Fraldas tinham acabado de entrar para a lista de coisas que eu não sabia escolher ou diferenciar, absorvente era o primeiro dessa lista. Emerie estava olhando mamadeiras e chupetas enquanto eu tentava decidir qual fralda levar, mas tais como meu inimigo absorvente eu não fazia a menor ideia de qual escolher. Além dos diversos tamanhos ainda tinham fralda-calça, fralda noturna, fralda aprova d'água e outros tipos que iriam deixar qualquer desavisado totalmente confuso. E nesse contexto, devo ressaltar que o desavisado sou eu.
— Essas não Gael. — Emerie tirou as fraldas que eu estava analisando e as colocou de volta na prateleira do supermercado. — Essas são para bebês maiores, nós temos que pegar a RN até o nosso feijãozinho ter tamanho para usar P.
Viu só? Por mim já estaria levando todos os tamanhos. É como dizem, melhor prevenir do que remediar.
— O quê é isso? — Peguei o objeto estranho que parecia uma válvula e uma mamadeira juntas.
— Uma bomba tira-leite. — Disse ela, como se aquilo explicasse tudo. Emerie franziu a cara como costuma fazer quando está irritada. — É para sugar meu leite do seio, caso o bebê queira a mamadeira.
— Ah. — Olhei para sua barriga redonda querendo escapar da regata dela. Sete meses e ela parecia que iria explodir, no bom sentido mas prefiro deixar esse pensamento comigo já que os hormônios femininos são imprevisíveis e volúveis. — Isso estava escrito naquele livro?
Desde que Emerie começou a ler o livro Tudo o que você precisa para o seu bebê - 1 ela tem literalmente levado ao pé da letra cada sugestão da obra, embora em algumas das vezes eu ache exagero e descarto uma ideia ou outra.
— Sim Gael, isso estava no livro. Eu achei uma boa ideia. — Suspirou, jogando a tal bomba no carrinho. — É uma opção caso nosso neném recuse o seio no começo, o que eu acho um pouco difícil mas como você diz? Melhor prevenir...
— Do que remediar. — Ela sorriu, e só aquilo valeu todas as bombas tira-leite que ela quisesse.
A única parte que eu não estava realmente gostando da gravidez era o maldito que Emerie abraçava todas as noites para dormir. O enorme travesseiro o qual minha mulher se agarrava e não soltava por nada durante o sono ao invés de se aconchegar nos meus braços. Porém, dando um desconto a mulher que estava carregando meu filho, eu acostumei com o travesseiro já que aquilo realmente a deixava ter um sono mais tranquilo e sem muita dor deixando ambas as pessoas que eu mais amava satisfeitas.
Mas ainda assim eu preferia que ela me escolhesse...
Algumas horas depois nós chegamos em casa e Emerie foi direto para a cama o gemido de alívio ecoou na casa no instante em que ela jogou fora as sapatilhas do pé e afundou de barriga para cima no nosso colchão. Quando fui em direção ao quarto, depois de guardar as compras, a encontrei abraçada com seu amante.
Hawke, nosso filhote de pelos pretos e o maior bagunceiro estava deitado no carpete, ele abriu apenas um olho para me observar e voltou a dormir.
— Se você não nascer logo feijãozinho, sua mãe vai ter que começar a fazer manha para o papai pra ela andar somente no colo dele. — Minha Eme afagou a barriga. — Meus pés estão me matando, feijão.
Vinte e oito semanas e ainda não tínhamos escolhido um nome para o bebê. É claro que tudo dependia do sexo biológico dele, mas não tínhamos cogitado nenhum nome ainda.
— Ei linda. — Emerie me olhou curiosa, como um gato prestando atenção na sua presa. — Que tal escolhermos um nome? O bebê nasce em dois meses, não dá para chamá-lo de feijão para sempre.
— Agora? — Confirmei. Ela pareceu pensar então me chamou para o seu lado na cama. — Tem razão, imagina dizer algo tipo o feijão nasceu no hospital, não combina nem um pouco. Nesse caso, teríamos que dizer, o feijão já tá cozido. Céus que horror Gael, eu não tinha pensado nisso.
Nós dois rimos com esse pensamento.
