— Sabe Tori, vou te contar uma história, na minha época eramos uma equipe de seis também. Eu, Carlos, Ryan e o Chris eramos melhores amigos. Eramos grudados um no outro sempre. Um dia aconteceu quase a mesma coisa que aconteceu com vocês. Tinham nós quatro, homens e duas meninas. Eram irmãs e eu era apaixonado por uma delas. Mas nessa missão o Ryan não pode ir. Ele estava recém operado de apendicite. Então nos desdobramos em cinco pra poder conseguir sem o Ryan. Eu estava do lado da Jenny e da Chloe quando um dos procurados apareceu e ia atirar na Chloe eu a empurrei, então ele foi tentar a Jenny, eu entrei na frente dela. Eu a amava e não podia deixar aquilo acontecer de jeito nenhum entende? Nós fugimos antes que mais alguém saisse ferido. E era exatamente essa situação. Só que eram três caras e uma refém. Quando ele soube que eu tinha me ferido queria me vingar sabe, e foi atras dos caras. Ele fez a mesma tática que você fez. Ele até pagou uma rodada de cerveja pros caras e matou eles depois que tinha embebedado os tres. Então ele chegou na tal casa e salvou a mulher. Ela era da França e pediu pra ele levar ela embora e tal. Ele foi e acabou ficando uns dias por lá por pressão dela. Confesso que todos ficamos irados com ele. Quando ele voltou uns quinze dias depois nós demos gelo nele e tal. Foi engraçado mas ele ficou bem magoado por que ele não queria deixar a mulher lá, sendo que ela idolatrava ele na época por ter salvo ela. Vocês dois são ótimos no que fazem, tem um coração muito bom sabe? Não queriam magoar o ex refém falando que tinha que ir embora, não queriam magoar os amigos dizendo que ia ficar mais um tempo fora e acima de tudo não queriam brigar com eles quando chegassem.— E como ele resolveu tudo isso?
— Ele simplesmente deu gelo na gente de volta até nós entrarmos em um consenso aceitando que a gente tava errado.
— Obrigada Scooter. Mesmo. — Ele me abraçou de lado e eu retribui aquilo.
— Agora vamos, tenho uma missão pra vocês. É bem simples o.k.? — Ele disse levantando e me levando até a sala ainda abraçado comigo. Ele me sentou do lado dele enquanto todos olhavam pra gente, em especial pra mim, com cara de quem está meio bravo. — Bem, tem uma família, normal, mas como toda casa sempre tem um que é meio suicida. Ou homicida. Então, o irmão dele — Mostrou uma foto — Teve um ataque de loucura e matou o irmão e a cunhada na frente de seus filhos. Mas depois, quando retomou ao seu estado normal se sentiu tao culpado que matou. Mas esse cara ele não morava com o irmão, ele tinha sumido e apareceu de repente querendo matar o irmão. Alguma coisa alguém fez errado nesse tempo. E vocês precisam ver como as crianças estão, acima de tudo.
— Eu vejo as crianças e eles cuidam dos corpos e pegar os DNAs. — Falei pro Scooter. — Se me permitirem, eu cuido do resto. — Disse pegando o papel que o Scooter trouxe. Vi o endereço e me levantei.
— Vai na frente. Eles te encontram lá. — Scooter disse e eu entrei no meu carro. Fui pro local e estava tudo cercado por faixas da FBI. Eu apresentei meu distintivo e eles me deixaram entrar. O corpo do irmão está na sala e o da mulher dele no quarto das crianças. O cara que matou os dois esta no banheiro. Esta tudo cheio de sangue. Eu perguntei onde estavam as crianças e me levaram ate a ambulância. Eles estavam abraçados. É uma menina e um menino. Os dois são loirinhos e provavelmente gêmeos de mais ou menos quatro anos de idade. Eu me aproximei e eles viram em mim alguém que eles poderiam confiar. Eles me abraçaram e eu retribui os abraços.
— Vai ficar tudo bem... — Falei e eles me olharam. — Qual o nome de vocês amores?
— Josh — O menino disse.
— Kristen. — Eu assenti e veio uma mulher perto da gente.
— Com licença eu tenho que levar eles.
— Pra onde? — Perguntei enquanto eles se grudavam em mim.
— Conselho tutelar. — Ela falou grossa.
— Não deixa ela levar a gente. — Josh falou e eu respirei fundo.
— Olhem aqui crianças. — Eles ficaram na minha frente. — Vocês vão com essa mulher, ela vai levar vocês para um lugar melhor o.k.? E eu vou ir ver vocês assim que eu sair daqui ta bom? — Falei e beijei o rosto dos dois. — Eu vou ir ver eles assim que eu acabar por aqui. — Falei me levantando.
— Você só pode ver eles com uma permissão judicial.
— O que? Eu sou da CIA minha senhora, você não pode me obrigar a ficar longe delas.
— Posso. Eu estou falando de duas crianças e não de dois corpos. — Ela falou e o Scooter chegou.
— O que foi?
— Ela disse que não vai deixar eu ver as crianças.
— Senhora, a gente pode entrar em um consenso. Por favor.
— Ela pode ver eles hoje. Mas a partir da semana que vem ela tra que apresentar uma permissão assinada pelo juiz. — Ela falou e eu concordei.
— Cuida bem deles. — Falei e eles foram embora.
— Eles estão pegando os DNAs. Você pediu pra cuidar do resto sozinha então tem muito trabalho. — Scooter falou e eu respirei fundo. Fomos ate a casa novamente e eles estavam examinando os detalhes. O Scooter colocou as amostras de sangue na maleta. — Aqui. Sabe onde fica a central. Lá tem todo tipo de informação sobre todo tipo de gente. E tem seu pai. Quem sabe ele te dê algum conselho melhor. — Ele falou. Peguei a maleta e entrei no meu carro. Fui pra central e assim que entrei vi o Chris.
— Oi Tori. Cadê o resto da sua equipe?
— A Bi e o resto da minha equipe estão meio bravos comigo. Só porque fiquei um tempo na Rússia com o refém que eu salvei. — Falei e o Ryan apareceu falando no celular.
— Ela acabou de chegar. Valeu Scooter. — Ele desligou e sorriu pra mim. Eu senti vontade de abraçar ele, não sei porque. Então o abracei. — Oi filha. — Ele deu um daqueles abraços que tiram o fôlego.
— Oi. — Falei e ele me soltou.
— O scooter me disse o que rolou entre você e seus amigos. — Eu concordei indo pra sala de computadores com ele do meu lado. — Pelo jeito temos mais em comum do que a gente imagina.
— Só que eu fiquei dez dias não quinze.
— É que a sua refém não era mulher, gata, solteira e francesa.
— Que horror. — Falei rindo — E mesmo se fosse eu não ia ficar lá com ela.
— Conheci seu refém ha uns anos quando ele veio pegar o sobrinho dele aqui. Ex quase agente.
— Luke, o chato.— Parece nome de filme.
— Só se for se terror. Ele ficou me mandando cantadas e flertes não correspondidos. — Falei e ele ficou quieto.
— Hum. Eu achava ele legal.
— Mas então, como lidou com isso?
![](https://img.wattpad.com/cover/62821224-288-k448029.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Dreaming out loud
AdventureTori pensava que sua vida já não era normal quando era adolescente. Mas quando conhece seu pai e sabe da sua verdadeira linhagem sua vida muda completamente e então nota que sua vida antiga era mais do que normal. E Rafael faz parte dessa loucura in...