Capítulo 99☘

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Don't go look at me with that look in your eye

You really ain't going away without a fight

You can't be reasoned with, I'm done being polite

I've told you one, two, three, four, five, six thousand times



Haven't I made it obvious?

Haven't I made it clear?

Want me to spell it out for you?

F-R-I-EN-D-S

Haven't I made it obvious?

Haven't I made it clear?

Want me to spell it out for you?

F-R-I-EN-D-S

F-R-I-EN-D-S



De frente à escola, apertei as alças de minha mochila e olhei para os outros alunos, que insistem em me olhar e cochicharem, como se eu fosse de outro planeta. E sinceramente, as fotos do atropelamento foram parar no Instagram e meu nome esteve envolvido, claro. Muitos defendiam Miranda e me ofendiam com palavras inadequadas. Estou cansada de ser alvo de notícias absurdas. E entrei na escola, decidida a terminar meus estudos, pois não aguentava mais esse colégio. 

Pelo corredor, encontrei as minhas antigas amigas. Clarisse me abordou com um abraço e me consolava sobre a lamentável notícia, que, com certeza, tinha sido alimentada e vitimizada por Miranda. Tinha pessoas a defendendo sobre a atitude de ter jogado o carro contra mim e Christian. Essas pessoas da Internet acham que são juízes para julgar e isso me irrita. Muitos me defendiam, mas outros eram cruéis.Ninguém tinha nada a ver com o episódio daquela noite.

  — Menina, não sei como você aguenta isso, sinceramente —  disse Eva. 

— Bem, depois das minhas amigas não existirem  mais na minha vida, tive de aguentar muita coisa, Eva —  alfinetei e ela se calou. 

  — Ah, por favor, não vamos mais pensar nisso

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  — Ah, por favor, não vamos mais pensar nisso. Somos mais fortes unidas e precisamos uma da outra — amenizou Clarisse. 

Alguém me abraçou por trás e reconheci sua voz na mesmo instante. 

  —  Augusto!

— Lisandra!

Ele apertou minhas bochechas e me puxou pelo braço, afastando-me de Clarisse e Eva. 

— Nossa, Augusto! Parece que você sumiu, faz tempo, hein!

— É querida, nós precisamos conversar mais —  ele diz e sussurra:—  Tem um príncipe lá fora querendo falar com você.  

  —  Christian? —  anime-me só de imaginá-lo lá fora. 

—  Não, é o Isaac mesmo. Ele é tão lindo, meu Deus! 

— Augusto, eu não vou lá. O que ele tem para me falar? Nós terminamos.

—  Oh, sua abestada, vá logo e depois me conte tudo, aliás, sinto falta de mais fotos suas no Instagram, está largado a vida de Instagrammer?

— E se você administrasse minha conta? —  propus. —  Sinto que não estou dando conta e você é mais experiente nisso. 

  — Uau! Seria fantástico! —  ele comemorou e me empurrou em direção à saída do colégio antes do sinal tocar e não haver possibilidade de eu entrar novamente. 

Respirei fundo e fiquei apreensiva com o reencontro. O nosso término não fazia muito tempo, mas não havia possibilidade alguma de voltarmos. Eu amava Christian e ele esperava um filho de Gaby.

Saí do colégio e Isaac estava encostado em seu carro, braços cruzados. Ele ajeitava seus cabelos e sorria ao meu ver. Aproximei-me e o cumprimentei na tentativa de ser através de um aperto de mãos, mas ele me abraçou. 

— Como você está? —  ele me perguntou. 

—  Estou bem ou tentando...

— Olhando para você é nítido o quanto não está confortável em me ver. Nem podemos ser amigos?

— Por favor, Isaac. É claro que podemos. Eu estou um pouco ainda chateada por decepcionar você.

 Ele voltou a cruzar os braços e disse:

— Eu não devia ter saído daquele jeito. Mas você ama Christian e eu estaria sendo um babaca se impedisse a sua aproximação com ele. 

 — E a Gaby?

Isaac meneou a cabeça, negativamente. 

  —  Não quero nem imaginar que aquela garota existe. 

—  Ela está esperando um filho seu, não deveria falar isso. 

—  Não, Lisandra. Ela não está. Ela mentiu para mim, só porque achava divertido me fazer de trouxa. 

Dei um passo a frente e alisei seu ombro esquerdo. 

— Sinto muito. 

—  Estou aliviado, Lis. Mas é difícil ser enganado com uma coisa dessas. Chorei desesperado, sem saber como agiria como pai tão novo e depois comecei a me acostumar com a ideia e depois descubro como sou tolo. 

Nós precisávamos de um abraço e quando Isaac se sentiu acolhido em meus braços, senti seu gemido de tristeza sobre meu ombro. Alisei suas costas e um carro parou próximo de nós. Reconheci o veículo e dentro dele saía Christian e Danúbia, que estava de volta e dirgia, pois Christian estava com um dos braços quebrado. 

A expressão facial de Christian demonstrava o ciúme e a maneira como ele segurava o buquê de rosas vermelhas. 


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