Capítulo 128 ☘

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Procurei saber onde era o cárcere privado atráves da live que ainda era transmitida pelo Instagram. A polícia estava cercando o local e o psicopata cujo nome era Luigi, ainda estava mantendo Noah como refém. 

Continuei caminhando em frente e nos comentários eu perguntava o endereço; Christian estava atrás de mim, pedindo para eu parar. 

  —  Dá para você parar? —  ele implorava enquanto tentava se aproximar de mim. 

Respirei fundo e decidi parar e encará-lo. 

  — Preciso estar lá para salvar Noah, por favor, não posso mais adiar. Me leve até lá e vamos resolver isso de uma vez por todas. 

Christian consentiu meio hesitante, mas concordou e caminhamos lado a lado. Recebi uma mensagem de Gaby, perguntando onde estávamos e eu decidi ignorá-la. A noite já era madrugada.

Por dentro eu chorava e temia o pior, e a cada respiração pesada, Christian segurava minha mão, sem questionar nada. 

Chegamos em frente a um prédio de três andares, e os policiais tinham acabado de invadir. Meu coração disparou e ouvi tiros no segundo andar. Christian me abraçou forte e eu gritei o nome daquele que se tornou mais que um amigo. 

—  Noah!!! Não!!! Por favor, não! 

Ajoelhei-me na calçada e chorei, agarrada ao Christian que segurava minha cabeça. Ele beijava minha testa e me pedia calma. 

Aquele som de tiro só me destruiu por dentro. A imagem de Noah segurando seu filho e sorrindo para mim nunca mais se repetiria. E eu era a causadora do pior. 

  — Acalme-se, Lis, ainda não sabemos o que aconteceu. 

Em seguida, Gaby e Jonas chegaram e os dois me abraçaram; fechei os olhos e soltei um grito abafado. Ainda estava agarrada ao Christian e naquele momento éramos um só. 

  Eu devia ter acertado o seu pedido, entretanto fui boba por ainda amar Christian. A dor no meu peito só confirmava o mais temido: a sua morte. 

— Acalme-se, por favor, meu amor —  a voz de Christian me consolava, mas a dor ainda me corroía e nada eu podia fazer. 

"Você quis tanto ser igual a mim que conseguiu atrair os mesmos psicopatas obcecados por mim"   

Tentei me recompor aos poucos quando Christian me soltou e foi conversar com um dos policiais que era seu amigo. 

  — Eles não estão aí! O quarto será revistado, mas eles não está aí. 

Naquela situação desconcertante, eu não sabia como reagir. Não sabia se era positivo ou negativo saber daquilo. Saber que eles não estão no apartamento ainda não era suficiente para se tranquilizar. 

Meu celular vibrou entre meus dedos e olhei para tela. E cliquei sobre a última notificação do Instagram. 

"É sua última chance, venha me encontrar onde o fogo engoliu a imensidão, se alguém vier com você, juro matar Noah, e não brinque comigo, sou capaz de tudo na situação em que me encontro. "

Apaguei a tela do celular e  engoli o choro. Ninguém podia desconfiar, muito menos Christian. Onde o fogo engoliu a imensidão só podia significar o casarão. 

  — Christian, estou cansada, não aguento mais ficar aqui. Até a live foi interrompida. 

— Vamos para casa —  ele me chamava.

— Eu irei para a minha casa. Preciso ficar sozinha, não quero pensar em mais nada por enquanto. Ainda tenho fé na vida de Noah. 

 Christian insistiu em me acompanhar até em casa. Se dependesse dele, ainda estaria sentado no meu sofá, segurando minhas mãos e me consolando. E se dependesse de mim, com certeza, esse momento não chegaria ao fim. 

Cada minuto era uma tortura e me despedir de Christian não estava sendo muito fácil, mas muito doloroso. 

Tranquei a porta e quis gritar, mas corri ao banheiro. Deixei a água do chuveiro cair na banheira.  E comecei a enviar mensagens para Luigi, suplicando pela vida de Noah. Pedi para que parasse de agredi-lo. 

Luigi me respondeu e com menos agressividade, garantiu deixar o garoto dormindo, dopado. 

Prometi me encontrar com ele durante a manhã, e ele reforçou com todas as letras do aviso anterior: "se alguém vier com você, juro matar Noah, e não brinque comigo, sou capaz de tudo na situação em que me encontro."

Despi-me e adentrei na banheira, encolhendo meu corpo, abraçando minhas pernas e apoiando meu queixo sobre os joelhos. O medo é a pior sensação do mundo.

 O medo é a pior sensação do mundo

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