Cheguei à casa de Gaby, acompanhada de mãos dadas com Isaac, isso mesmo. E para não criar um clima tenso em nós logo no primeiro encontro, preferi não indagar por que ele não me falou que a festa pertencia a Gaby.
Isaac quando foi me buscar em casa, elogiou meu vestido simples preto e fez uma expressão de admiração ao ver meus cabelos cacheados.
Envergonhada, agradeci e entramos em seu carro, que foi sendo dirigido pelo seu amigo.
Durante a viagem, evitei olhar no fundo de seus olhos, peguei meu celular e disfarcei estar tratando de assuntos sérios. Mas também não abusei da dosagem, vez ou outra, eu sempre busquei algum assunto, porque Isaac estava muito quieto e dificilmente encontrava assuntos para nosso entrosamento fluir.
A casa de Gaby era enorme e logo na entrada, a sua piscina estava inundada de pessoas e uma equipe de fotógrafos tiravam fotos, além das luzes coloridas serem projetadas para cima.
Isaac apertou a minha mão e me conduziu firmemente ao seu lado. Fomos até a entrada da casa e fomos recebidos por Miriam. Ela nos ofereceu bebidas e percebi o quanto era íntima de Isaac. Seus olhos pareciam querer engoli-lo.
A moça era muito bonita e seus cabelos longos foram jogados, encostando em meu rosto quando veio me cumprimentar.
—E essa menina, eu conheço você, não è? — ela me olhou com certo desprezo e perguntou.
— Ah já vim aqui, sim — respondi, envergonhada.
—Entendi...bem, sintam-se à vontade, em breve, chamarei Gaby para recebê-los. Tem bebidas diferenciadas, vocês vão gostar.
Ela fez menção de se retirar, pedindo licença e se afastou. Isaac ficou meio incomodado com o jeito dela de olhá-lo.
—Vamos beber alguma coisa? — ele me convidou e eu consenti com a cabeça, sem dizer nada.
Juntos e de mãos dadas, só nos soltamos quando ele pegou uma taça de vidro, contendo um líquido verde e me entregou em seguida. Depois, ele pegou a taça vermelha, cumprimentou o barman e recebeu os nomes dos ingredientes inseridos. O meu era tequila com limão. Não podia beber, seria a coisa mais errada do mundo. Isaac já estava acostumado e como sua idade o permitia, ele quase esvaziou a taça no primeiro gole, assustando-me com sua ansiedade por bebidas alcoólicas.
Ele esticava a cabeça e parecia procurar alguém em meio a tantas pessoas.
— Está procurando alguém? — perguntei, curiosa. Não queria que perdessemos tempo com um silêncio exaustivo quando podíamos estar conversando ou até dançando.
—Estou ótimo ao seu lado. Você parece ser tão linda por dentro quanto é por fora, gostei de conversar com você — ele comentou, olhando-me e me abraçando, colocando sua mão em minha cintura e me aproximando de seu corpo.
—Obrigada...— criava-se um certo desconforto, mas eu estava gostando e não perdi tempo para beijar sua boca.
Foi nesse momento que Christian apareceu e pigarreou propositalmente, colocando a mão fechada sobre a boca. Olhamos para ele e o vi usando uma jaqueta preta, que havia lhe caído muito bem.
Em seguida, ele colocou as mãos nos bolsos e nos encarou, como se eu estivesse lhe devendo alguma coisa.
— Oi, Christian — falei para quebrar o silêncio e a tensão entre os dois.
Isaac não o cumprimentou, passou por ele com muita raiva no rosto. Estranhei seu comportamento por alguns milésimos de segundos, depois me lembrei do motivo de Isaac odiar Christian a ponto de não falar com ele.
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Teen FictionLisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...