Capítulo 16 ☘

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No grupo do Direct, o vídeo de Gaby apanhando foi enviado. E só aumentou a raiva de Isaac, que socava a porta, rompendo as articulações, com os estalos altos.

O rosto de Gaby estava sangrando muito. Seus cabelos eram puxados para trás e seu rosto era colidido contra o chão várias vezes.

— Não é possível! Precisamos tirar a garota de lá agora! — exclamei, dando um passo a frente. Meu impulso era derrubar aquela porta.

Christian e Isaac combinaram e chutaram a porta, isso gerou algumas vezes até finalmente a porta cair do outro lado. O quarto estava com mais velas do que no corredor. Gaby estava ajoelhada e chorando de dor, seu rosto estava irreconhecível.

O tal da capa voadora usava uma máscara branca, ocultando sua identidade e ameaçando:

— Se avançarem, vou acabar com ela — ele avisou, apertando o pescoço de Gaby e aumentando a fúria de Isaac prestes a atacar com suas mãos machucadas e cerradas.

— O...que você...quer?! — Gaby implorava.

— Eu queria você na minha vida — ele respondeu, usando um modificador de voz. — Sempre gostou de me ignorar, como se eu fosse um lixo.

— Você é um merda! — Eva disparou.

— Cala a boca, garota — repreendeu Christian.

— Eu não sei quem é você! Me perdoa se eu o maltratei algum dia, pelo amor de Deus!

— Cara, vamos conversar, não dá para você ficar aqui e sair ileso. A polícia vai ser chamada e há uma equipe de várias pessoas reunidas lá fora — falou Isaac, esforçando-se para manter a calma. — Liberte a Gaby. Vamos resolver tudo na conversa.

O cara mascarado começou a surtar e exigir motivos dos quais Gaby não sabia. Ele dizia amá-la feito louco, o que não era nenhuma novidade, pois ele estava maluco de pedra. Gaby não se lembrava de nada e tentar assimilar as coisas que o louco dizia não chegaria a lugar nenhum.

— Cara, ela é um ser humano e nunca será sua prioridade. O que temos que fazer para você liberá-la para limpar o rosto e cuidarmos de seus ferimentos. Podemos ajudá-lo a fugir daqui, tem muita gente lá fora e vão invadir se Gaby não der notícia.

Isaac prendia o ar em suas cordas vocais para falar com fluidez, não na tentativa, mas na certeza de convencê-lo.

— Por favor, está doendo muito — Gaby chorava e implorava para limpar o sangue de seu nariz e boca.

— Não vou libertar Gaby, ela só vai limpar o rosto. Preciso que outra garota esteja em seu lugar enquanto isso.

— Como assim? — Christian franziu as sobrancelhas, contrariado com aquela troca.

— Eu quero aquela ali! — ele apontou para mim. — Ela vai ficar aqui enquanto Gaby limpa o rosto, não quero que minha gata fique suja.

— Ok. Ela vai ficar aqui com você — Isaac antecipou-se a responder e me puxar pelo pulso, sem me dirigir nenhum olhar, apenas me arrastou, como seu eu fosse um objeto inanimado. Ele estava louco para ver sua namorada livre das mãos daquele cara e eu compreendo sem sombra de dúvidas a sua dor, mas ele me tocou como se eu fosse merda nenhuma. Sempre sonhei com um contato físico com Isaac, mas não daquela maneira.

— De jeito nenhum! Ela não vai ficar sozinha com esse louco — vociferou Christian, esticando os braços e se colocando na minha frente. O cara apático, o qual se irritou com a minha parada abrupta na entrada do casarão, agora estava parado na minha frente, protegendo-me. 

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