Capítulo 73

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Tento ficar sempre no meio da multidão, caminhando tranquilamente, embora meu coração esteja a mil por hora. Finalmente consigo sair do aeroporto e entro no primeiro táxi que encontro, por sorte ele fala inglês. Peço para ele me levar para a estação de trem. Estou completamente paralisada, o medo de ser pega, aqueles homens causaram arrepios na minha pele, não sei porque, mas acho que eles não são homens de Oliver. Sei lá, tanta coisa estranha acontecendo na minha vida, vai que é algum tarado que me viu naquele leilão e agora quer me raptar!

Sei lá, às vezes acho que estou surtando de verdade. Me bate um desespero, um medo violento, uma vontade quase incontrolável de está ao lado de Léo, me sinto tão protegida e segura ao lado dele, mesmo depois de tudo!

O trânsito estava dos melhores, demoramos pouco mais de meia hora para chegar à estação. A bolsa estava cheia de dólares, Olívia era meio louca, para que tanto dinheiro? Paguei e desci, sempre olhando para os lados, tinha que está de olho em tudo, não posso ser pega!

Vou ao guinche comprar minha passagem, para onde eu vou? Senhor, eu estou mais perdida que cego em tiroteio.

- Senhora, para onde deseja comprar uma passagem?

- Eu?

- Sim, a senhora está há quase cinco minutos aqui parada e não diz pra onde quer ir. A senhora está sentindo alguma coisa?

- Não! Claro que não! Eu estava apenas distraída. Claro que sei para onde vou.

- E para onde é senhora?

- Londres!

Isso mesmo, lá eu vivi os melhores dias da minha vida, não sei o certo o que fazer, mas até chegar a Londres, as mais de seis horas de viagem que me aguardava, provavelmente eu teria uma ideia melhor.

Leonardo Martínez

Estávamos parado nos Estados Unidos reabastecendo a aeronave, eu não tinha dormido nada! Absolutamente nada, me deitei, mas a imagem dela não saia da minha cabeça.

Já ouvi dizer que no Brasil tem muitas feiticeiras, será que é isso que ela fez comigo? Porra eu estou enfeitiçado! Ou apenas ela me deu um chá de boceta e eu fiquei de quatro?

Eu acho a segunda hipótese a mais provável, eu precisava sentir, preciso estar dentro dela, sentir toda aquela explosão de sentimentos que ela me faz sentir. Mas não é só sexo, eu amo depois do sexo ficar abraçadinho com ela, dormir de conchinha, beijando seu pescoço, aquele cheiro gostoso que só ela tem. Sinto saudade do seu sorriso lindo, ai merda! Quando ela sorrir tudo se ilumina, porque ela não sorri só com os lábios, é um sorriso que chega ao olhos esverdeados, que me deixa tonto, bobo, apaixonado por ela. Eu babo por ela, sou louco pela minha ruiva.

Sinto saudade das suas danças sensuais, que no final delas estávamos atracados como dois animais sedentos um pelo outro. Isso dói! Eu sei, já disse e direi várias vezes se possível, que eu a amo, amo tanto que sou capaz de tudo para estar ao lado dela.

Saio da suíte e caminho para as poltronas, a aeromoça gostosona vem ao meu encontro tentando me seduzir, mas eu devo confessar que quando Sara foi embora, levou junto o meu pau, pois eu não consigo ter nenhuma ereção desde a burrada que eu fiz.

Eu poderia até tentar, ver se o meu pau ainda existe, mas eu tenho quase certeza que passarei vergonha, eu só quero minha ruivinha.

- Deseja alguma coisa senhor? - Ela falou toda sensual.

- Sim.

Prisioneira do Tráfico (Livro 1) Onde histórias criam vida. Descubra agora