BÔNUS VIII - Gaby narrando...

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Maldita garota! Como eu a odeio! Miriam me acompanha até o quarto e segura a porta que empurro para ser fechada com estrondo. A minha vontade é jogar Lisandra na piscina e humilhá-la na frente de todos. Não posso acreditar que Isaac realmente esteja interessado por ela. Ele ainda me ama, claro que me ama. Só faz isso por causa do idiota do Christian.

— Por que você trouxe o Isaac aqui sem me avisar? Droga! Não dava para ter me avisado! — reclamei com Miriam, que mastigava um chiclete e se olhava no espelho, empinando o traseiro. 

 

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— Ah, amiga, eu ia lá saber que você ainda estava pegando o Christian. Eu avisei para você ir rápido, mas parece que não entende de tempo.

Dei um soco no colchão, querendo gritar e escorraçar todos desta péssima festa.

— Eu não sei por que ainda me sinto atraída por Christian! — gritei, soltando o ar pela boca, enfurecida, torcendo os lençóis sob minhas mãos.

— Porque ainda está apaixonada por ele, só por isso — conclui Miriam, sem me dar uma saída.

— Não! Eu quero Isaac!

Miriam sentou-se ao meu lado e se jogou no colchão, rindo, como se eu tivesse falado alguma piada. Ela olhava para o teto e parecia ter bebido litros de pinga.

— O que está olhando, sua doida?

— Imagina um céu estrelado e...

— Cala a boca! — resmungo, levantando-me e sentindo vontade de vomitar. — Não fale em céu estrelado, porque Christian gostava disso. Ai, meu estômago.

Miriam se calou e sentou-se, encarando-me e ajeitando seus longos cabelos.

— Por que me olha assim? — pergunto, sentindo náuseas.

— Não sei, fazer um exame será importante para desvendar logo esses enjoos, não acha?

— Não me encha! Não vou mais falar disso, ok?

Corro para o banheiro e fecho a porta, encostando minhas costas nela e deixando as lágrimas atingirem meu rosto. O medo de descobrir está maior do que qualquer coisa.

Escuto a voz de Miriam me irritando, ela batia à porta e insistia para que eu descobrisse logo o que estava me causando um mal estar.

Fechei minhas mãos e doida para socar todos, abri a porta e a chamei para irmos à festa. Faltavam muitas pessoas para serem cumprimentadas e as fotos precisavam sair perfeitas. Os meus seguidores começavam a sentir minha ausência e não quero especulações fora de hora. Os fotógrafos estavam lá fora, esperando-me.

— Se quiser, venha! — falei, enxugando os meus olhos com o dorso da mão.

Encontrei os barmans servindo as bebidas. Peguei a primeira taça grande e em poucos goles eu a terminaria. E já começo logo a dizer: Uma taça é pouca para o que eu tenho para viver nesta noite.

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