Capítulo 90

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- Estamos prontas! - Minha mãe e Maria já estavam nos esperando para a consulta do pré-natal.

- Eu tabem vou! - Rebeca desceu as escadas rápido, segurando o corrimão.

- Cuidado Rebeca. Vou esperar você. - Meu Deus! A família toda vai a consulta.

Enquanto vejo minha filha descer, sussurro no ouvido de Léo:

- Você não acha que estamos levando muita gente para uma simples consulta?

- Simples consulta? Nós teremos a primeira imagem do nosso bebê! Eu queria que todos que amamos pudessem estar presente. - Ele continua falando baixinho, para que somente eu escute. - E além do mais minha princesa. - Ele continua falando, agora beijando minha nuca. - Eu sou o dono do hospital, esqueceu?

- Oh claro! Esqueci que a vossa majestade é dono de quase todo México! - Falo com descaso.

- Eu só quero mesmo ser dono do seu coração. - Eu o amo, ele ainda ajuda com esse romantismo dele.

Abaixo-me para pegar Rebeca, mas claro, antes que eu a pegue, Léo é mais rápido e a pega antes de mim.

- O papai é o mais forte e mais rápido! - Ela fala sorrindo enquanto Léo a levanta no alto, arrancando o sorriso mais lindo do mundo.

- Agora entendo quando sua mãe dizia que você é a dona do seu sorriso mais lindo. Você acaba de ser a dona do meu melhor sorriso, Sara acaba de ser rebaixada para a segunda posição.

Me junto a eles, abraçando-os revezando beijos entre um e outro.

- Não me importo, já que estamos empatados.

É nesse clima que todos nós partimos para o hospital. Dois carros fazem a nossa segurança discretamente, não acho que precise de tanto, mas acredito que Léo deve ter grandes desafetos, além é claro de ser um bilionário famoso, com certeza ele deve prezar muito pela sua segurança. Acho que os planos para ter uma vida normal, devem ser guardados para a próxima vida quem sabe...

Passo a mão site meu ventre, minha barriga está tão grandinha... será que o bebê é grande? Ou talvez por ser a segunda gestação... não sei. Só espero que possamos ser felizes, que o nosso "felizes para sempre" esteja realmente acontecendo.

Olho o céu azul, límpido, sem nenhuma nuvem. No painel do carro marca quase trinta graus, e ainda é cedo da manhã. Um dia lindo, para pensar somente em coisas boas, não sei se isso é bom ou ruim, o fato é que eu não consigo me apegar em coisas ruins, eu sempre tento esconder o sofrimento e absorver apenas coisas boas. Pelo menos tento...

Parece que ele percebeu que eu não estava totalmente a vontade, colocou a mão na minha coxa desnuda e falou baixinho.

- Eu amo quando você se veste de vermelho. - Pegou minha mão e beijou.

- Acho bom você prestar atenção no trânsito, não queremos que aconteça nenhum incidente. - Minha mãe alerta, ele dá o último beijo e coloca minha mão de volta ao lugar.

Até chegarmos ao hospital, ouvimos Rebeca tagarelar durante todo o caminho. Ora ela dizia que queria uma irmãzinha, depois mudava totalmente de opinião e dizia que queria Um irmãozinho, pois não queria perder seu posto de princesinha da família. Bom, acho que teremos que trabalhar bem esse lado, caso seja uma menina.

Chegamos no hospital, que diga-se de passagem era lindo, todo de vidro, e vários andares, não deu para contar quantos eram exatamente, pois fiquei encantada com o letreiro lindo com o sobrenome Martínez. Entramos pela porta da frente, pelo visto todos os funcionários já conhecem Léo, pois os olhos arregalam-se, alguns ficaram nervosos, mas devo dizer que as mulheres ficaram agitadas. Passo os olhos na recepção e mais parece um casting de modelos! Sempre vi pela televisão algumas novelas mexicanas, e via o quanto elas eram lindas, mas olhá-las de perto era ainda mais surpreendente.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora