Capítulo 93☘

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Escolhi um vestido verde-água para a festa de aniversário de Nana. Ela já começava a postar fotos e em todas elas, Jonas estava ao seu lado. Eu não tinha ideia de que os dois estavam juntos e assumidos. Bem, estou surpresa e feliz, pois os dois combinam e a felicidade estampada no rosto de meu amigo é o que mais importa. 

Alana não quer me acompanhar e prefere ficar em casa, assistindo um filme e comendo pipocas. 

  — Não! Por que não me acompanha? Eu não quero ir sozinha —  digo, chacoalhando seus ombros e a fazendo derramar grãos de pipocas pelo sofá. 

— Você está quase pronta e tenho certeza de que só vai se esforçar para ir à festa por causa de Christian e de sua namorada. Não gosto daquela garota —  ela diz e eu concordo. 

— Estou indo pela Nana. Porque Miranda praticamente tomou a família inteira para ela e não há espaço para mim —  falo, pegando um punhado de pipocas. 

— Nossa, deprimente —  Alana comenta e ri em seguida, puxando a vasilha de pipocas, não querendo dividir comigo. —  Pare de querer comer minhas pipocas, você precisa comer lá na festa e me trazer uns docinhos escondidos na bolsa. 

— Ai, Alana! —  aperto suas bochechas e tento pegar mais um pouco das pipocas. — Eu nem sei se vou conseguir comer alguma coisa lá. Eu só vou entregar o presente e voltarei, acho...

Alana me deu um tapa no braço e lançou aqueles sermões de sempre:

— Não me venha falar uma coisa dessas, ok? Fique e aproveite o ambiente festivo. Ligou para sua mãe? Ela deve me odiar. Já faz mais de uma semana que está aqui e ela nem acredita que você está indo para o colégio. Minha irmã virá semana que vem passar uns dias comigo, ela quer muito morar comigo. 

Fiquei feliz com a notícia e imaginei nós três juntas e esvaziando um pote de sorvete inteiro e falando mal de garotos que não nos merecem. Isso é tão cena de filme adolescente. 

  — Meus brincos! Ai, meu Deus! —  lembro ao passar os dedos em minhas orelhas e não encontrar meus brincos de ouro. —  Ainda não chamei minha carona e a festa vai começar às sete horas, como vou fazer? Estou atrasada!

— Ai, fala sério! Qual é o problema de chegar atrasada numa festa de aniversário? Ninguém liga, nem mesmo se você chegar depois de cantarem "Parabéns".   — Alana tinha razão e eu não precisava de tanto drama, só detestava de chegar atrasada nos lugares com horários marcados. 

A campainha tocou e Alana se ofereceu para atender, como se estivesse esperando alguém e tivesse certeza de quem havia chegado. 

  —  Hum...companhia para hoje à noite? Como assim, dona Alana? —  brinco e ela dá de ombros.

Abro minha pequena bolsa vermelha e procurou dentre vários bijouterias, o meu par de brincos de tantos anos, presente de minha mãe. Era presente de minha avó para ela quando tinha quinze anos. 

—  Pedrinhas verdes onde vocês estão, aparecem para a mamãe, hein...

— Boa noite, Lisandra.— Aquela voz não era estranha e ao me virar para a porta, reconheço o rapaz. Era Téo. 

—  Bem, comentei sobre a festa para Téo e ele faz questão de levá-la.  

Aquilo não estava nos meus planos, mas estava nos planos de Alana, que merecia uns beliscões por não me avisar. Os meus sábados não costumam ser normais.  


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