Capítulo 55☘

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A noite acabou e meu bom humor também, aliás, desde que o rapaz cobiçado da internet preferiu a festa do que a mim. Podíamos resolver nosso lado, sei lá, às vezes me acho maluca em querer namorá-lo.

A verdade é a seguinte: eu quero ansiosamente a intervenção de Christian. Ele podia perfeitamente me dizer que sou uma garota interessante em todos os aspectos. A verdade é que ninguém está interessado em mim.

Cansei de querer agradar os outros, e esses pensamentos em volta de Isaac e Christian só atrasa minha vida.

Dormir cairia bem, mas amanhã a nova aniversariante será eu.Quem diria, ter a sorte de nascer um dia após Gaby.

Se vou ter uma festa baladeira igual a dela, obviamente que não.

Todos os anos, Clarisse e Eva se juntam com a minha mãe para fazer um bolo. Mas com os últimos acontecimentos, a situação era outra. Só espero que Clarisse não me abandone, desistindo de uma amizade de anos, ou melhor, construímos uma história e Eva soube estragar isso.

O travesseiro, neste exato momento, seria meu presente. Olho para o lado e penso em como vou aproveitar meu dia amanhã.

Ao amanhecer, decido levantar cedo. Minha mãe é mais disposta ao acordar quinze minutos antes. O meu celular estava com mensagens ainda não lidas e por enquanto continuariam assim.

Encontro a aliança de Sebastian na gaveta de minha escrivaninha e me arrependo amargamente de ter se envolvido com aquele idiota. Jogo o pequeno objeto circular dentro da lata de lixo. Nunca mais quero saber dele. 

Quando chego à cozinha, assusto-me com as panquecas de carne moída prontas. Minha mãe me abraça e é a primeira a me felicitar. Ela sim era a minha verdadeira amiga.

— Hoje eu vou preparar um almoço especial e farei um bolo, chama Eva e Clarisse para me ajudarem — minha mãe disse, sem fazer conta de que as minhas amizades estavam abaladas.

— Melhor não. Elas estarão ocupadas e faz um tempo que não converso com Eva.

— Brigaram?

—Mais ou menos. Não quero saber, vamos esquecer delas. Daqui a pouco, a gente se resolve estamos aí— digo, pegando a primeira panqueca do dia.

Depois do café da manhã, decido andar um pouco, e passo pela cafeteira ainda fechada de Jonas. Ele trabalhava junto com seus pais, mas nas primeiras horas da manhã, ele dava conta sozinho e uma moça ficava no caixa.

Agora, depois do acidente, as portas e janelas de vidro eram limpadas por Léo. Eu observava seu esforço em limpar com o rodo. 

Na descida da longa escada de ferro, Léo olhou para mim e se criou uma carranca medonha em sua face.

— Preciso falar com você— falei, aproximando-me dele.

— Oh, garota, nem venha, por sua culpa, Jonas está numa cama de hospital! — ele exclamou, irritado, terminando de descer a escada.

— Jonas é meu amigo! Nós brigamos e o acidente aconteceu, como eu ia saber? Por que não me escuta? Está querendo jogar a culpa em mim quando na verdade é a sua culpa!

Léo pareceu ofendido com as últimas palavras e largou o rodo ao chão.

  — Como tem coragem de dizer isso, garota?! —  ele parou na minha frente, cruzando os braços  e inclinando a cabeça para o lado, indignado.

—   Por que você tirou fotos de Nana, a irmã do seu amigo Enzo? Tem ideia de que sou capaz de ajudá-la a denunciá-lo? A foto dela quase foi espalhada na internet e não vou arredar o pé daqui se não me disser o motivo, porque eu vou contar para todos o que você fez e sinceramente, não vou lhe dar paz. 

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