Capítulo 80

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- Eu posso sim seu papai, aliás, eu estou muito feliz com o seu pedido! - Léo parecia realmente encantado com o pedido da sobrinha.

- Tá vendo mamãe, agora podemos ser uma família competa, papai, mamãe e filhinha! - O sono da menina tinha ido embora, e ela estava realmente radiante.

- Quem sabe você não ganhe um irmãozinho logo, logo. Você quer Bebeca? - Oh meu Deus! Que rumo essa conversa está tomando?

- Eu quero ter um irmãozinho e uma irmãzinha.

- Nós vamos trabalhar para isso! - Não cara de pau respondeu.

- Melhor a gente ir dormir né princesinha? - tentei mudar de assunto.

- Ele pode ir com a gente mamãe? - A menina insistia.

- Pode sim Bebeca. Comemoração do papai que você ganhou. - A alcoviteira número 1 respondeu por mim, minha mãe.

Bufei e fiz a careta mais feia que consegui.

- Tudo bem, vocês ganharam! Mas só hoje viu? Não vão se acostumar. - Avisei.

- Claro que não! Ela é uma mocinha e vai dormir no quarto dela, e o papai e a mamãe no quarto deles! - Alcoviteira número 2, minha avó conclui. Todos se juntaram contra mim.

- A gente conversa depois, vamos levar essa criança para dormir antes que ela perca o sono.

É desnecessário dizer, que Rebeca estava no colo de Léo, e me segurou pelo pescoço, nos unindo. Me senti tão em paz nesse momento. Subimos as escadas vagarosamente, curtindo essa união. Chegamos no quarto, Léo colocou-a no chão e eu a levei para o banheiro, para fazer sua higiene noturna. Vesti um pijama de moletom cor de rosa nela e outro em mim, sendo que o meu era vermelho. Também escovei os dentes e tirei a maquiagem.

Demoramos um pouco no banheiro, na esperança que ele desista e vá para o quarto dele. Doce ilusão, a tentação entrou com o conjunto de moletom mais sexy que eu vi é uma bandeja com chá, deixou no criado mudo e pegou Rebeca no colo.

- Deus não podia ter me dado uma filha mais linda que você.

- Você é um papai muito lindo tabem. - Ela respondeu, dando-lhe um beijo. Ah gente, meu coração está cheio de amor. Estou ainda mais apaixonada pelos dois, será que eu posso.

Ele colocou Rebeca no centro da cama, deitou-se de um lado e eu do outro, cobrindo-nos com um edredom tamanho família.

- Eu posso te contar uma estorinha para dormir? - Ele perguntou.

- Pode sim papai. - Nunca tinha visto minha filha tão feliz deitada para dormir. "Papai", palavra tão simples, mas com um grande significado, não sei se ele é capaz de cumprir esse papel.

- Era uma vez, uma princesa muito linda, ela tinha longos cabelos rubros, olhos verdes mais brilhantes que arco-íris. Ela tinha uma filhinha que era sua miniatura, elas viviam num país muito distante. Certo dia, a princesa teve que fazer uma viagem para um país distante, e ela conheceu um príncipe que era muito triste, não tinha nada, nadinha de amor dentro do coração dele. - Ele estava contando nossa história, Rebeca estava com os olhos voltados para ele e eu também. Onde ele queria chegar?

"A princesa trouxe luz, alegria e muito amor para vida do príncipe mal-amado, ele ficou incrivelmente apaixonado por ela. Mas o príncipe era um homem bobo, ele fez um monte de coisas ruins para a princesa. - A menina franziu o cenho e apertou minha mão. - Porque ele era um bobo, ele machucou o coraçãozão sua princesa, ela ficou muito triste com ele. A princesa teve que ir embora, pensar um pouco, e tentar perdoar o príncipe bobo dela. Mas o príncipe ama tanto a princesa que preparou uma surpresa para ela, trouxe sua princesinha de presente para ela. E a princesinha era tão apaixonante, linda e feliz, foi tão surpreendente que pediu para o príncipe ser o papai dela. Ele ficou tão feliz... foi a maior alegria da vida dele." - Rebeca sorriu e eu já estava com os olhos cheios de lágrimas.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora