Capítulo 45

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Acordo, estava frio apesar do edredom grosso, procurei Léo na cama mas seu lado estava vazio, sinto meu corpo todo dolorido, um leve sorriso se faz no meu rosto lembrando das nossas loucuras da noite passada.

Com muita dificuldade levanto-me indo até o banheiro. Percebo que minhas partes íntimas estão molecadas por pomada, deve ser por isso que não estão tão dolorosas. Que horas ele passou isso? Só lembro quando ele soltou as algemas depois de termos gozado muito, depois disso tudo ficou escuro.

Lavei minhas partes íntimas, escovei meus dentes e arrumei meus cabelos com os dedos. Minha cabeça ainda doía, sai do banheiro e olhei o relógio, só então percebi que era de madrugada, mas logo o dia amanheceria.

Vesti um roupão, me enrolei com o edredom e saí a sua procura. Encontrei-o no convés, segurando o mastro, pensativo.

Abracei-o por traz e ele segurou minhas mãos, acariciando meus braços.

- Fugiu de mim? Eu senti frio. - Reclamei, beijando sua costa.

- Jamais fugiria de você meu amor. - Ele levou minha mão aos lábios e deu um beijo. - Estava sem sono e resolvi dar uma volta.

Ele fez uma pausa e vi que ele procurava palavras para dizer o que vinha a seguir.

- Quando éramos pequenos, nosso pai nos trazia frequentemente para velejar. Ele amava pescar e uma das coisas que ele mais admirava era o nascer do sol nessa parte que estamos. Ele dizia que era o mais lindo de todo o México.

Agora entendo o porquê dos homens dessa família amar o amar, a paixão nasceu com o pai.

Ele me levou para parte de fora da proa e ficamos admirando a lua se despedir e o sol apontar no horizonte, imponente e magnânimo. Dava para ver os dois próximos mas ao mesmo tempo tão distantes.

- Minha mãe costumava dizer que o sol e a lua eram os maiores amantes do universo, mas nunca podiam ficar juntos. Ela sempre nos acompanhava para ver esse espetáculo, e raras vezes caía uma chuva fina... - Tínhamos investido de posição e ele me abraçava por trás. - Ela dizia que eram os amantes chorando por não poderem ficar juntos, o amor impossível...

Não explicar porquê, mas suas palavras fizeram meu coração ficar apertado, e duas lágrimas caíram dos meus olhos atingindo seus braços. Ele beijou minha cabeça.

- O que foi meu amor?

- Não sei... - minha voz falhou. - Um pressentimento ruim...

- Não tenha medo, eu nunca vou deixar ninguém nos separar, você é minha vida Sara.

Ele me apertou com força, senti todo seu amor naquele abraço, somente eu e ele, tendo de testemunhas apenas o sol, a lua e o mar.

- Quero fazer amor com você agora...

Léo me virou de frente e me beijou, suas mãos seguravam minha nuca, era um beijo cheio de promessa, de amor e de carinho. Minhas lágrimas misturavam com nossos beijos, então percebi que não eram só minhas, mas dele também.

Apertei meu corpo ao dele, aprofundando nosso beijo. Nessa hora me dei conta que o meu lugar é ao lado dele, sempre foi. Ele é o meu amor, o amor da minha vida. Tive que passar por coisas ruins ao lado do Diogo, para só então o destino me trazer para os braços do meu amor.

Isso explica tanta coisa, desde que eu o vi a primeira vez, meu coração acelerou, minhas pernas tremeram... era meu corpo e o meu coração reconhecendo seu dono, apenas minha mente teimosa dizendo que tudo isso era errado, mas errado é está longe dele, sinto que não suporto ficar nem mais um minuto longe dele.

Quando estávamos perdendo o fôlego, paramos de nos beijar, ele limpou meu rosto, eu limpei o dele e ficamos nos encarando sem dizer nenhuma palavra, pois nossos olhares diziam tudo... falavam mais que mil palavras...

Ele jogou o edredom no chão, servindo de cama e soltou meu roupão deixando-me completamente nua...

Os primeiros raios de sol atingiram minha pele, o vento frio fez meus seios se eriçarem, estava emocionada naquele momento e duas lágrimas novamente caíram no meu rosto. Léo me contemplava como uma obra de arte.

- Linda... perfeita... toda minha. Eu te amo tanto Sara...

- Eu também te amo amor da minha vida...

Nos beijamos mais uma vez, era tudo tão diferente de tudo que fizemos, não era só desejo, prazer.... era amor.

Deitamos no edredom, ele por cima de mim, sem soltar meus lábios, vagarosamente ele foi descendo, distribuindo beijos no meu pescoço, chegou nos seios sugando-os com paixão, enquanto sua mão procurava minha intimidade lisa e molhada, acariciava meu centro fazendo-me gemer baixinho com seus toques.

- Sempre pronta...

- Para você meu amor...

Ele puxou sua calça e ficamos os dois nus, beijando, acariciando...

- Não feche os olhos Sara...

Ele colocou seu membro na minha intimidade e entrou devagar, suave, estava dolorida, mas aos poucos a dor foi passando dando espaço somente ao prazer indescritível de fazer amor com ele.

A cada estocada ele me beijava sem tirar os olhos dos meus, e confirmei o que vi há tempos atrás... meus olhar sob seus olhos e percebi quanto o amava, vi minha alma presa naquele olhos negros e profundos, eu sou dele, só dele... e ele é meu... todo meu...

Nossos corpos numa sincronia perfeita, nos amando, minhas pernas entrelaçadas na sua cintura enquanto ele estocava agora sem pena, agora era forte, muito forte, rápido e gostoso. Senti meu corpo se contorcer e a minha boceta aperta-lós com força. O orgasmo chegando forte e avassalador.

- Goza olhando para mim meu amor...

Gozei gemendo, sussurrando seu nome, olhando dentro dos seus olhos, amando e desejando-o mais que tudo, ele gozou em seguida, fazendo juras de amor eterno. Estava presa naquele olhar sincero e amoroso.

Ficamos abraçados e calados por um tempo, recuperando nossas respirações ofegantes. Tempo depois viramos de lado, mas de frente um para o outro.

- Agora não tem mais volta.

- O que? - Não entendi que ele estava falando.

- Você é minha e eu sou seu por toda a eternidade...

"Sempre fui", pensei comigo.

- Por quê?

- Minha mãe dizia que fazer amor no encontro do sol e da lua era o casamento de almas, mas só era válido quando quem não sabia dessa história pedisse ao seu companheiro. No caso você não sabia e me pediu...

- Que loucura! Léo inventa cada coisa.

- Minha mãe era meio índia, ela contava várias lendas, tradições e culturas.

Ele ajeitou meu cabelo que o vento insistia em bagunçar, meu corpo começava a tremer de frio, ele me aconchegou em seu peito, jogando o edredom por cima da gente.

- Ela disse que foi o único casamento válido para ela e o meu pai, foi quando ele pediu para fazer amor com ela nessa situação, igual estamos agora. Eu fiquei desconfortável quando ela me contou. Mas ela disse que ia chegar minha vez, mas eu nunca acreditei agora eu percebo que sempre esperei esse momento.

- Então estamos casados? - Perguntei.

- Para sempre...

- Sempre tivemos meu amor, sempre estivemos...

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Capítulo curto, depois de uma foda bem dada vem um amorzinho gostoso...

O que vocês acharam minhas princesas?

Eu estou apaixonada por eles 😍😍😍

Não esqueçam de dar seus votos e comentários. Como vocês foram muito participativas no capítulo passado, me inspiraram e eu escrevi esse!

Vocês sabem que vcs me inspiram 🥰🥰🥰🥰

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