A Ligação

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Eu contei tudo à ele. Desde quando eu conheci o Rafa na academia aquele dia que eu cheguei pedindo ajuda com minha fisioterapia.

  — Mas e ai. O que você realmente sente por ele? — Max perguntou e eu fiquei quieta. — Sabe, quando você esta perto dele. O que você sente, como se sente? — Eu pensei e respirei fundo.

  — Ele tem um sorriso lindo, uma voz fantástica e pode fazer qualquer garota gostar dele. Ele sabe fazer uma garota casca dura rir.  A voz dele me da calafrio. A boca dele me chama atenção, confesso que minha vontade é morder. — Dei risada lembrando do jeito dele — Ele sabe fazer uma garota se sentir especial com apenas poucas palavras. Ele é quente e apensar de eu odiar o inferno eu queria seu corpo no meu. Ele é sedutor e totalmente canalha. Ele é um garoto querendo ser amando e eu uma amiga começando a se apaixonar pelo seu jeito. O problema é que quando eu me dei conta que estava apaixonada ele já não queria mais nada comigo. Então agora o que eu posso fazer é lamentar por isso. 

  — Olha, normalmente eu te daria o conselho de lutar por ele. Entende? Mas você chegou na CIA agora, tem uma gangue atrás de você e da sua melhor amiga então o conselho que eu te dou hoje é, se esforce pra sair o melhor possível na CIA. Dê o seu melhor aqui dentro. Desconte sua raiva aqui. Você vai ser uma agente incrível e quando esse treinamento acabar você vai poder fazer o que seu coração manda. — Ele disse e eu o abracei.

  — Obrigada. — Falei e a Bi entrou no quarto de novo. 

  — Atrapalho? — Ela perguntou colocando a comida na minha frente.

  — Não. A gente estava só conversando. —  O Max falou se distanciando. Eu peguei a comida que ela trouxe e comi. 

  Depois de ficarmos conversando até meia noite mais ou menos eu fui dormir como os dois.

*Rafael*

Depois que as meninas saíram da sala eu liguei pro meu pai. Ouvi a voz dele de preocupado. 

  — Pai, que historia é essa da CIA? Como assim estão atrás de mim e pior, querem matar a Tori e a Bi. Me explica. Eles te chamaram de traidor, que minha mãe era assassina, foi isso que eu entendi. — Falei assim que ele atendeu e deu graças a deus por eu estar bem. 

  — Você já tem idade pra saber. Vou contar... Quando eu era da CIA ha uns anos eu estava numa missão e me sequestraram. Essa tal gangue me sequestrou. Eu fiquei três dias com a Elena em um cativeiro. Ela disse que não queria fazer aquilo, que os irmãos e os pais a obrigavam. Então quando eu fui resgatado eu fui atrás dela escondido e propus que a gente fugisse pra longe. Juntos. Então viemos pro Brasil. Ela ficou gravida pela primeira vez. Mas não deu certo. A gente casou e o Ryan não aceitou que eu tinha me casado com uma pessoa que queria matar todos da CIA. Então ele me expulsou quando me achou aqui. Mas eles só me acharam porque vieram passear por aqui e acharam as duas... — Ele se refere a mãe da Tori e a mãe da Bi. — Eles pensaram que eu tinha matado todos. Mas não, eu resgatei sua mãe e deixei eles lá. Então eles se deram conta que se ficassem no Brasil eles iriam atrás das filhas e da família deles. Desde então ninguém se envolve com o inimigo. Filho, se você quer um conselho. Se afasta da Tori. Eu sei que você ama ela, então se a ama de verdade se afaste, assim ela estará mais segura. E o Ryan nunca vai confiar em você pra ficar com a filha dele. Você é filho do inimigo então ele sempre irá ficar um pé atrás. Então dê provas de confiança, de o melhor de você ai dentro. Se relacione com a Tori apenas como agente. Porque ai o Ryan vai confiar em você. O.k.? Então seja grosso com ela agora, vai doer mas é necessário.. Vai ser pro bem dela e pro seu bem. Acho que prefere estar na CIA do que estar sendo caçado pela CIA, certo? — Eu concordei. Fiquei quieto um tempo tentado digerir tudo que ele me disse.

— Vou indo. Preciso dar um fora numa pessoa. — Fiquei pensando por horas no meu quarto quando sai de lá finalmente, tentando adiar aquilo o mais possível, mas ela também saiu e deu de encontro comigo. Ela veio ate mim tentando me beijar e eu tive que me concentrar em não beijar aquela garota, aquela boca maravilhosa que tem um feitiço porque me deixa maluco. Então a voz do meu pai veio na minha cabeça. São nossas vidas em jogo. Preciso ganhar a confiança do Ryan. Então fui o mais grosso, impulsivo e rude que eu pude com ela. Soube que ela ficou péssima porque a Bi veio brigar comigo. Mal sabe ela que eu fiquei péssimo. Eu ia começar a chorar quando descobri que tenho um companheiro de quarto que vai me ajudar já que ele esta na CIA a mais tempo. Então fiquei apenas quieto pensando nas coisas.

  — Então você e a Bianca são amigos?

  — Acho que sim.

  — Me conta mais sobre ela.

  — Olha cara sem querer tirar suas esperanças mas quando eu fui pra Londres a um ano ela estava com um carinha lá no Brasil. 

  — Muita coisa muda em um ano Rafael.

  — Você conhece a historia do meu pai? — Perguntei mudando totalmente de assunto.

  — Carlos Bennett foi um dos três melhores agentes da CIA em décadas. Mas ele se apaixonou pela inimiga mais mortal da CIA e fugiu com ela. O Ryan e o Chris que são os diretores da CIA desde aquela época, quando ainda eram os três, decidiram tirar o Agente Carlos da CIA. com isso o Agente Carlos e Elena formaram uma guerra entre a CIA e o bando deles. Então desde aquela época os caras, familiares da Elena vem caçando os filhos dos diretores da CIA porque acham que eles são os culpados pela morte da Elena e por ter feito ela fugir. E atrás de você pra dar continuação da linhagem. — Ele explicou e eu pude entender melhor o enredo da história. 

  — Entendi. Mas eu nunca vou me juntar a eles. Eu quero ser bom... Como meu pai foi. — Falei e ficamos quietos. Ele me deu uma informação importante então... — Como ela vai ficar por aqui um ano o cara do Brasil já era. — Falei e ele prestando atenção. — Ela gosta de caras com atitude mas não pra chegar botando uma de O cara. Tem que chegar de mansinho, fazer um laço com ela, ai você parte pro beijo e depois você já sabe como funciona. — Falei.

  — Você parece saber muito sobre ela. 

  — Eu tenho um senso meio investigativo. Sei como a pessoa é só de observar ela. — Falei me deitando. 

  — Bennett. — Ele disse e eu dei risada.

  — Talvez. — Depois disso nós dormimos.

Dreaming out loudOnde histórias criam vida. Descubra agora