Angel In My Life

1.16 |Emerie

Emerie

Meu fôlego estava entre cortado através dos meus lábios que gemiam. Gemidos que eram abafados por sua doce e quente boca. As veias de seus braços saltavam a medida em que segurava minha bunda que rebolava em cima do seu corpo suado com os músculos rígidos sob mim. Meu nome era uma linda canção melancólica na sua voz rouca, minhas mãos doíam segurando seus ombros fortes, dignos de um verdadeiro anjo. Porque era o que ele era.

Gael era frenético e compulsivo enfiando seu membro desesperado dentro de mim. Em um movimento forte e ágil trocamos de posição, deixando todo a honra para ele enquanto passeava sua boca pelo meu rosto até o ponto em que o ombro encontra o pescoço. Minha voz saiu em repleta rouquidão chamando, clamando por seu nome enquanto sugava a pele salgada do meu pescoço. Eu ansiava por mais, por mais dele. Meu desejo era que ele fosse mais fundo mais forte. Sua boca desceu mais um pouco entre o vale do seios até sugar a aréola de um deles.

Eu não tinha palavras para descrever minha surpresa e excitação ao notar o quanto Gael podia ser ainda mais gostoso na cama. Meu cérebro parecia esquecer todas em quaisquer letras que pudessem dizer o que estava sentindo, na verdade ele estava totalmente focado no sexo, em Gael e no que aquele anjinho podia fazer para a minha eterna satisfação e libido.

Senti o momento em que gozei colada a ele, os gemidos altos que saiam tanto da minha boca quanto da dele. Um pouco depois senti seu corpo ficar tenso deixando os espasmos tomarem conta quando por fim ele se derramou dentro do meu corpo, toda a sua força se esvaindo conforme ele cedia ainda em cima de mim. Ele parou de estocar freneteticamente pousando todo o esplendor do seu corpo em cima do meu. Fiquei frustada pelo fim que eu desejava nunca mais acabar, mas ao mesmo tempo sentia toda a extensão do prazer passando por cada parte de mim.

- Na próxima vez Gael, vou lhe ensinar outras posições. - Falei, após minutos de silêncio extasiados demais para dizer qualquer palavra.

- Estou ansioso Emerie, acho que estou começando a gostar das marcas que eu deixo em você. - Os lábios que a pouco me chupavam, que experimentavam meu gosto agora se abriam num lindo sorriso fazendo meu sangue ferver em desejo sexual.

Acordei. Num impulso abri meus olhos assustada. Meu corpo transpirava, não pelo calor da noite mas pelo calor do sonho erótico que acabara de ter com Gael. Senti minha calcinha úmida, com certeza eu não havia suado naquela parte. Numa intenso clarão meu anjo apareceu com os olhos arregalados.

- O que foi? - Indagou ele, apresentando o mesmo susto em que acordei, embora não fosse pelo mesmo motivo. - Ouvi você gritar, você está bem?

Meus olhos traidores focaram em seus lábios, recordando a beleza em te-los na minha pele, sugando o meu sabor. Ele se aproximou e logo lembrei do seu corpo em cima e embaixo do meu desesperado e excitado.

- E-eu, eu preciso ir ao banheiro. - O anjo assentiu me analisando confuso. - Sozinha.

Não esperei por sua resposta. Saí literalmente correndo até o banheiro. Meu corpo emanava desejo, ficar perto do Gael era um terrível erro. Não tinha certeza se eu era capaz de cometer esse erro, mesmo que ansiasse por ele.

Tentei acalmar o fogo que me consumia, o calor que me queimava. Minha respiração estava irregular semelhantemente as batidas frenéticas do meu coração no peito.

Minhas mãos abanavam o meu rosto, cada molécula do meu organismo estava desigual por conta do sonho. Eu não acredito. Ultrapassei o patamar, haviam linhas, limites os quais o anjo todo dia deixava claro que não podiam ser ultrapassadas. Talvez o desejo que eu guardava tenha sido representado através deste sonho. A ambição em ter ele para mim, de experimenta-lo e saber do que era capaz foi conformado pelo sonho, um sonho que não chegava nem perto da realidade em fazer sexo com um anjo. Meu anjo. Se quer imaginei isso. Mentira, já pensei em como Gael poderia ser ou fazer, mas não desta forma, de maneira tão detalhada.

O personagem principal da minha libido bateu na porta. Ainda estava excitada, não podia vê-lo assim, não enquanto ainda desejava que tudo o que passei fosse real. Não quando desejava gozar nele, na sua boca. E não quando o que mais ansiava era sentir seu membro entrando forte e frenético em mim.

- Emerie? Você está bem mesmo? - Sua voz não se parecia nada com os gemidos. Fechei os olhos me forçando a parar. A parar de pensar em transar com ele. Devia ser ilegal, com certeza era pecado, não que eu fosse o símbolo de santidade.

- S-só um minuto. - Joguei água no rosto dando leves batidinhas para acordar o meu corpo o forçando a entender que não estava mais sonhando que ele deveria parar de pensar no anjo e em tudo o que ele poderia fazer com seu corpo, com suas mãos e sua língua afiada.

Após minutos perdida na minha excitação consegui me acalmar, agora poderia ver o anjo e de maneira discreta talvez lembrar de nós dois no sonho.

- O que aconteceu? - Ele estava preocupado. Óbvio que estava preocupado e eu impura pensando em posições sexuais que poderíamos fazer.

- Foi só um pesadelo. - Engoli em seco.

Gael me observava em cada movimento, tentou se aproximar mas me afastei a tempo de senti-lo perto o suficiente para o desejá-lo. Sua expressão mudou um pouco, de preocupação se tornou curiosidade.

- Vou voltar a dormir. - Deitei na cama, me escondendo na enorme colcha macia. Me escondendo dele. Parecia que eu tinha praticado um crime, quem sabe de maneira inconsciente até tenha feito contra as normas celestiais ou seja lá o que.

- Vou ficar aqui por via das dúvidas. - Em sua forma humana ele deitou desconfortavelmente numa poltrona. Longe o suficiente para respeitar meu espaço mas ainda assim perto.

Senti seu olhar até pegar no sono novamente. Eu estava mais perdida do que achara, perdida no desejo e na faísca que ele me causava estando perto. Gael tinha se tornado outra coisa, uma coisa que não estava pronta para descobrir o que era e nem preparada para encarar seja lá o que significasse.

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