Capítulo 14☘

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O meu coração deu um pulo. Aquelas palavras eram do capa voadora e Gaby havia sido capturada, só podia ser isso. Ela e Isaac subiram para os quartos e lá eles se separaram ou o capa fez algum mal ao meu Isaac. Não posso ficar parada aqui sem fazer nada. No meu campo de visão, avistei o cara insuportável que estava com a cara fechada, talvez, preocupado como eu estava, mas eu não iria até ele. Chega de aguentar tanta estupidez.

Ele era sem sombra de dúvidas o tal do Christian. Uma jovem aparentando uns quinze anos, apareceu correndo desesperada, dizendo ter encontrado gotas de sangue pelo corredor lá em cima.

— Isaac está caído em um dos quartos e sangra muito pela boca!

Isaa não! Ninguém vai machucar meu anjo não! Ele pode ter feito a escolha dele, mas não merecia isso. Quem havia o machucado?Com certeza era o capa voadora.

— Fique comigo, Nana. Não quero vê-la andando sozinha por aí — disse Christian. Ele pegou a mão da menina e entrou no casarão.

— Me solta, Christian! Não me faça pagar mico na frente dos outros! — a garota se referia a mim e não queria ser levada daquela maneira.

— Você me obrigou a vir para cá! Sabe que odeio esse tipo de coisa, essa babaquice para meninas.

Nana era irmão do apático ao quadrado. E agora ele reclama de estar no casarão, mas horas atrás estava se pegando com a dona Gaby. Como ele é hipócrita.

A garota olhava de soslaio para mim e Christian a arrastou praticamente para dentro do casarão. Senti um calafrio na espinha de imaginar estar sozinha perto da piscina e pequenos arbustos distribuídos, facilitando a existência de esconderijos.

Apressei meus passos e entrei no casarão, encontrando o restante do pessoal perplexo, ajudando Isaac a se recordar de como fora atacado. Ele estava com a boca machucada e seus olhos vermelhos denunciavam uma extrema preocupação com o desaparecimento de Gaby.

Meus pés permaneceram fixos e distantes de Isaac. Gostaria de me aproximar dele e abraçá-lo, cuidar de seu ferimento e dizer que tudo ficaria bem e Gaby aparecia salva.

— Alguém passou o braço em volta do meu pescoço e me puxou para trás, pressionando meu pescoço e socando minha cara para me fazer parar com as tentativas inúteis de me soltar — Isaac explicava o que havia visto antes de sua namorada ter sido levada.

— Temos de encontrar o capa voadora — intervi, com as pessoas virando em minha direção.

— Quem é capa voadora, doida? — perguntou Christian, me encarando como se eu realmente fosse uma desmiolada sem importância alguma.

— É o tal da conta falsa do instagram que vivia perseguindo Gaby — expliquei, odiando a expressão de menosprezo construída e lançada para mim. Eu odiava aquele garoto.

  — Então não é de hoje a existência desse louco —  avaliou Christian, suavizando sua expressão carregada de enojamento por mim. 

 — Ajuda ver os comentários antigos ou mais recentes, não sei, desse tal de capa? —  perguntou Clarisse, com os olhos pregados em seu celular, deslizando, como se estivesse procurando alguma pista importante. 

  —  Idiotas perseguidores virtuais costumar criar contas falsas e preferem alternar para dificultar — comentou Christian, cruzando os braços. 

Estávamos reunidos na sala de estar do casarão e Eva deu ideia para procurar a planta da residência, se alguém tinha ideia de onde estaria ou se existia em algum arquivo digital.

Isaac balançou a cabeça negativamente, mantendo-se cabisbaixo e ferindo meu coração por não apoiá-lo diretamente em meus braços, como se existisse apenas nós dois. 

Um grito. Um grito de rasgar garganta. Um grito de abalar qualquer um. A voz era feminina. O grito era de Gaby e partia do corredor de cima. 

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