Bônus XXVII- Christian narrando...

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Não estava esperando por visitas. O dia seria longo e amanhecer na delegacia era algo muito ruim para tolerar. Mas era preciso, eu não deixaria Matheo impune quando ele ameaçou minha família e principalmente Lisandra. 

Nós dois estávamos unidos de alguma forma. Ela mexia comigo e apesar de ter entrado em sua casa, sem querer me ouvir mais, eu precisava dizer o quanto a queria ao meu lado. Eu fui covarde e deveria ter passado a noite ao seu lado, consolando-o. 

Depois de chegar em casa, recebo uma mensagem de Miranda, que estava sumida há mais de três meses, se eu não me engano. 

Ela queria me ver e estava preocupada quando soube do sequestro. Sua afeição pelo meu irmão era verdadeira e quando a recebi em minha casa, seus braços foram direto a mim. Ela me apertou e me beijou sem perguntar se podia fazer aquilo. 

  — Eu jamais pensei que poria meus pés aqui novamente. Mas Bernardo, sua mãe e irmã são as pessoas mais incríveis e ao saber de tudo isso, eu só pensava em estar aqui com vocês. Graças as Deus, todos estão bem. 

— Então, não precisa me beijar, né, Miranda?

— Eu sei, e realmente eu não farei mais isso. Depois da traição, eu sofri muito e resisti tudo para não voltar com você.

Comecei a rir e cruzei os braços, afastando-me dela. 

—  Engraçado! Nem demorou para arrumar outro namorado, não foi?

— Ah, qual é, Christian! Você me traiu ,cara! Eu estava sozinha e precisava de um ombro amigo. 

Passei a mão em meus cabelos e preferi não rebater. As fotos de seus beijos com outro cara só me fizeram odiar manter o Instagram ativado. 

— Eu sofri com o nosso término. E falei tantas vezes que não tinha traído, mas você preferir ficar com as fotos, sem se importar com a data delas.  

  Ela suspirou e me entregou uma rosa. Era seu costume toda vez que nos encontrávamos. Em sua casa, sua mãe mantinha um jardim de rosas brancas e ela sempre trazia, principalmente para minha mãe. 

— A última vez que lhe trouxe uma dessas, você me pediu em noivado, lembra? —  ela perguntou enquanto eu recebia a rosa. 

  — Sim. E era tudo que eu mais queria. Não estava me importando se nosso relacionamento era precoce, o que me importava era assumi-la de uma vez por todas. 

Miranda se aproximou, enlaçou seus braços em minha cintura e me olhou com aquela doçura. 

— Está difícil de esquecer aquele dia —  ela falou.—  Eu quero fazer do jeito certo. 

— Eu sinto muito, Miranda...

—  Existe outra garota? —  ela me perguntou e pensei em Lisandra instantaneamente.

— Acho que sim. Eu vou atrás dela, sinto muito, mas o nosso tempo já passou. 

— Ok. Só espero que essa garota não lhe faça sofrer. Eu vim mesmo é ver sua mãe, Nana e o pequeno Bernardo, que me apeguei tanto. 

 

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