Capítulo 65

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- Tente manter a calma Sara! Finja que é uma dublê de filme de ação.

Nesse momento o carro bateu na nossa traseira nos fazendo girar, giramos tantas vezes que por um momento pensei que a minha alma tinha desgrudado do meu corpo. Oliver segurou firme na direção, voltamos à direção contrária e acelerou batendo forte na lateral de um dos carros que estava nos seguindo. Nesse momento os seguranças de Oliver chegaram trocando tiros com os carros suspeitos.

- Ai meu Deus! - Coloquei as mãos no coração.

- Calma Sara, o pior já passou. O carro é blindado e os meus homens vão distraí-los até que estejamos seguros.

Fechei meus olhos e rezei baixinho, para que Deus me protegesse de todos os males, que me tirasse dessa enrascada. O Léo me quer morta é isso? Ou quer que eu perca nosso filho? Droga! Lembrei que ele não sabe que eu estou grávida!

Alguns minutos depois, estávamos novamente no centro no centro da cidade. Mesmo com carro batido ele seguia em alta velocidade, entramos no edifício com uma fachada toda espelhada, meu corpo estava todo trêmulo, fechei os olhos quando percebi que estávamos seguros e fiz uma prece baixinha de agradecimento.

Senti as mãos dele passar suavemente no meu rosto, colocando meus cabelos para trás da orelha.

- Agora estamos salvos. Está tudo bem Sara? - Eu abri os olhos lentamente e olhei para aquela imensidão azul que era os olhos dele.

- Se eu não perdi esse bebê, com certeza ele está colado no meu útero pois nunca passei por tanta adrenalina em um curto intervalo de tempo.

- Não vai perder, nãos quero te ver triste. Agora vamos descer.

Soltei o cinto de segurança, e descemos, um homem todo de preto se aproximou e eu travei.

- Calma, ele é um dos meus seguranças. Owen, despiste quem quer que tenha nos seguido e leve esse carro para uma de minhas propriedades, só não saia do carro para que ninguém perceba que não sou eu.

- Ok!

Oliver pegou minha mão e caminhamos até um elevador privativo, certamente era exclusivo para a cobertura. O elevador panorâmico dava uma visão perfeita da cidade a noite.

- Que vista linda!

- Eu prefiro a que eu estou vendo nesse momento. - Ele me encarava como se fosse me devorar e eu me senti sem graça. Geralmente eu conseguia me sair bem das cantadas, mas com ele era diferente, de um jeito que eu não sei explicar.

Chegamos ao apartamento ele ainda estava segurando minha mão, ele digitou as senha e colocou o rosto num aparelho, tipo aqueles filmes de ficção científica. Que loucura esse mundo! E apesar de tanta segurança, ainda tinha louco que se atrevia a invadir.

As portas de segurança foram destravadas, dando lugar a um pequeno Hall, onde tinha mais outra porta, dessa vez uma porta convencional. Ele digitou a senha.

- Rapaz isso aqui é mais seguro que os presídios do meu país! Pelo amor de Deus! Tem detector de metal também? - Não pude conter a piada, e ele sorriu de volta.

- Você acredita que consegue ser ainda mais linda quando sorrir?

- Porque você ainda não me viu endiabrada! Aí rapidinho você ia muda de opinião sobre a minha beleza! - Tentei tirar o clima que estava se formando, um cara lindo, sedutor nível hard, me protegendo, era uma situação bem delicada.

- Aposto que fica sexy! Eu amo uma agressividade, adoro controlar as brabinhas.

- Caralho! - Falei em português.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora