Capitulo 47☘

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Ao chegar em casa, meu corpo pedia para um banho e depois cama. Nada de me preocupar com vida virtual, isso acabava comigo. O problema era lembrar de que meu instagram havia sido hackeada e a senha alterada. Se estou com problemas, talvez, mas meu email era a solução e o final seria a exclusão total de qualquer tolice posta.

Quando encontro a toalha de banho no guarda-roupa, meu celular apita e o maldito escreve o seguinte:

" Que beijo foi aquele, danadinha? E eu achando que você fosse uma tapada, sem atitude alguma. Então, fiz uma surpresinha para você e a foto viralizou"

" Nem o inferno quer uma praga como você, seu merda"

" Boca suja! Cuidado, porque graças a essa foto, você está com quase duzentos mil seguidores"

" Vá para a ..."

" Maldade...você é uma boba, né... Sua senha é 8@isaacristian"

" Vou excluir essa merda! "

" Então, exclua, que vc verá o nível da capacidade de uma verdadeira destruição"

" A polícia vai atrás de você! "

" Venha, meu mundo é de faces"

Meu peito arfava com o ritmo de agonia, adquirida após aquelas mensagens. Tive até medo de entrar no banheiro.

Aos poucos, eu me encolhia e apertava as minhas pernas,juntando-as. Deitada em minha cama, olhando para a tela do celular, os  xingamentos do exército fiel de Gaby continuavam; em contrapartida, o número de seguidores aumentava e notificações não paravam. O sono veio em seguida, eu não ousava me mexer, não era possível que o medo de ficar na escuridão de meu quarto havia me controlado.

Na manhã do dia seguinte, ergui meu corpo e uma grande sonolência me empurrava de volta para a cama. Peguei meu travesseiro e o pressionei contra meu rosto. Desejava esquecer de tudo e recomeçar o jogo do zero. Mas a vida não nos permiti fazer isso.

" Bom dia, Nana. Gostaria de sair com você antes do almoço, é possível? Falar sobre as fotos..."

Não pensei duas vezes para enviar mensagem a Nana, ela tinha tido sua privacidade invadida na casa da amiga e se eu quisesse chegar  à verdadeira identidade do capa voadora, então era interrogando sua amiga desde o começo.

Alguns minutos para se espreguiçar e se recompor foi o tempo para a mensagem ser respondida.

"Opa, Lis. Quero sim, vamos, dá para você passar aqui em casa às 10h?"

" Sim. Passo sim,bj "

Após um banho relaxante, desci para a cozinha e me deparei com a carranca de minha mãe.

— Que é isso? — ela segurava o celular e mostrava Isaac apertando minha cintura e adentrando sua língua em minha boca.

Eu pisquei várias vezes e me sentei à mesa.

— Olha o que sua tia Petúnia me enviou! O filho dela mostrou essa pouca vergonha! É cada nome que estão te chamando...que eu não sei o que fazer....Meu Deus do céu!

— Foi um beijo, mãe. É do menino que eu gosto, ele é cantor.

— Estão te xingando de tudo quanto é nome! Você tá tão sem-vergonha, socorro!

— Mãe! Para com isso! Essa foto vazou e eu não sei quem tirou.

— Mas beijar sabe, né?

O café da manhã demorou para se desenrolar, e engoli seco a fatia de pão, minha mãe não parava de resmungar e ter suas dúvidas respondidas. Era cada pergunta, que meu rosto n]ao tinha outro tom a não ser atingir a tonalidade exata de um tomate vermelho.

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