Final (Livro 1)

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Dia do casamento

O grande dia tinha chegado, pouco mais de um mês havia se passado desde nosso encontro ocasional com Oliver no estacionamento do hospital,dizer que tudo ficou a mil maravilhas era um pouco de exagero, pois o bichinho do ciúme picou meu futuro marido e pelo visto o ferrão ainda estava dentro do seu corpo. Não era nada sufocante, era até engraçado vê-lo enciumado, o grande, poderoso e fodástico Leonardo Martínez morrendo de ciúmes de mim.

Resolvemos fazer a cerimônia e a festa, óbvio em Acapulco, pois além de ter um espaço gigantesco, o lugar ainda dispunha de uma capela que ficava ao alto dé uma pequena colina, com uma vista privilegiada para a praia. O pai de Léo com certeza estava inspirado no quando mandou fazer essa casa, aqui tudo é deslumbrante, gigantesco e de extremo bom gosto.

Apesar do ar superlativo que a mansão tem, coisa que eu não gosto muito, me sinto incrivelmente em paz nesse lugar. A casa é muito clara, com vista panorâmica para o mar, a piscina de borda infinita, o espaço arejado e bem decorado de cada cômodo, tudo aqui se parece com a grandiosidade do meu Léo, que adora luxo e sofisticação.

Mas não é só isso, as fotos dos pais dele e de toda a família tornam o ambiente mais familiar, até um louco nostálgico. Certo dia, mostramos as fotos de Diogo para Rebeca, tentamos explicar nossa relação sem deixar a cabeça da minha filha muito confusa. Talvez por ser criança demais, ou por ter tido pouquíssimo contato com o pai, o fato é que ela amou Léo ser irmão do seu pai. Menos dor de cabeça por enquanto, sei que um dia ela vai querer saber porque do nosso casamento não ter dado certo, o que o pai fazia, profissão, motivo da morte... enfim, sei que serei nocauteada de tantas perguntas, mas me mantenho no propósito que fiz com Léo, viver um dia de cada vez, resolver os assuntos conforme eles apareçam, nada de sofrer por antecipação.

Olho em volta do meu quarto, e relembro que há poucos minutos isso estava tomado por diversos profissionais da área de beleza. Confesso que estou um pouco cansada, a gravidez me deixou sonolenta, e tudo me canso, até no sexo meu rendimento tem caído um pouco.

Bom, ele tinha caído um pouco, mas eu tenho certeza que essa noite ele estará com cem por cento, pois minha querida avó teve a excelente ideia de contar para minha mãe, que os noivos devem dormir em quartos separados e se abster de sexo por uma semana. Acredita que a minha avó foi capaz disso? Dona Maria da Graça, como sempre foi obediente em relação a tudo que a sua querida sogra Margarethe fala. O pior de tudo é que a minha avó não pode vir, tadinha pegou uma gripe muito forte que a deixou de cama e bastante debilitada, só por causa da sua idade avantajada eu a perdôo.

Uma batida discreta na porta me tira do transe, de tantos profissionais, ficaram apenas o cabeleireiro, o maquiador e o estilista. Estamos decidindo o penteado quando Henry, o estilista, vai atender. Ouço-o resmungar.

- Não pode, dá azar ver a noiva antes do casamento, minha noiva! - Ele é incisivo com sua resposta, mas conhecendo o Léo como eu conheço...

- Sua noiva uma ova, a minha noiva. Eu não quero vê-la vestida de casamento, quero apenas beija-la... que se dane ela já é a minha mulher há muito tempo! - Ele empurra o pobre do estilista, por sorte estou apenas de roupão e o vestido está no closet. Com a maquiagem pronta, faço uma cara bem sensual, ele para abruptamente ao me ver.

 Com a maquiagem pronta, faço uma cara bem sensual, ele para abruptamente ao me ver

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