— Eu gosto de Aurora e não é nem pela princesa, é uma coisa de criança sabe. Ficou guardado na minha mente a tempo demais já, nós podemos dar para o nosso bebê. Ou se for um menino, eu gosto de Rowan.
— Eu gosto de Ella, mas Aurora é lindo também. E no caso de ser um menino para começar meu time de futebol eu voto em Aaron.
— Ok, então temos Aurora, Ella, Rowan e Aaron. — Emerie colocou nossas mãos úmidas sobre sua barriga. — Do que você gosta feijão?
Um pequeno movimento foi a resposta.
— Hum, acho que isso é um sim para todos né? — Ela deu pequenos tapinhas no abdômen.
Hawke entendeu aquilo como um chamado e abanou o rabo sentando aos pés da cama. Apesar de ser uma surpresa a vinda repentina dele, logo de cara ele e Emerie se tornaram melhores amigos. Algumas vezes eu chegava em casa com os dois deitados juntos, Hawke sempre com a cabeça perto da barriga dela de forma protetora.
— Você acha que ele sente o bebê? — Emerie murmurou, encostando a cabeça no meu ombro. — Darla disse que Oscar lambia a barriga dela na gestação dos meninos.
— Acho que ele sabe que você carrega outro filhote, nós poderíamos fazer um remake de Marley e Eu.
— Ah não, esse filme é triste Gael. Você sabe como eu fico em filmes que o animal morre, eu choro.
— Você chora em todos os filmes tristes Emerie, isso se você não dormir antes do final.
— Não é verdade, se no filme tiver o Chris Evans eu assisto até terminar. — Estreitei os olhos para ela, Emerie abriu um sorriso inocente. — Estou brincando anjinho.
Hawke latiu pedindo para subir na cama, ele logo foi para perto da Emerie se aninhando para dormir. Percebi que assim como ele, ela estava quase dormindo com piscadas sonolentas e a respiração lenta.
— Eu vou deixar você dormir. — Beijei sua testa logo depois sua barriga. — Quando você acordar minha mãe já deverá ter chegado com seu desejo de grávida.
Ainda pela manhã, Emerie revelou estar com vontade de comer torta de pêssego a mesma que a minha mãe fez para nós numa das nossas visitas a casa dela. Sendo assim, liguei para Olívia e na mesma hora ela disse que compraria as coisas para preparar pois não aceitaria que o neto dela nascesse com alguma "sequela" do desejo não atendido da gravidez.
Emerie acenou, abraçando o travesseiro e fechando os olhos com Hawke escondendo o focinho no seu cabelo. O anel de noivado brilhava em seu dedo anelar, parecia que eu estava vivendo um déjà vu, embora a história fosse totalmente diferente. Eu não ia casar com Emerie por ela estar carregando meu filho, mas sim porque eu a amava tanto quanto ela me amava e pretendíamos criar nossa pequena família como nós dois merecíamos e acima de tudo fazer o final feliz que Emerie sempre quis.
***
Pegaram as referências dos nomes dos bebês? Sou rendida por Aaron Warner me julguem, e se eu puder dar um menino com esse nome eu vou, assim como Ella. E o Rowan direto de TOG amo ele tbm 💖
E o Hawke de FBAA 👀
Então leitores, queria dizer que a obra está chegando ao fim e eu NÃO ESTOU PRONTA socorro, desculpa a demora pra atualizar mas eu gosto de enrolar só pra não ter que terminar porque o Gael e a Emerie são meu tudo, às vezes nem acredito que eu criei eles 🤧🤧
Deixem seu surtos nos comentários 🗣🗣
O próximo capítulo já é o parto e estou >ansiosa< pra escrever e para saber a reação de vocês ❤
Obs: eu sei que escrevo capítulos pequenos, honestamente >eu< acho capítulos grandes chatos de ler e escrever, sem contar que desde o início meus capítulos foram curtos não vai ser agora que eu vou mudar, além disso capítulo curtos sempre deixam com mais vontade de ler NA MINHA OPINIÃO. ❤
Beijo e até a próxima <3
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Angel In My Life
Storie d'amore(Concluído/Completo) A maior tensão sexual entre um anjo da guarda e uma humana que você irá encontrar... Emerie e Gael, uma humana e um anjo. Dois mundos completamente diferentes... o que eles têm em comum? A resposta é: os mesmos desejos devassos...