Lisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...
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Que a vida é cheia de escolhas, isso é mais que verdade, porém não conseguimos enxergar da mesma forma. Ver a cabeça de Matheo sangrar só me deu ânsia e um certo receio da loira da minha frente. Gaby parecia outra pessoa, era como se ela estivesse completamente possuída por algo assustador.
Ela olhava para o Matheo desmaiado com um olhar fixo e depois ergueu os olhos até mim.
Eu ainda estava ofegante com aquela cena, não pensei reencontrá-los tão cedo assim.
— Está me devendo uma — disse Gaby, encarando-me e jogando o restante do caco de vidro no chão.
— O quê?! V..você matou...n...não pode ser!
Pus a mão em meu peito e senti um medo absurdo ao me deparar com aquela cena. A cabeça de Matheo estava sangrando muito e ele precisava de emergência, se ele morresse realmente, minha consciência estaria destroçada.
— Nossa! Se ele morrer, qual é o problema? Afinal, ele é do mal e ele queria atacar você, e se eu não estivesse aqui, você estaria perdida, querida — falou Gaby, cruzando os braços, com ar de deboche.
Ela agachou ao lado de Matheo e com os dedos, indicador e médio, tocou o pescoço de Matheo e sentiu sua pulsação.
— Ele está vivo — ela confirmou e se levantou subitamente, olhando por cima do meu ombro, como se estivesse alguém atrás de mim, e eu viro para trás, encontrando a garota, apontando o canivete para a minha direção.
— Cuidado! — gritou Gaby e a garota psicopata veio até mim, decidida a me atacar. E eu só podia recuar e me proteger com os braços e senti alguém me puxar para trás e se colocar na minha frente, protegendo-me. E era inacreditável enxergar Gaby me defender com uma habilidade imprevisível. Ela simplesmente dominou a garota, ela tomou dela o canivete, que caiu no chão.
A garota começou a ser espancada por Gaby e eu estava completamente sem reação, assistindo as duas se enfrentarem até uma voz masculina interromper tudo.
Virei para trás e reconheci o capa voadora com a cara limpa, sem máscara alguma. Aquele menino me assustava e ainda estava vivo, com aquele olhar perigoso, prestes a esquartejar a primeira vítima que surgir.
Meu coração deu um soco por dentro e eu quis cuspir um sangue inexistente, imaginando ser atacada a qualquer momento. Vini estava um pouco transtornado e impaciente.
— Vamos Gaby! Já espalhei a gasolina, temos que ir embora, pô! — ele acelerava a Gaby e aquele contato entre os dois era inacreditável.
— Calma, amor! Já estou indo — respondeu Gaby, limpando o sangue da boca.
— Você só pode estar brincando!
A menina psicopata estava um pouco debilitada e gemia de dor.
— Merda!!! — Vini gritou e avançou, passando por mim e agarrando Gaby pelos cabelos e a forçando a encostar seus lábios nos dele. — Vai pegar tudo fogo, e você vai ser minha, totalmente minha!
Gaby aceitou seu beijo e ele abaixava as alças de seu vestido e os dois não se separavam e minha perplexidade chegou a ter sem espaço quando Vini conseguiu tirar o vestido de Gaby, deixando-a com roupas intimas.
— Alice, me leve para o mundo das maravilhas! — dizia Vini, apertando Gaby contra seu corpo e ignorando o fato de que havia um rapaz sangrando, uma garota assustada e sangrando, procurando a merda de seu canivete, que tinha caído e sumido de nossa visão.
— Me larga Vini, por favor, não vai ser agora! — reclamava Gaby, tentando se soltar de Vini.
E antes que algo pior acontecesse, criei coragem para retribuir o que ela acabara de fazer por mim.
— Socorro!!!
Peguei um caco de vidro, resultado da coragem de minha inimiga para me salvar. E cravei a ponta afiada no ombro dele, que estava concentrado em manter Gaby sob seu poder. Ele ganiu tão alto que Gaby foi jogada longe.
— Maldita!!!
Eu me tornei o alvo da sua fúria e agora dor. Ele começou a apertar meu pescoço e jurar me matar da forma mais cruel possível. A dor era agonizante e Gaby tentou impedi-lo, mas a garota psicopata agiu rapidamente, e cravou o canivete em sua cintura.
Gaby caiu no chão e eu não tinha mais forças e só pensava que a qualquer momento, perderia a consciência. Vini soltou meu pescoço e decidiu prestar atenção em Gaby, que estava caída no chão, chorando de dor e tentando estancar o sangue da cintura enquanto eu tossia e esfregava meu pescoço.
Vini atacou a garota com as duas mãos e apertou seu pescoço com mais brutalidade até a garota cair desacordada.
Gaby não esperou ser atacada por ele novamente, levantou-se com dificuldade e eu me antecipei a ajudá-la. Nós duas corríamos e Vini vinha logo atrás. Faltou muito pouco para ele nos alcançar e Gaby não esperou, acendeu o fósforo com as mãos trêmulas e jogou para dentro da casa.
O impulso do medo, da sobrevivência foi maior e nossos corpos foram lançados para frente e nos abraçamos. Uma tentando proteger a outra.
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