Prisioneira do Tráfico (Livro 1)

Capítulo 42

Leonardo partiu pra cima do Gabriel, desferindo-lhe um soco, antes dele dá mais um soco eu me meti no meio desesperada, nunca tinha visto Léo tão bravo assim.

- Para! Para Léo! Nós conversamos agora a pouco!

- Saia da minha frente, como ele ousa vir atrás da minha mulher, na nossa casa! Eu vou matar você seu moleque insolente.

Ele bufava raivoso, mas eu continuei na sua frente, impedindo que ele batesse mais, abracei Léo com força, ele tentava se desvencilhar, mas tinha medo de me machucar com a sua força. Gabriel limpou os lábios, que estavam sangrando e nos olhou calmo, nem parecia que tinha apanhado.

- Eu só quis saber se você estava bem Sara, agora que eu vi que está, vou embora sossegado. Tive medo dele fazer com você o que o monstro do irmão dele fez.

Léo travou, ele percebeu o que Gabriel quis dizer, e parou na mesma hora.

- Eu não sou um monstro, eu jamais machucaria a minha mulher! Mas você sim, não só machucarei como terei prazer em torcer esse seu pescoço se ousar encostar nela.

- Cara para de cena, eu e a Sara somos amigos, quase irmãos. Patético esse seu ciúme. - Gabriel não tinha noção o quanto é bonito e chama a atenção da mulherada por onde passa, talvez porque não seja seu alvo.

- Gabriel, por favor não vá! Espere-me aqui. - Ordenei

- O que você... - Léo começou a contestar.

- Léo, vamos ao escritório. Precisamos conversar.

Ele me olhou furioso, e saiu em direção ao escritório pisando firme, eu o segui. Ele entrou e abriu caminho para que eu entrasse.

- Se você tiver pensando...

- Escuta aqui Leonardo, se você acha que vai fazer comigo a mesma coisa que o seu irmão fez está redondamente enganado!

- Você sabe que não sou ele, que somos diferentes.

- Mostre-me!

- Como? Dando você pra ele?

- Eu não sou uma vagabunda! Se eu quisesse ir embora com o Gabriel eu iria, já que você me prometeu que acataria minha decisão.

Ele se se aproximou ainda mais, ficamos apenas um palmo de distância um do outro.

- Nunca a deixaria partir daqui com outro homem, nunca! Está me ouvindo? - Ele parecia está descontrolado.

- Então agora estou vendo sua verdadeira face? Controlador, obsessivo... o que mais? Violento? - Questionei nem tirar os olhos dele.

- Claro que não, estamos juntos a meses pra você saber quem eu sou.

- Não, sendo irmão de quem é, e sendo mafioso, você pode muito bem está me enganado. Diogo foi um "príncipe" no primeiro ano que nos conhecemos. - bom, se o meu objetivo era irritá-lo, eu consegui.

Ele virou-se, deu uma volta no escritório, na sua poltrona, bateu as pontas dos dedos sobre a mesa e me olhou com um olhar indecifrável.

- É seu desejo ir com ele? - Seu olhar era tão intenso e frio que causou-me um pouco de medo. - Está liberada Sara! Eu não vou mais prendê-la. Eu já mostrei e provei que te amo, eu não posso amar sozinho.

O que ele está falando? Está entendendo tudo errado! Amar sozinho? Que merda é essa? Eu amo esse infeliz mais que deveria. Fui até ele e girei a sua cadeira e sentei-me em seu colo, segurei seu rosto com as duas mãos, ele parecia realmente magoado comigo.

- Léo, eu não estou pedindo para ir embora, - Ele desviava o olhar e eu forcei que ele me encarrasse. - Eu só quero conversar com meu amigo, apenas isso! Mostre-me que você confia em mim... e esse negócio de amar sozinho você sabe que nunca existiu, meu coração, meu corpo, minha alma... tudo meu amor, tudo é seu!