Capítulo 111☘

507 109 65
                                    

Ele apareceu à porta de minha casa, segurando uma tulipa vermelha. Meu coração deu um pulo inesperado e minhas bochechas coraram de tanta vergonha. Ele estava esplêndido na minha frente. Seu sorriso largo trouxe uma energia tão positiva ao meu lar. Noah cumprimentou minha mãe educadamente e seu comportamento me fez sentir tão sortuda. 

A dor de pensar em Christian estava sendo curada pela presença de Noah. Ele estendeu sua mão e eu a toquei, sentindo um companheirismo interligar nós dois. 

  — Você está tão linda —  ele disse, com brilho nos olhos. 

Desde manhã eu não parava de pensar nessa formatura. E o quanto eu estava tremendo e sentindo um frio na barriga. Não vou dizer que esqueci de Christian, mas fui anestesiada com a força da presença de Noah em minha vida. É como se eu estivesse entrando em uma nova fase. 

— Seu vestido é lindo —  ele disse, deixando-me sem jeito. 

— Obrigada —  agradeci, sem encontrar palavras para retribuir o elogio. 

Saímos de minha casa e minha mãe não se esqueceu de repetir pela enésima vez que eu avisasse quando chegasse e saísse de lá. 

Noah ofereceu seu braço de apoio para o meu e andamos sob o luar tão iluminado quanto seu sorriso branco. 

O céu escuro e repleto de estrelas. Uma noite agradável. Saímos pelo portão gradeado e meu peito disparou quando avistei Christian do outro lado da rua. Ele nos encarava e suas mãos nos bolsos de sua calça. 

Parei inesperada e assustei Noah, que me perguntava o motivo daquele meu comportamento repentino. Eu só estava diante de meu grande amor que estava desgastado e não valia a pena persistir. Era um misto de paixão e conformação. 

— Nada não. Vamos curtir a noite —  falei de forma agitada, esticando meu braço para cima. 

Ignorei Christian e entrei no carro do motorista de aplicativo que nos aguardava. 

Sentamos no banco detrás e fiquei olhando para a tulipa sobre meu colo. 

—  Você quer mesmo ir a essa formatura comigo? —  Noah perguntou, olhando para mim. 

— Claro. Garanto não estar fazendo nenhum esforço para estar aqui ao seu lado. 

Aquelas palavras foram suficientes para Noah se aproximar de meu rosto e me fazer sentir sua respiração. Ele estava semicerrando os olhos e sua boca estava muito próxima da minha até que nos beijamos. 

Foi um beijo breve, mas suficiente para despertar algo de bom entre nós. Ele sorriu e pediu desculpas e achei tão fofo de sua parte se comportar daquele jeito. Um rapaz tão jovem e romântico. 

Durante nossa viagem, Noah contou mais sobre sua vida e seus sonhos. Ele gostava de praia e tinha um pequeno negócio. Trabalhava aos finais de semana numa loja de apetrechos de praia e gostava de surfar. 

Quando chegamos em frente ao salão, muitas pessoas estavam chegando também. Noah me ajudou a sair do carro e entramos, encontrando muitas pessoas. E não era uma fobia social, ou talvez, fosse, mas é que muitas pessoas me olhavam, como se me conhecem de algum lugar. E por um instante esqueci que ter um milhão e meio de seguidores atrai muita visibilidade. 

Umas garotas muito lindas me abordaram e me pediram selfies. Aceitei e fiquei um pouco constrangida, não estava acostumada com isso.  

Não queria que Noah se distanciasse de mim e ele não fez. Pelo contrário, as meninas ficaram mais interessadas. Quando nos afastamos da roda de multidão que se construiu em volta de nós, Noah começou a rir como uma criança. Ele me abraçou pela cintura e comentou que uma garota tinha sido muito ruim com ele na época que eles tinha doze anos. 

Na Mira do INSTAGRAMOnde histórias criam vida. Descubra agora