Capítulo 83

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Voltar a viver juntos? Na mesma casa como um casal?

Não sei, talvez eu ainda não estava preparada para esse tipo de coisa, pelo menos ainda. Meu olhar incrédulo, o fez suavizar a expressão.

- Eu não quero pressionar você. Eu posso esperar o tempo que for para te ter ao meu lado.

- Mamãe, eu to uma princesa? - Rebeca chegou correndo pela varanda, toda vestida de princesa da Disney.

- Meu Deus! Que princesinha mais linda da mamãe! - Me soltei dos braços de Léo, e abracei minha princesinha.

- Você está chorando? - Essa carinha me desmonta de tanta fofura.

- Não, é que a mamãe está muito boba esses dias.

- Por que você tá boba? - Ah meu Deus! Ela vai perguntar até cansar.

- Porque eu estou feliz, muito feliz de ter todos vocês aqui.

- A gente chora de felicidade mamãe? - Ela parecia tão surpresa.

- Claro que sim, às vezes estamos tão felizes que o coração não aguenta de tanta felicidade que transborda pelos olhos. - Ela me olhou com a carinha de surpresa.

- Eu só choro quando eu me machuco ou quando to tiste.

Eu a puxei para um abraço bem forte e apertado, aquele abraço de urso.

- Ai mamãe! Doeu!

- É que eu não aguento tanta fofura.

- Mamãe, o papai comprou um monte de coisa pra mim e pro bebê, muita, muita coisa!

- Ele já está minando você demais.

- Tem como não mimar uma coisa linda dessas? Vem cá com o papai. - Rapidinho eu fui largada para escanteio e trocada pelo novo pai.

- Que beleza! Perdi a filha! - Fingi tristeza.

- Abraço coletivo na mamãe. - Eles me abraçaram tão forte, e eu me senti tão protegida, eles são tudo na minha vida.

- Vamos mostrar pra mamãe? - A menina pulou de uma vez da rede, batendo as mãozinhas feliz da vida.

- Vamos! - Falamos juntos.

Tente me levantar sozinha, mas fiquei tonta, dormi a tarde toda, a glicose baixou. Meu super herói estava pronto para me socorrer, no entanto, eu não estava pronta para receber um abraço forte desses, nossos corpos reagiram imediatamente, ele ficou duro, e eu molhadinha sentindo esse tesão de homem me apertando.

- Vamos mamãe? - Rebeca puxava meu vestido, quebrando o clima elétrico entre a gente.

- Vamos princesa. - Falei com a voz fraca, minha filha saiu como um foguete para dentro da casa.

Me soltei do seu abraço e dei o primeiro passo em direção à porta, quando fui puxada para um beijo repentino, mais tão quente como brasa, ele puxou meus cabelos, pressionando meu lábios contra os dele, a outra mão estava presa na minha cintura, onde pude sentir sua ereção pulsando em cima da minha barriga. Mais de um mês separados e fogo da paixão que existia entre a gente não se apagava e nem diminuía, pelo contrário, eu sentia cada vez mais desejo por ele, estava pronta para recebê-lo, por mais que eu quisesse resistir, meu corpo traidor fazia o contrário.

Ele foi diminuindo o ritmo do beijo, se tornando carinhoso, a mão suavizou, saindo dos meus cabelos e indo para minha bochecha, num carinho gostoso.

- Eu te amo Sara... nunca duvide disso...

Aos poucos nossa respiração foi voltando ao normal, me tornei a mocinha boba que eu tanto temia. Ele segurou minha mão e saímos de mãos dadas para o interior da casa, minha mãe e minha avó que estavam na sala ficaram com sorriso no rosto ao nos verem entrar.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora