Capítulo 25

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Olhava-me no espelho do quarto que antes era dos meus pais, agora é meu e de Léo.

O vestido azul, com um grande decote na frente, o comprimento era discreto, afinal era um jantar em família. Prendi os cabelos num rabo-de-cavalo, pois sabia que Léo ficava enlouquecido quando o via dessa forma, imaginando varias maneiras de puxa-lo.

Por falar nele, ele já tinha se aprontado e desceu para fazer companhia a minha avó, que estava completamente encantada por ele.

Ouvi barulho de carro chegando, provavelmente minha tia já havia chegado com a família.

Pareço uma adolescente que vai apresentar o primeiro namoradinho à família, fechei os olhos lembrando da nossa tarde mágica... meu corpo todo arrepiou-se ao lembrar do que havíamos feito, eram emoções e sentimentos tão intensos, sentia faltar o ar só de estar perto dele.

Abri os olhos e deparei-me com a minha imagem no espelho... meus olhos tão transparentes mostravam o quanto eu estava dependente dele.

Acalmei a respiração e saí do quarto em direção à sala. A família estava toda reunida na sala de jantar, ao ouvir meus passos todos viraram-se, meus olhos imediatamente encontraram o de Léo, que estava com aquela "cara" que parecia realmente apaixonado por mim, isso acabava comigo, com todas as minhas resistências. Seria errado eu me entregar somente hoje?

- Meu Deus! Minha sobrinha, como você consegue ficar cada dia mais linda? - Minha tia sorria admirada.

- Amor minha filha! Olha a pele dela como está, transpirando paixão por todos os poros. - Minha avó se encarregou de mais uma cena de constrangimento.

Léo mostrava aquele sorriso sexy que era capaz de derreter qualquer coração de gelo.

- Acho bom vocês pararem de me constrangerem, basta a vovó o dia inteiro hoje!

- Que mentirosa! Passou a tarde toda com esse moreno lindo de doer, tenho certeza que estavam embaixo da "árvore do pensamento", chegou tão cansada de que veio junto com Léo cavalgando, enquanto ele puxava o outro cavalo. Se vocês vissem a cena, parecia filme romântico, as mulheres toda suspirando vendo-o sem camisa.

- Não vovó pelo amor de Deus já chega! - Estava beirando o desespero, meu rosto ardia de tanta vergonha, Léo tratou logo de me abraçar forte e depositar um beijo na minha bochecha.

- A culpa é minha! Não a deixo em paz nenhum momento, não é meu amor? - Nossos olhares cúmplices se cruzaram, e lá já estava o maldito desejo correndo em minhas veias.

- Começou de namoro é assim mesmo! - Nixon marido da minha tia estava surpreendente alegre, logo ele que era tão introspectivo. Ele era o responsável por administrar o sítio da família.

- Negativo, nós não fomos tanto assim! Talvez seja o sangue latino que corre nas veias deles. - Minha prima Ema se aproximou com um abraço afetuoso, quem não a conhece até parece que ela era simpática assim. Na verdade atrás daquela cara doce e simpática ela não passava de uma invejosa.

- Oi prima, quanto tempo! - Esforcei um sorriso simpático.

Ela apresentou-me seu noivo Cris, era um homem muito bonito, não tirou seus olhos indiscretos de cima de mim, a sua noiva fez o mesmo com Léo. Que merda! Eles não se respeitam? Mesmo não tendo nada sério com Léo eu o esganaria se ele fizesse isso comigo.

O jantar correu tranquilamente, conversamos sobre família, filhos, negócios, felizmente não houve nenhuma saia-justa. Cantaram parabéns,houve o famoso com quem será, puxado pelas duas crianças, filhos mais novos da minha tia. Léo sorria divertido, era tão bom vê-lo descontraído, nem de longe parecia com aquele homem sério e orgulhoso que eu conheci a pouco mais de um mês.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora