1.22 |Emerie

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Emerie

Meu sorriso aumentava a medida em que eu pensava maneiras impuras de corromper Gael. A festa de hoje a noite seria um ótima oportunidade, graças ao céus por eu ter uma amiga mais indecente do que eu, no caso Ayla.

Ela me ligou de manhã, assim como a sua minha voz estava rouca por conta do sono, mas ligeiramente mudou quando ela me contou o que planejava. Uma festa. Seu aniversário era no fim de semana, mas como ela sempre disse as melhoras festas são nas sextas. De fato. Muita bebida, música e pegação, se tudo ocorresse certo Gael estaria incluído na última parte, comigo óbvio.

Meu anjinho não deu as caras ainda, provavelmente afetado pela incrível cena que eu fiz durante a madrugada, típico de Gael não aparecer quando se sente constrangido.

- Uma festa? - Sua voz soou incrédula atrás de mim, me virei rapidamente para ele. O anjo se limitou a me olhar já que apenas uma camisa branca e uma calcinha boxer de renda me cobriam, ou quase. Adoro coisas de renda, principalmente peças íntimas.

- Pensei que não veria você tão cedo. - Levei a xícara de café forte até a boca escondendo o sorriso. O líquido esquentou meu peito, não tanto quanto já estava quente por conta de Gael.

- Por que? - Ele cruzou seus fortes braços inerte no mesmo lugar, focado em meus olhos.

- Talvez porque você não aparece de repente quando está envergonhado.

- E o que te leva a pensar que estou envergonhado Emerie? Algum motivo em especial?

- Ah anjinho, você é mais esperto que isso. Use sua cabeça, não sei se você sabe mas ela serve para você pensar em outras coisas, além de mim é claro.

Vi seus olhinho azuis se revirarem antes de eu voltar para o armário, tendo convicção que se eu me erguesse para pegar o cereal na prateleira de cima, minha camisa iria subir consequentemente dando a magnífica visão da minha bunda, sendo encoberta pela delicada renda preta. Ouvi seu suspiro.

- Sabe, você não precisa se controlar tanto Gael. - Falei ainda de costas para ele, enquanto preparava meu café da manhã na pequena tigela sobre a bancada.

- Você diria o contrário se estivesse no meu lugar, nem imagina a força que eu tenho que exercer para não...

- Não? - Parei o que estava fazendo para olhar seu rosto de novo, sorri maliciosa. - Diga anjinho.

O tom azul intenso ficou ainda mais intenso quando ele respirou fundo, cedendo seus ombros largos e soltando seus braços ao redor de seu musculoso corpo.

- Para não tocar em você Emerie.

- Não deveria fazer isso se não é o que deseja Gael, as vezes penso que você é um sádico. Fica sofrendo pelos cantos do apartamento sem poder fazer o que de fato deseja em relação a mim.

- O que anseio e desejo não tem importância Emerie, não é relevante quanto ao meu dever.

- Qual o objetivo de você me proteger se é incapaz de fazer isso.

- O que você quer dizer?

Sorri irônica.

- Gael você não percebe? - Ele negou confuso. - Eu quero você anjinho, e quando eu não posso ter o que eu quero eu sofro.

Suas bochechas ruborizaram. Vi sua garganta engolir em seco.

- Quando você se afasta, quando me afasta eu me sinto só, porque eu nunca desejei tanto outra coisa quanto eu desejo você. A não ser quando eu queria estar ao lado da minha mãe novamente e você sabe muito bem no que deu.

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