Bernardo dormia tranquilamente sobre a cama de casal. O quarto não era muito grande e as paredes precisavam urgente de uma reforma. O lençol de cama estava limpo e tinha sido colocado recentemente. Matheo teve esse cuidado conosco, mas minha raiva por ele ainda não tinha passado. Deitei-me de lado e fiquei com a cabeça apoiada sobre minha mão. Eu alisava a testa do bebê e temia só de pensar em vê-lo chorando com saudades de sua mãe ou com fome.
Levantei-me da cama cuidadosamente e abri a porta para ver se eu conseguia avistar Matheo em algum lugar. Bernardo não podia dormir sem se alimentar. Matheo apareceu em seguida, enraivecido.
— E aí? Chega de ficar mimando esse moleque, não me enrola mais, Lisandra! Eu quero jantar com você.
— E o Bernardo? Ele precisa comer. É um bebê e precisa da mãe. Não tem como você devolvê-lo?
Matheo pareceu pensar por um momento e depois me pediu paciência.
— Vou ver se eu acho alguém para comprar um leite em pó para ele. Fica aqui com ele e eu já volto. Você ainda aceitar jantar comigo? — ele estava suavizando sua forma de se comportar comigo. Decidi ter uma atitude mais resignada.
— Eu aceito o jantar. Aceito tirar fotos e fingir o que você quiser, mas por favor, não faça mal a essa criança— implorei, recuando para ficar dentro do quarto, cuidando de Bernardo.
Neste momento, Bernardo começou a chorar e o segurei em meu colo, balançando-o cautelosamente para os dois lados. Matheo não saía da porta e ficava me observando.
— Eu me apaixonei pela pessoa certa — ele disse, constrangendo-me.
— Por favor, peça para alguém trazer logo o leite — pedi mais uma vez.
Matheo puxou seu celular do bolso da calça social e digitou uma mensagem.
— Pronto. Vamos descer para o jantar?
Assenti e descemos juntos a longa escadaria de madeira. Revivi alguns momentos ao passar pelos mesmos lugares de quando eu estava no reality show de Gaby. Apertei Bernardo em meus braços e olhei para o lado, encontrando uma longa mesa com uma toalha vermelha.
Matheo puxou uma cadeira para mim e me pediu para entregar Bernardo.
— Não. O menino só vai ficar calmo em meus braços, por favor, não insista.
— Ok. Só acho que o menino vai atrapalhar nosso jantar e temos batatas fritas e bife. São ótimos, não acha?— Matheo queria mostrar gentileza com aquele sorriso sarcástico e manipulador.
Uma taça de vidro ao lado do prato de vidro, virado para baixo, com talheres enrolados por um guardanapo.
Para não aumentar o clima de desconforto, peguei a taça e pedi para ser preenchida pelo vinho. A garrafa estava sobre a mesa, mais próxima de Matheo, que se ergueu animado. Após encher minha taça pela metade e me ver tomando um gole, ele sussurrou em meu ouvido:
— Você é muito linda, posso tirar uma foto sua?
Confirmei em silêncio e ele tirou algumas fotos minhas. Eu não saberia sorrir, não havia um momento confortável para isso.
Bernardo estava acordado e começar a chupar o próprio polegar esquerdo. Por enquanto, a situação era pacífica, mas e nas próximas horas? O que eu poderia esperar de Matheo?
— Eu gostaria muito de dançar com você, Lisandra. Se uma música começar a tocar, você aceitar dançar comigo à iluminação dessas velas?
O ambiente não estava muito claro. Alguns castiçais foram postos em alguns cantos e uma lâmpada no teto estava acesa. Olhei para o bebê e depois encarei Matheo.
— Se tiver algum lugar macio e próximo de mim, eu aceito, sim. Só quero o bem estar dele — falei, olhando para Bernardo.
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Dla nastolatkówLisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...