Prisioneira do Tráfico (Livro 1)

Capítulo 79

Ficamos nos encarando por um tempo, até que eu fui a primeira a quebrar o contato visual, era demais para mim ter que ficar perto dela e não poder fazer nada.

- Finalmente seu marido chegou Sarinha, tudo bom mexicano? Desculpa é que eu esqueci seu nome. Sua esposa estava numa tristeza de dar dó, agora sei que ela vai ficar alegre, família completa, agora é só alegria. - Alguém pode me dizer quem chamou Peter para essa DR? Mas ele é claro, teve que se meter e contar a situação deprimente que eu fiquei longe dele.

- Estou de volta sim para reconquistar tudo o que é meu, e claro, principalmente minha família. - Ele me puxou pela cintura, fazendo meu corpo colar ao dele, o cheiro de macho alfa que emanava dele, fazia minha calcinha ficar molhada. Quando esse maldito tesão por esse homem vai passar?

- Está mais do que certo! - Peter falava filosofando, e eu querendo-lhe quebrar a cara, embora eu nunca tivesse coragem para isso, afinal ele tem idade para ser meu pai. - Sua mulher é linda, e eu não estou falando só de beleza exterior, Sara é linda por dentro e por fora, generosa, educada, bondosa, alegre, leal... essas virtudes são importantíssimas para uma mulher, louco do senhor  se deixar uma mulher dessas sair da sua vida!

Finalmente Peter deu uma dentro,  receba essa Leonardo. L.E.A.L.D.A.D.E! Coisa que sempre tive à ele, mas que ele não confiou, preferiu acreditar no traidor do Roberto.

- Eu sei disso Peter, dentre outras qualidades que somente eu posso posso dizer, minha mulher é um belo exemplo de "Mulher Maravilha!" Ela é tudo para mim, centro do meu mundo, posso até ousar dizer que ela é o ar que eu respiro, pois agora que eu a encontrei o ar ficou mais leve, minha vida mais colorida, parece coisa de gay né? Logo eu que fui criado num meio tão machão. - Ele olhou diretamente para mim e completou. - Tenho minha vida em torno de uma mulher, por ela eu faço tudo Peter, tudo o que ela me pedir, só quero que ela me permita ficar perto dela, amando, cuidando não só dela mas da nossa família.

Ele não estava dizendo isso para Peter, lógico que era para mim, o que ele quer dizer com isso?

- Um amor danado de grande esse de vocês dois, mas vão ficar juntinhos, um amor desse não suporta um ficar longe do outro muito tempo.

- É, parece que escureceu rápido. - Mudei de assunto. - Vamos Léo?

- Claro meu amor.

- Podem ir que eu ajeito o cavalo. - Peter se despediu.

Nossa que saia justa! Peter me paga tamanha vergonha que ele me fez passar, Léo bancando o bom "marido" segurou minha cintura e caminhou comigo em direção à mansão, não sei por que eu não consegui me desvencilhar das suas mãos que queimavam meu corpo, era muito tesão acumulado, eu apenas deixei que ele me conduzisse, como uma boa menina, coisa que eu nunca fui, porque por mais que eu negasse, eu estava sim morta de saudade.

Num minuto de lucidez, eu me soltei do seu abraço, me senti oca sem aqueles braços musculosos me envolvendo.

- Já chega de teatro Leonardo.

- Não é teatro Sara. Eu amo você, amor tanto que a porra do meu coração só teve paz quando eu te vi. - Ele me puxou de volta e a minha boca ficou tão perto da dele.

- Ama tanto que me leiloou, que espécie de amor é esse? Que na primeira oportunidade põe em dúvida tudo oque construímos! Seria um verdadeiro castelo de areia? Que na primeira onda o mar levou? Eu não quero um castelo de areia! Eu já sofri muito nessa vida, eu preciso, eu necessito ser feliz, e tenho certeza que a minha felicidade não é com você, mas apenas com meus filhos!

- Eu não quero brigar Sara, eu nunca mais na minha vida quero brigar com você. Eu mereço tudo o que você vai falar, despejar em cima de mim, eu mereço e aceito de bom grado se você estiver comigo ao seu lado.