Capítulo 116☘

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E Noah saiu de minha vida por culpa de Christian. E minha reação foi gritar e esmurrar a almofada ao meu lado. 

  — Eu sou uma completa idiota! Eu me odeio com todas as forças! —  exclamei e corri para meu quarto e chorei, como se não houvesse o amanhã. Peguei meu celular e li xingamentos de pessoas desconhecidas e como estava frágil, joguei o aparelho com toda força contra a parede. 

— Eu vou me vingar de quem acha que sou tola! Já sei quem será a primeira a conhecer a verdadeira Lisandra. Não serei mais a mesma pessoa.

Meu Instagram era minha primeira prioridade e eu contratei uma equipe de produção para as minhas novas fotos. Léo era um babaca que eu queria manter à distância. 

Novas campanhas publicitárias surgiram no momento certo. Viagens começaram a fazer parte de minha vida e minha mãe começou a trabalhar comigo. Ela era ideal para administrar minha carreira enquanto eu tentava administrar a minha vida. 

Festas se tornaram frequentes e conhecer pessoas me proporcionou uma nova vida. Apreciar fotos de pessoas que eu nunca conheceria, com suas vidas perfeitas, filtros de nos querer estar naquele ambiente retratado e curtido por milhares de pessoas. 

Antes de entrar na festa de uma campanha de roupas casuais da qual eu havia participado, o pessoal da recepção da casa de festas começou a enfeitar meu rosto com tinta néon. Fizeram um pequeno coração na minha testa e em seguida uns riscos nas minhas bochechas. Achei aquilo engraçado e começou a sentir a energia da noite quando eu conseguia ouvir a música lá dentro. 

Minha noite seria interminável e eu viveria um sonho que permanecia enquanto eu estava debaixo do edredom no meu quarto, escondida de todos, como se eu não existisse e agora seria tudo diferente. Eu não estragaria essa noite por nada. 

Entrei me sentindo a maior modelo de todos os tempos, sobre saltos altos, como se todos me amassem. As pessoas estavam se divertindo e seus desenhos iluminados eram engraçados. Tinha uma garota de regata e seus braços com tinta neon, tanto azul quanto rosa.

Em meu pequeno círculo, girava e erguia os braços para o alto, fazendo meus ouvidos focarem apenas na música. 

  —  Você é uma desengonçada...— aquela voz invadiu meus ouvidos e me fez querer gargalhar. Ele sempre gostava de zombar minha falta de jeito para dança mas também nunca tinha coragem de fazer melhor. 

  — Nunca fui de festas —  respondi, encarando-o. 

— Eu sei...mas lembra quando eu te levei para a festinha de aniversário do meu primo de cinco anos que hoje já está com dez?

— Oh, se eu me lembro!  Adorei seu ensaio, sabia? Quem diria você ser um modelo!

  — Pois é! As nossas vidas mudaram e estamos aqui juntos —  ele se aproximou de mim e me deu um forte abraço enquanto uma música em espanhol tocava e nos embalava. 

  — E a sua namorada? Não me diga que vocês...

   — Terminamos sim...ela é muito nova e tomamos rumos diferentes. 

— Ótimo! Porque eu não curtia muito vocês dois juntos. E agora você vai dançar comigo a noite toda, senhor Jonas!

 Conduzi suas mãos até minha cintura e percebi o quanto aquilo era embaraçoso para ele. 

   — Melhor não, Lisa.

Nem quis dar ouvidos à timidez dele. Apenas apoiei minha cabeça sobre seu tórax e o abracei pela cintura. 

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