Capítulo 6

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Fiquei parada no topo da escada, minhas pernas travaram olhando o homem que me esperava no final da escada.

Era um homem muito bonito e sexy, bem mais que eu imaginei, pelo menos não seria de todo ruim. Mas ele não precisava ser tão espetacular daquele jeito! Recuperei a respiração e desci as escadas vagarosamente, tentava não olhar nos olhos deles, mas sentia minhas bochechas queimarem com seu olhar.

Ele era bem jovem, parecia ter na faixa de trinta anos ou um pouco mais, era bem cuidado, moreno bronzeado, cabelos e olhos escuros, bem alto, o cara era um "armário" de forte!

Agora entendi as piadas do filha da puta do Roberto, mas se ele estava pensando que eu ia me entregar, ele estava completamente enganado, mas eu não ia me entregar mesmo.

Meu ex-marido também era um homem muito bonito, até mais bonito que esse traficante quando eu o conheci. Mas o que eu pude aprender com o tempo, é que beleza e caráter são coisas bem diferentes.

Ao lembrar de Diogo senti todo meu corpo enrijecer. O estranho parece que percebeu minha mudança e sorriu levemente, ele era ainda mais lindo quando sorria.

Cheguei no final da escada e ele veio ao meu encontro e me pegou pela mão, o toque dele com o meu corpo fez a minha pele toda se arrepiar. "Que merda é essa? Só pode ser falta mesmo!"

Controlei-me, ele deu um beijo suave na minha mão, o filha da mãe era galanteador.

- Buenas noches hermosa mujer! - Ele fazia questão de me cumprimentar em espanhol, sua voz era rouca e sexy.

- Boa noite! - Respondi em português mesmo, não ia entrar nesse joguinho. Não posso esquecer que ele é um bandido e me separou da minha filha.

- Aceita uma bebida? - Falou em português, com sotaque extremamente sexy.

- Sim, preciso! - Ele sorriu e me levou em direção ao bar próximo ao sofá.

Sentei-me num banco alto, e tentei equilibrar para não mostrar mais que eu deveria.

- O que gostaria de beber?

- Um uísque! - Ele arqueou a sobrancelha. - Duplo. - Completei, eu tinha que beber algo forte para poder me dar coragem para fazer o que seria preciso.

- Gosta de bebidas fortes? - Ele perguntou enquanto nos servia

- Só quando é para tomar coragem!

Ele sorriu! Desgraçado não sorria! As coisas ficam mais difíceis.

- Eu pareço um monstro? - Ele me perguntou entregando-me a bebida.

- Nem tudo que parece é! - Peguei o copo e tomei uma dose, a bebida desceu rasgando, desde que me separei não tinha mais bebido. Fiz uma careca nada bonita.

- Já me disseram que você é malcriada!

Ele sentou no banco a minha frente, e deu um gole na sua bebida. Tentei não olhar para aquele traficante tão gostoso.

- Fale-me um pouco sobre você! - Ele quis começar uma conversa amigável.

- Deve saber bem mais de mim que eu mesma! Deve está tudo nos relatórios que os seus capangas fizeram sobre mim.

Ele riu, e percebeu que eu não ia baixar a guarda tão cedo.

- Então vamos tentar fazer diferente. - Não estava entendendo o que ele queria fazer. - Muito prazer, eu me chamo Fernando Leonardo!

Caraca que nome grande! Dei um leve sorriso.

- É, minha mãe gostava de uns artistas, e acabou colocando o nome de um deles e o meu pai o outro.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora