Christian e Gaby, juntos em flagras acontecidos em restaurantes, shoppings, tudo indicava uma recaída entre os dois. E não vou mentir, meu coração aperta só de ver, ainda mais várias pessoas torcendo por eles.Sebastian era meu refúgio dessa vida inútil de seguir vida de famosos. Como eu odiava a me sujeitar a isso. Saí do colégio mais cedo e me deparei com Sebastian conversando com Clarisse, que tinha saído na minha frente enquanto eu conversava com o professor de História para tirar duvidas sobre o conteúdo da prova.
Ela entregou um pequeno pacote para Sebastian e disfarçou, afastando-se rapidamente do garoto, que se aproximava para onde eu me encontrava. Estranhei e imaginei inúmeras coisas, entretanto sou esperta o suficiente para não interrogar sem receber uma desculpa esfarrapada.
Demos um beijo na boca na demora de um estalo de dedos e demos as mãos, andando e me sentindo autoconfiante ao seu lado, porém com aquela dúvida na ponta da orelha.
— Quero te levar para uma balada hoje a noite, você topa? Prometo ir sem boné— ele riu e me apertou contra seu corpo.
— Minha mãe não vai aceitar— respondi, chateada.
—Eu sei o quanto é errado mentir para os pais, mas será uma mentirinha sem importância.
— Eu vou pensar e te ligo.Ele me apertou e beijou minha boca, tirando meu ar e me devolvendo o calor de estar com ele.
A despedida foi mais demorada e queria muito sair com ele, estava crescendo e não queria perder essa oportunidade, talvez, eu daria uma renovada nas minhas fotos do instagram, já que ganhei seguidores pelo motivo errado.Preferi não comentar nada e convenci minha mãe a deixar eu sair à noite para " fazer trabalho na casa de Clarisse e aproveitar para dormir lá". Combinei com a própria Clarisse para me ajudar mesmo com a língua coçando para tirar satisfações com ela sobre a conversa que tivera com Sebastian na saída do colégio.
Escolhi um vestido longo e levei uma bolsa com algumas roupas para disfarçar. Maquiagem leve e um beijo de boa noite de minha mãe.
Sebastian me avistou do outro lado da rua; ele usava uma camisa polo e calças jeans, parecia mais charmoso e sem aquele boné, seu rosto lhe dava uma feição mais madura.
Demos as mãos e entramos em seu carro vermelho.— Pedi emprestado para meu pai, então nada de bebida para mim —comentou, colocando o cinto de segurança.
Às oito horas chegamos a uma boate agitada, como sempre, claro, afinal, eu nunca tive costume de vir a uma, só quando Gaby me convidara. Ela deve me odiar por ainda não entregar seu vestido, e não podia esquecer da minha identidade falsa.Entramos e Sebastian foi direto para o bar. Lembrei-o sobre a bebida e direção serem inimigas mortais. Ele deu de ombros e disse:
— Relaxa, gata, a noite é uma criança e estou a fim de fazer uma em você— ele riu e me entregou um copo com cheiro a puro álcool, acabei virando direto para minha garganta e quase devolvi.
Dançamos e nos beijamos mas também bebemos mais do que deveríamos e de costume, acabei me alterando. Eu nunca me vi nessa situação, porém Sebastian estava comigo.
Meus olhos correram para a multidão sob luzes e ambiente fechado e acabei vendo quem eu menos queria: Christian.
Ele me viu e desviei dele, agarrando Sebastian pelo pescoço e o beijando ao redor de sua boca. Sebastian me apertou tão forte que eu juro ter sentido uma dor para amanhecer um hematoma na região.
— Aqui tem gente demais, vamos embora — falou Sebastian pegando meus cabelos com força.
— Ok. Vamos para casa - eu falei, impressionada com a grosseria que ele me pegava.
— Não quero levar você para casa, quero um lugar só para nós dois, você me entende, já está na hora...
—Hora de quê? - tentei me soltar dele, o sufoco resultava em apertões fortes demais.— Está me machucando.
Sebastian esmagava meus braços e beijava meu pescoço, abraçando-me e me obrigando a ver Christian do outro lado, beijando uma mulher loira.
—Vamos para outro lugar, só pare de me machucar —repreendido querendo liberdade para respirar.
Com a iniciativa de seguir a vontade de Sebastian, andei na frente, com a atitude de passar por Christian. Belisquei seu braço e falei num sopro:
— Socorro — continuei andando em frente a passos lentos.
"Tomara que Christian tenha ouvido. Odeio pedir ajuda para ele, mas Sebastian estava me assustando e meu corpo doía após ele me tocar",pensei preocupada em chegar ao carro antes da hora.
Saímos do local de festas e Sebastian me alcançou, pegando meu braco e o apertando.
— Hoje a noite é nossa.Olhei de relance para trás e nada de Christian aparecer e se eu entrar naquele carro, como vou escapar?Vou pedir ajuda para os seguranças, ainda dará tempo.
— Eu não vou voltar para casa com você e muito menos para outro lugar! - falei, firme e parando no caminho, virando-me para trás e dando impulso para correr. Sebastian me puxou facilmente para trás.
— Para, Lisandra! Vamos, eu vou te levar para casa.
— Não vou! — puxei meu braço e vi seus dedos cravarem em minha pele.
" Permaneça consciente, permaneça consciente", não vou voltar com esse idiota. Vou gritar, não tem outro jeito, preciso de ajuda.
Galerinha, hoje lancei três capítulos e espero que gostem! Muito obrigada pelo carinho de cada um de vocês! Na próxima postagem , eu vou colocar o elenco — na verdade, tentei encontrar pessoas próximas do que eu imagino— e espero que gostem, mas podem imaginá-los da forma que quiserem, é sério, não se apeguem às imagens. Beijão.
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Ficção AdolescenteLisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...