Capítulo 122☘

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Yo que pensé

Que todo había acabado ya

Para mi

Y que mi corazón

No volveria a sentir

Un amor así


Yo que juré

Que nunca más iba a entregar mi alma

Y ahora si te miro se me escapa

Y vuela hacia a ti


Porque te has convertido en parte de mi ser

Porque si tu estás aqui

Empiezo a creer


Quédate junto a mi

Que no puedo vivir sin tu amor

Quédate di que si

Esta noche solo de los dos

Solo de los dos

Solo tu y yo

Meu quarto era o meu refúgio e eu só pensava em me desligar completamente da vida virtual. As pessoas ainda eram cruéis comigo e me acusavam de ter matado aquelas três pessoas, como também a garota famosa que fora morta antes. Eu queria me sufocar com meu próprio travesseiro. A culpa só afundava minha mente e eu não aguentava mais. 

Ficarei presa aos meus pecados e não terei coragem de pedir ajuda. Eu só queria sumir do mundo inteiro. E Gaby conseguia tirar fotos, sorrindo, fingindo uma paz interior. As fotos enganam e só valem no momento que são tiradas. A pessoa que sorri de frente à câmera é a pessoa que instantes depois sofre atrás dela. 

A psicóloga tinha de vir até minha casa, pois eu não encontrava forças para cumprir as sessões em seu consultório. 

Ela conversava e me questionava sobre tudo. Sobre aquele incêndio e eu só chorava e ocultava a destreza de Gaby acender a merda do fósforo. 

  — Eu só preciso de paz! Eu só preciso de paz! Sai do meu quarto, por favor! Quero a solidão comigo mesma — abracei minhas pernas e meus cabelos desgrenhados continuavam sobre minha cabeça, dando um ar de desleixo. 

A doutora Carmem respeitou meu momento e se retirou do quarto, abrindo a porta e me surpreendendo com a presença de Noah, coçando a cabeça e jogando seus curtos cabelos encaracolados para frente. Aquele ar de garoto de bom coração só me fez abrir um sorriso e uma vontade tremenda de chorar e me jogar em seus braços. 

Seu abraço apertado seria meu porto seguro, e nada me deixaria mais feliz do que corresponder esse carinho e não temer a agonia de aceitar o fato de que jamais poderei amar Christian, sem me lembrar daquele casarão e daquelas pessoas que não estavam mais entre nós. 

Noah caminhou até mim, subindo em minha cama, ajoelhado. sobre a minha cama, aproximou e alisou meu rosto, aproximando-se cada vez mais. 

Beijou minha testa e seu perfume impregnou minhas narinas e me fez querer abraçá-lo e ficar deitado sobre seu corpo. 

    — Eu te adoro, Lis  —  ele sussurrou e começou a beijar meu queixo e depois encostou em meus lábios e sobre mim, eu foquei em seus olhos. 

 Uma lágrima escapou de um dos meus olhos e eu não sabia mais no que pensar, pois o beijo e o cheiro de Christian estavam ainda em meu pensamento e não haveria ninguém capaz de substituir esse amor tão forte. 

    — Eu soube o que houve e não sabe o quanto me arrependi por não ter ficado e a trazido para casa.

— Não esquenta, eu estou bem... — respondi, olhando para o teto e relembrando daquele lamentável episódio. 

   Estávamos deitados lado a lado e pedi para Noah mudar de assunto; perguntei sobre seu filho e ele disse, animado e orgulhoso do filho:

— Está cada vez mais lindo. E não é porque sou pai dele, não. Mas é que eu me vejo nele e sei que sou responsável pelo seu crescimento. Acho que vou amadurecer e crescer como pessoa ao lado dele, não acha?  —  ele perguntou, erguendo uma de suas sobrancelhas. 

— Eu tenho muito orgulho de você, meu querido  —  respondi e apertei sua mão. 

—  Eu seria a pessoa mais feliz se pudesse ser feliz ao seu lado também. 

Respirei fundo e olhei para baixo, e não precisou de palavras para Noah compreender a dificuldade encontrada em meu esforço para responder. 

— Bem, é melhor ir embora...

— Não! Fique mais!

— Não posso e não consigo, se não for para te amar...

— Noah...

— Lis...

— Seja Feliz, minha Lis!  —  ele me deu um último beijo naquela noite. 

Acompanhei-no até a saída e Noah me deu um último abraço apertado. 

— Fala para aquele idiota que eu não vou desistir de você, e nunca! 

Seu abraço macio me deixou com o ar frio daquela noite. Noah se afastou de costas, com as mãos nos bolsos, todo desengonçado e sorridente, com aquele charme que só ele sabia ter. 

Um carro preto parou abruptamente ao seu lado e uma pessoa com máscara branca saiu e puxou Noah para dentro e eu gritei, correndo atrás do veículo, que deixava um bilhete no chão. 

"O fogo que queimou minha irmã, queimará seu namoradinho, piranha!"

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