cuidei pra que todos entrassem no carro. Eles foram e eu fiquei respirando ali depois que o Max entrou. Passou um carro com uns bêbados ali e pararam na minha frente.

  — Gostosa! — Eles gritaram. Eu simplesmente abri as pernas, peguei minha arma e atirei no pneu deles. Os caras pareciam menininhas gritando.

Voltei pra balada e me sentei no bar de novo. Precisava beber, beber muito.