Capítulo 64

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Despertei em quarto de hospital, quantas vezes isso aconteceu desde que conheci Léo? Praticamente está virando rotina, duas vezes em hospital e uma fui atendida na mansão.

Abri os olhos vagarosamente acostumando com a claridade do local e encontrei um Oliver pensativo.

- Oliver

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- Oliver... - Falei baixinho, ele estava perdido em seus pensamentos e eu até imagino o que seria. Ele mexeu-se na cadeira, deu um sorriso discreto, levantou-se e veio até mim, passando a mão no meu rosto.

- Você se sente bem princesa?

- Sim... Oliver como está...

- Está tudo bem. - Ele passou as mãos na cabeleira loira e deu um longo suspiro. - Por que você não me disse que estava grávida?

- Eu tentei, mas você não deixou. Só dizia, conversaremos depois. E realmente não tivemos tempo de conversar pois o Léo logo nos encontrou antes.

Dei um longo suspiro, coloquei as mãos na minha barriga. Ele olhou fixamente para o meu ventre e me seguida para o meu rosto.

- Ele sabe?

- Não. - Baixei os olhos.

- Isso muda tanta coisa Sara.

- Olha Oliver, eu quis te contar mas você disse que conversaríamos depois, eu não quis te enganar...

- Ei, calma. - Ele passou a mão nos meus cabelos. - Não fique nervosa, eu sei que você não quis me enganar. O último culpado é o Martínez, você é vítima Sara, nunca se esqueça. Agora descanse, vou chamar a médica e iremos para casa.

- Mas ele disse...

- Não se preocupe com o que ele disse, eu sou homem e não moleque, nós iremos resolver essa situação.

Ele saiu e me deixou com a cabeça cheia de bobagem, que droga! Eu não vejo uma saída decente para minha vida. Levantei-me e vi uma sacola de grife, e vinque lá dentro tinha roupa, lingerie, e outra sacola pequena com itens de higiene, fui ao banheiro, tirei aquela camisola horrível de hospital e fui para meu querido e adorado "psicólogo" chuveiro, quando Deus me fez, provavelmente disse que viveria muitas loucuras. Coisas que acontecem demorem em livros, filmes e novelas acontecem comigo desde que o meu caminho cruzou o do Diogo, e tudo o que eu não tenho desde esse dia é paz de espírito.

Fui obrigada a viver com o seu irmão, no caso meu cunhado sem saber do parentesco, nos apaixonamos, fui pedida em casamento, descobri que ele era meu cunhado, descobri um filho no momento em que o perdi, é essa é uma das cicatrizes que carrego na minha alma. Sofri, sofri muito, o perdoei, brigamos novamente, engravidei novamente, caí numa armadilha, meu noivo não acreditou em mim, me leiloou como se eu fosse um objeto, arrependeu-se tarde demais, pois fui comprada por um deus grego que me deixa sem fôlego de tanta beleza, em seguida Léo liga dizendo que fará uma guerra de eu não voltar para ele e estou novamente no hospital, e quase perco mais um filho...

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora