Prisioneira do Tráfico (Livro 1)

Capítulo 33

Leonardo Martínez

Não tomei meu desjejum direito e saí a procura da mulher que vem tirando meu sossego. Já ia me encaminhando para o quarto quando eu m vento forte sopra da área da piscina.

"Engraçado, ela nunca fica aberta." Dirigi-me com cuidado para o local, segurei minha arma, afinal poderia ser algum inimigo, era o que eu tinha adquirido ao longo da vida.

Grande foi minha surpresa ao ver Sara caída na beira da piscina. Meu coração perdeu uma batida ao vê-la pálida, jogada no chão...

- Sara!!! - Minha voz saiu mais alta que o normal.

Imediatamente várias pessoas estavam no local. Eu a peguei no colo, ela estava gelada, tinha sangue na sua roupa. De onde ele vinha?

- Senhor, deixe que eu a levo... - Roberto se ofereceu para pega-la.

- Não! Ela é minha mulher! - fuzilei-o com o olhar, - na minha mulher somente eu toco! Estamos entendidos? - Meu olhar furioso não deixava uma sombra de dúvidas o quanto ela era minha.

- Sim senhor, eu só queria ajudar.- Ele imediatamente baixou a vista.

- Ajuda nunca encostando um dedo nela.

- Acho que ela viu algo desagradável... - Lourdes pegou o jornal e me mostrou a página que ela estava lendo.

Mas ela é uma mulher tão forte. Desmaiar assim, do nada... embora a notícia não fosse das melhores, Sara já passou por tanta coisa. Vê-la frágil e vulnerável dessa forma me desmontava inteiro.

- Vamos imediatamente para o hospital.

- Já trouxe os documentos dela. - Maria entrou trazendo seus documentos.

Saímos afobados em direção ao hospital, não a tirei dos meus braços, será que ela estava doente? Tentei me acalmar um pouco, e percebi que o sangue estava saindo da sua intimidade, será que ela tinha menstruado é devido ao calor, as emoções, sei lá! Eu estou louco!

Chegamos ao hospital e já tinha uma equipe me esperando, a tiraram do meu colo.

- Cuidado com a minha mulher! Se alguma coisa acontecer com ela eu...

- Calma senhor Martínez, logo traremos notícias da sua mulher!

Uma doutora aparentando ter uns quarenta anos tentou me acalmar.
Mas nada nesse mundo faria me acalmar enquanto eu não visse acordada, bem, seria muito pedir que ela voltasse a me tratar bem? Seria! Mas eu a quero de volta.

Meu celular toca sem parar e vejo que é do serviço de inteligência, atendo imediatamente.

#Ligação On

- Senhor..

- Fale rápido Rodrigues, estou muito ocupado.

- Conseguimos rastrear todas as imagens do circuito de segurança da sua festa.

- E...

- Um homem que estava disfarçado conseguiu furar o esquema de segurança, e se infiltrou como um dos nossos, deixando o embrulho na sala de vídeo, que curiosamente não tinha ninguém.

- Como ele conseguiu passar sem ser percebido? Isso é um erro gravíssimo! Se ele quisesse atentar contra a minha vida ele tinha conseguido!

- Não sabemos ainda senhor! Mas o carro seguiu pelas avenidas que eram monitoradas por circuito de tevê, até seguir por um ramal e não tivemos mais informações.

- E a placa? Era fria?

- Sim senhor!

Fechei os olhos tentando controlar a raiva e digerir a incompetência dos meus funcionários.