Virei duas taças de gim e não quis saber de mais nada. A música estava agradável e eu podia sentir meu corpo se agitar até minha cabeça começar a girar.
— Lis, acho melhor você parar um pouco de beber, não acha? — aconselhou Alana.
— Dane-se! Eu vou beber é tudo! Tire fotos, meu Instagram está morno e as pessoas não vão querer me seguir se eu não postar minhas fotinhos — falei, pedindo mais uma taça ao bartender.
Téo ressurgiu das cinzas para sentar ao meu lado e concordar com Alana.
— Bem, se quiser, eu posso levar as duas para casa, ela me parece um pouco fora do normal — ele diz e me incomoda. Olho para ele, erguendo as minhas sobrancelhas até sentir a formação dos vincos de minha testa. — Você não manda em mim, seu bobo! — dou-lhe um tapa leve no ombro.
— Garota, hoje você dorme lá em casa, sua mãe não pode sonhar com seu estado desse jeito. Se ela ver, nunca mais vai deixar você sair de casa.
— Ela é menor? — surpreendeu-se Téo.
— Ela tem dezessete anos — informou Alana, assustando Téo.
— Bem, vamos então — ele propõe e tenta me segurar em seus braços, ajudando-me a caminhar, estou querendo ficar no chão e não saio do lugar, abraçando-o.
— Sabe beijar? Eu sei beijar, então me beija, seu tosco — digo, sem consciência plena das minhas palavras, estou bêbada, só um pouquinho, eu acho.
— Vamos, Lisandra, que tal me ajudar e se esforçar para se manter em pé? — ele fala em meu ouvido e meu corpo estremece.
— Se quiser, é melhor me aguentar, porque eu não vou sair daqui.
Cansado de tentar me convencer, e mergulhada na embriaguez, Téo me carrega em seus braços e sou levada para fora da balada. A cabeça está girando, girando e girando sem parar. Escuto a voz de Alana enquanto estou sendo colocada no banco de detrás.
Téo me ajuda a colocar o cinto de segurança e seu sorriso me enfeitiça, além de seus cabelos dourados.
Christian nunca vai me perdoar, se me ver nessa situação. E quem se importa? Eu quero mais é me divertir, estou cansada de tudo e de todos. Agora eu só desejo dormir e o carro liga para mais uma viagem. Vejo Alana no banco da frente e ela me olha, preocupada.
— Se eu vomitar no seu carro será um problema? — pergunto e rio em seguida. Quero tirá-los do sério.
— Bem, se isso a fizer se sentir melhor, então, amanhã levarei meu carro para o lava-rápido — diz Téo, educadamente.
— Odiei! — dou um soco na janela e um grito.
— Por favor, Lis! Pare com isso, tente dormir um pouco — Alana aconselha e deve estar muito envergonhada. Eu sou uma péssima companhia para festas, baladas, seja o quer for.
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Na Mira do INSTAGRAM
JugendliteraturLisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...