A fúria estava explícita em seus olhos e ações. Ele apertava meu braço e descontava sua raiva em cima de mim. Christian não suportou e gritou para ele me soltar e eu tinha muito medo dele avançar e Matheo disparar outro tiro. Bernardo começou a chorar e Matheo se irritou mais ainda.
— Cale a boca desse moleque! agora! — ele apontou a arma para Gaby, que tentava proteger o bebê em seus braços.
— Você não é assim, cara,não faz isso. Um rapaz tão jovem se prestando a isso? Cara, cai fora antes que a polícia chegue, você tem chance! — Gaby o aconselhava.
— Cale sua boca! Não quero falar com você!
Nesse momento, só vi o vulto de Isaac vindo pela porta e acertando a cabeça de Matheo com algum objeto não identificado de imediato. Mas deu tempo para Matheo atirar e Gaby soltou um grito e se jogou no chão.
Christian se apressou a segurá-la em seus braços. Eu corri até eles, averiguando o que tinha acontecido e temendo o pior. O bebê chorava escandalosamente, mas não tinha nenhum ferimento aparente quanto eu o tirei dos braços de Gaby.
— Eu estou bem, não fui atingida — ela disse, erguendo-se do chão com a ajuda de Christian.
Matheo estava desfalecido, de bruços. Isaac estava ao lado de Miriam.
— E...eu vou ficar bem — ela dizia, sem muita força na voz.
— Eu estou aqui agora. Vai dar tudo certo, nós somos gratos pela sua coragem — disse Isaac, beijando sua testa. — Por favor, alguém chame a ambulância, por favor!
Clarisse e Eva chegaram em seguida, assustadas. As duas vieram até mim e me abraçaram.
— Nos perdoem, nós estamos arrependidas — Eva acariciava meu rosto.
— Eu fui uma péssima amiga, por favor — Clarisse me abraçava.
— Inventei coisas ruins de você para Clarisse por ciúmes e estou muito arrependida, por favor, me perdoe — Eva chorava e se demonstrava estar envergonhada.
— Se vocês me consideram como uma amiga, então vamos voltar a ser aos poucos, porque muita aconteceu e não posso dizer que não guardo mágoa, porque eu estaria mentindo para mim mesma.
Miriam continuou murmurando e Isaac pedia para ela não esforçar.
— Eu quero falar...por favor...
— Miriam, eu prometo ficar com você, mas fique quieta. Você vai sair dessa — ele a abraçava e beijava seus lábios.
— Nã...não minta para mim. Você nunca vai me amar. E eu não quero isso. Viver de mentiras é a coisa mais ruim...você ama Gaby.
— Alguém ligou para a ambulância? Pelo amor de Deus! — ele implorava e apertava a ferida do ombro de Miriam com seu casaco.
— Cuide de seu filho, Isaac — ela disse, tomando a atenção de todos para ela.
— O que você disse? — perguntou Isaac, inacreditado.
— Gaby está grávida e o filho é seu — ela revelou, esforçando-se para ficar acordada.
Isaac se virou para Gaby, surpreso. E eu olhei para Christian ao meu lado. Balancei a cabeça em confirmação. Christian me envolveu em seus braços e alisou a pequena testa de Bernardo, que estava mais calmo.
— Eu te amo, Lis.
— Eu te amo, Chris.
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Novela JuvenilLisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...