Capítulo 36 ☘

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Christian e Gaby, juntos em flagras acontecidos em restaurantes, shoppings, tudo indicava uma recaída entre os dois. E não vou mentir, meu coração aperta só de ver, ainda mais várias pessoas torcendo por eles.

Sebastian era meu refúgio dessa vida inútil de seguir vida de famosos. Como eu odiava a me sujeitar a isso. Saí do colégio mais cedo e me deparei com Sebastian conversando com Clarisse, que tinha saído na minha frente enquanto eu conversava com o professor de História para tirar duvidas sobre o conteúdo da prova.

Ela entregou um pequeno pacote para Sebastian e disfarçou, afastando-se rapidamente do garoto, que se aproximava para onde eu me encontrava. Estranhei e imaginei inúmeras coisas, entretanto sou esperta o suficiente para não interrogar sem receber uma desculpa esfarrapada.

Demos um beijo na boca na demora de um estalo de dedos e demos as mãos, andando e me sentindo autoconfiante ao seu lado, porém com aquela dúvida na ponta da orelha.
— Quero te levar para uma balada hoje a noite, você topa? Prometo ir sem boné— ele riu e me apertou contra seu corpo.
— Minha mãe não vai aceitar— respondi, chateada.
—Eu sei o quanto é errado mentir para os pais, mas será uma mentirinha sem importância.
— Eu vou pensar e te ligo.

Ele me apertou e beijou minha boca, tirando meu ar e me devolvendo o calor de estar com ele.
A despedida foi mais demorada e queria muito sair com ele, estava crescendo e não queria perder essa oportunidade, talvez, eu daria uma renovada nas minhas fotos do instagram, já que ganhei seguidores pelo motivo errado.

Preferi não comentar nada e convenci minha mãe a deixar eu sair à noite para " fazer trabalho na casa de Clarisse e aproveitar para dormir lá". Combinei com a própria Clarisse para me ajudar mesmo com a língua coçando para tirar satisfações com ela sobre a conversa que tivera com Sebastian na saída do colégio.

Escolhi um vestido longo e levei uma bolsa com algumas roupas para disfarçar. Maquiagem leve e um beijo de boa noite de minha mãe.
Sebastian me avistou do outro lado da rua; ele usava uma camisa polo e calças jeans, parecia mais charmoso e sem aquele boné, seu rosto lhe dava uma feição mais madura.
Demos as mãos e entramos em seu carro vermelho.

— Pedi emprestado para meu pai, então nada de bebida para mim —comentou, colocando o cinto de segurança.
Às oito horas chegamos a uma boate agitada, como sempre, claro, afinal, eu nunca tive costume de vir a uma, só quando Gaby me convidara. Ela deve me odiar por ainda não entregar seu vestido, e não podia esquecer da minha identidade falsa.

Entramos e Sebastian foi direto para o bar. Lembrei-o sobre a bebida e direção serem inimigas mortais. Ele deu de ombros e disse: 

— Relaxa, gata, a noite é uma criança e estou a fim de fazer uma em você— ele riu e me entregou um copo com cheiro a puro álcool, acabei virando direto para minha garganta e quase devolvi.

Dançamos e nos beijamos mas também bebemos mais do que deveríamos e de costume, acabei me alterando. Eu nunca me vi nessa situação, porém Sebastian estava comigo.

Meus olhos correram para a multidão sob luzes e ambiente fechado e acabei vendo quem eu menos queria: Christian.

Ele me viu e desviei dele, agarrando Sebastian pelo pescoço e o beijando ao redor de sua boca. Sebastian me apertou tão forte que eu juro ter sentido uma dor para amanhecer um hematoma na região.

— Aqui tem gente demais, vamos embora — falou Sebastian pegando meus cabelos com força.

— Ok. Vamos para casa - eu falei, impressionada com a grosseria que ele me pegava.

— Não quero levar você para casa, quero um lugar só para nós dois, você me entende, já está na hora...

—Hora de quê? - tentei me soltar dele, o sufoco resultava em apertões fortes demais.— Está me machucando.

Sebastian esmagava meus braços e beijava meu pescoço, abraçando-me e me obrigando a ver Christian do outro lado, beijando uma mulher loira.

—Vamos para outro lugar, só pare de me machucar —repreendido querendo liberdade para respirar.

Com a iniciativa de seguir a vontade de Sebastian, andei na frente, com a atitude de passar por Christian. Belisquei seu braço e falei num sopro:

— Socorro — continuei andando em frente a passos lentos.

 "Tomara que Christian tenha ouvido. Odeio pedir ajuda para ele, mas Sebastian estava me assustando e meu corpo doía após ele me tocar",pensei preocupada em chegar ao carro antes da hora.

Saímos do local de festas e Sebastian me alcançou, pegando meu braco e o apertando.
— Hoje a noite é nossa.

Olhei de relance para trás e nada de Christian aparecer e se eu entrar naquele carro, como vou escapar?Vou pedir ajuda para os seguranças, ainda dará tempo.

— Eu não vou voltar para casa com você e muito menos para outro lugar! - falei, firme e parando no caminho, virando-me para trás e dando impulso para correr. Sebastian me puxou facilmente para trás.

— Para, Lisandra! Vamos, eu vou te levar para casa.

— Não vou! — puxei meu braço e vi seus dedos cravarem em minha pele.

" Permaneça consciente, permaneça consciente", não vou voltar com esse idiota. Vou gritar, não tem outro jeito, preciso de ajuda.

Galerinha, hoje lancei três capítulos e espero que gostem! Muito obrigada pelo carinho de cada um de vocês! Na próxima postagem , eu vou colocar o elenco — na verdade, tentei encontrar pessoas próximas do que eu imagino— e espero que gostem, mas podem imaginá-los da forma que quiserem, é sério, não se apeguem às imagens. Beijão.

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