Maldita garota! Como eu a odeio! Miriam me acompanha até o quarto e segura a porta que empurro para ser fechada com estrondo. A minha vontade é jogar Lisandra na piscina e humilhá-la na frente de todos. Não posso acreditar que Isaac realmente esteja interessado por ela. Ele ainda me ama, claro que me ama. Só faz isso por causa do idiota do Christian.
— Por que você trouxe o Isaac aqui sem me avisar? Droga! Não dava para ter me avisado! — reclamei com Miriam, que mastigava um chiclete e se olhava no espelho, empinando o traseiro.
— Ah, amiga, eu ia lá saber que você ainda estava pegando o Christian. Eu avisei para você ir rápido, mas parece que não entende de tempo.
Dei um soco no colchão, querendo gritar e escorraçar todos desta péssima festa.
— Eu não sei por que ainda me sinto atraída por Christian! — gritei, soltando o ar pela boca, enfurecida, torcendo os lençóis sob minhas mãos.
— Porque ainda está apaixonada por ele, só por isso — conclui Miriam, sem me dar uma saída.
— Não! Eu quero Isaac!
Miriam sentou-se ao meu lado e se jogou no colchão, rindo, como se eu tivesse falado alguma piada. Ela olhava para o teto e parecia ter bebido litros de pinga.
— O que está olhando, sua doida?
— Imagina um céu estrelado e...
— Cala a boca! — resmungo, levantando-me e sentindo vontade de vomitar. — Não fale em céu estrelado, porque Christian gostava disso. Ai, meu estômago.
Miriam se calou e sentou-se, encarando-me e ajeitando seus longos cabelos.
— Por que me olha assim? — pergunto, sentindo náuseas.
— Não sei, fazer um exame será importante para desvendar logo esses enjoos, não acha?
— Não me encha! Não vou mais falar disso, ok?
Corro para o banheiro e fecho a porta, encostando minhas costas nela e deixando as lágrimas atingirem meu rosto. O medo de descobrir está maior do que qualquer coisa.
Escuto a voz de Miriam me irritando, ela batia à porta e insistia para que eu descobrisse logo o que estava me causando um mal estar.
Fechei minhas mãos e doida para socar todos, abri a porta e a chamei para irmos à festa. Faltavam muitas pessoas para serem cumprimentadas e as fotos precisavam sair perfeitas. Os meus seguidores começavam a sentir minha ausência e não quero especulações fora de hora. Os fotógrafos estavam lá fora, esperando-me.
— Se quiser, venha! — falei, enxugando os meus olhos com o dorso da mão.
Encontrei os barmans servindo as bebidas. Peguei a primeira taça grande e em poucos goles eu a terminaria. E já começo logo a dizer: Uma taça é pouca para o que eu tenho para viver nesta noite.
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Teen FictionLisandra é uma adolescente que não compreende o porquê das pessoas seguirem outras e admirá-las, como se fossem intocáveis, entretanto, ela não se dá conta de que também faz parte desse mundo e sempre está de olho nos passos de seu cantor favorito q...