Capítulo 68

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Um tiro... e todas as informações que poderíamos tirar de Roberto foram para o inferno, assim como a sua maldita alma.

Olhamos para a direção em que o tiro veio e encontramos um homem alto, vestido de terno, como um segurança, ainda com a arma apontada em direção a Roberto.

- Não atirem! - Falei para meus homens que a essa hora estavam com os revólveres apontado ao homem misterioso. - Você por favor, baixe a arma!

Ele me olhou e parecia ciente do que veio fazer, ele apontou a arma para sua cabeça e deu um tiro fatal!

- Nããããããooooooo!!! - Gritei desesperado! Minhas chances de saber o porquê de ter matado Roberto foi para o inferno! Mais um para a conta do capeta!

- Porraaaa!!!! Merdaaaaa!!!! Fodeu tudo!!!! - Completamente descontrolado comecei a chutar o corpo inerte de Roberto sem parar, o sangue jorrava pela minha roupa.

- Calma! O senhor está muito nervoso! - Amadeo tentou me segurar por trás, mas a adrenalina estava correndo forte nas minhas veias.

- Porra ocorreram duas mortes! Entra um filho da puta, da casa do caralho! Passa por todos os seguranças incompetentes que eu tenho, mata o Roberto, em seguida se mata sem nem ao menos sabermos o porquê! Tem noção o quanto estamos fodidos?

- Mas perder o controle não nos levará a lugar nenhum! Um chefe, um líder, tem que ter calma, frieza e sabedoria para saber lidar com as adversidades que acontecem ao longo do caminho.

Aos poucos eu fui tentando acalmar meu coração! Mas a raiva latente pulsava como combustível em todo meu corpo.

- Temos outro traidor, eu quero que descubra quem é Amadeo, se não descobrir eu concluirei que é você. Ninguém chega a esse lugar do nada. Ele tinha informações privilegiadas, e tudo foi facilitado.

- Eu encontrarei senhor!

Olhei para o lado e vi Maria pálida, coitada, branca como um papel! A pobrezinha tinha presenciado duas mortes, isso não fazia parte da sua vida pacata e tranquila, sem contar que ela já está com quase sessenta anos.

- Maria! - Antes que eu a pegasse, ela recusou minha ajuda.

- Não Léo, você está ensanguentado e eu não sei estou me sentindo bem.

- Amadeo, mande um dos homens levar Maria até o hospital, investigue quem é esse filho da puta que veio matar Roberto na maior cara de pau e de um sumiço nesses corpos. Vou em casa e de lá irei ver como Maria está. Quero uma reunião no final da tarde.

- Sim senhor! - Ele era sério e concentrado e já estava distribuindo tarefas para os incompetentes que estavam no local.

- Maria, daqui a pouco estarei lá com você. Mantenha a tranquilidade e me perdoe por tudo. E não se esqueça, eu preciso de você.

Ela estava muito pálida é um pouco ofegante, não pode acontecer nada com a minha Mariazinha, ela é meu esteio, é o mais próximo de família que eu tenho. Dei um beijo em sua testa e saí rumo ao meu carro, tirei a blusa suja de sangue, limpei os resquícios de sangue que tinha no meu corpo, joguei a blusa para um dos homens jogar na fogueira  que estava sendo feita para queimar todas as provas.

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Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora