1.33 |Gael

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Gael

Eu estava perdido. Tão terrivelmente perdido nesse terrível labirinto de desejos. Minha capacidade de pensar simplesmente sumia quando eu a olhava. Todas os deveres, limites e barreiras se tornavam um nada quando nossas peles se tocavam, tão quentes, tão macias, queimando uma pela outra nesse anseio de nunca mais se separarem.

Sua boca era tão saborosa, uma oferenda proibida suplicando para ser beijada. Emerie suspirava de prazer, gemia afundada nesse lago de excitação. Suas curvas doces e suadas serviam apenas para alimentar o intenso desejo que se expandia no meu peito descendo até a região dura, pulsando por entrar nela, em sua umidade.

Na verdade todas as partes do meu corpo desejavam encontrar aquele ponto, aquele que fazia seus olhos revirarem e sua boca despejar os mais sujos e indecentes sons ao mesmo tempo em que pareciam uma canção de perdição. Sentia seu gosto delicioso na minha boca, não era doce nem salgado, era um sabor único e capaz de extinguir meus pensamentos.

- Você quer mais Gael? - Ela sussurrou rouca, descansando a cabeça no meu ombro. Passeando com suas mãos travessas por de baixo da minha camiseta, instigando meu organismo.

Quero. Quero você Emerie. De novo e de novo e de novo. As palavras ecoavam lentas, ociosas na minha cabeça.

Desci minhas mãos para o emaranhado de tecido enrolado em sua cintura, erguido o suficiente expondo sua virilha, extremamente convidativa. Emerie seguiu meu olhar abriu um sorriso discreto e malicioso.

- Você é tão faminto anjinho. - Minha garota mordeu o lóbulo da minha orelha. Arfei já cedendo.

Sua mão espalmou meu peito, me empurrando. Aqueei uma sobrancelha dando curtos passos para trás, foi então que percebi o por quê dela querer me afastar. Emerie estava tirando seu vestido, expondo todo o seu corpo. Meu coração acelerou, olhei para a porta fechada me certificando de que estava trancada, ouvi seu sorriso.

- