Prisioneira do Tráfico (Livro 1)

Capítulo 82

Depois de uma noite intensa de sexo selvagem, embora ele tenha prometido fazer amor, o que tivemos a madrugada inteira foi foda intensa do começo ao fim, intenso e marcante.

Virei-me de lado e senti todo meu corpo reclamar, abri os olhos lentamente e vi sob o criado mudo uma bandeja lindamente enfeitada com rosas vermelhas e brancas, pães, geleias, chocolates, pasteizinhos, sucos... era tanta coisa que dava para duas pessoas cometem tranquilamente.

Sentei-me na cama, cobrindo meu corpo nu com o lençol e peguei a bandeja colocando no meu colo. Tinha um cartão em cima do buquê, abri para lê-lo.

"Primeiramente quero te pedir perdão por tudo que eu fiz, segundo... quero agradecer pela noite maravilhosa que passamos juntos, me sinto mais vivo que nunca, incrivelmente mais forte, com você ao meu lado sinto-me invencível. Você estava tão linda que não tive coragem de te acordar, saí com a Rebeca e a sua mãe para dar uma volta no sítio. Eu te amo, nunca se esqueça disso.
Do todo e sempre seu:
Léo Martínez"

Terminei de ler o bilhete com um sorriso bobo nos lábios, coloquei o pedaço de papel no peito e fechei os olhos... que noite foi aquela? Cada parte do meu corpo eu podia sentir seu toque quente e sedutor. Respirei fundo, juro que queria ser mais firme, mas eu sabia que sempre que ele me tocasse eu ia ceder, e o que me faz ceder, além do desejo desenfreado que eu sinto por ele, é o seu olhar de arrependimento que faz me entregar, eu sinto que ele realmente está arrependido.

Abri os olhos e tomo meu desjejum, nunca tive com tanta fome nos últimos dias, comi a metade das coisas que ele preparou. Levantei da cama, coloquei a bandeja sobre a mesa e fui preparar um banho, coloquei sais de banhos na banheira, e enquanto a água caía, eu olhava meu corpo no espelho gigante, marcas por todo meu corpo, mordidas, chupões... eu sabia que ficariam varias marcas, mas o calor do momento me impediam de dizer-lhe não, na verdade eu estava adorando tudo.

Entrei na banheira e liguei a hidromassagem, era tudo que eu estava precisando no momento. Não sei por quanto tempo fiquei na banheira, apenas sem fazer e sem pensar em nada. Termino o banho e me sinto renovada, vou para o closet, visto uma calça legging, uma blusa de manga comprida fina de meia. Penteio meus cabelos e desço, encontro minha avó sentada fazendo seu crochê, tão vovozinha mesmo, meu coração se enche de amor.

- Cadê o povo dessa casa vovó? - Pergunto dando um beijo na sua cabeça grisalha.

- Saíram para dar uma volta no sítio, não demoraram muito, voltaram e resolveram sair.

- Para onde? A senhora sabe?

- Não sei, mas estavam bem felizes. - Ela levantou a cabeça e deu um sorriso lindo. - A noite foi boa, sua pele está reluzente e o gostoso do seu namorado saiu ainda mais lindo, e que brilho no olhar é aquele? Filha, espero que vocês tenham feito as pazes de verdade. - Vovó sempre com seu jeito constrangedor de ser.

- Não sei vovó, nós realmente tivemos uma noite maravilhosa, mas os problemas ainda estão aqui, no meio da gente... é difícil, eu não sei o que fazer...

Ela segurou as minhas mãos e me olhou, passando tanta segurança e confiança que eu pude me sentir mais forte.

- Dê tempo ao tempo, mas não deixe ele ir... caminhe à passos curtos, conforme suas pernas conseguem ir, e tudo se resolverá. Mas se o conselho de uma velha tiver algum valor para você minha querida, não se desfaça da sua família, o tempo se encarregará de colocar as coisas em seu devido lugar.

- A senhora sempre tem razão vovó, sempre...

Almoçamos apenas nós duas, ela fazia questão de me orientar a não deixar meu homem, no fundo eu sabia que isso era o certo a se fazer. Peguei uma rede linda que minha mãe tinha dado de presente à minha avó há alguns anos atrás e armei na varanda da casa. A brisa gostosa, suave, o clima perfeito para tirar uma soneca, que somente as grávidas sabem tirar.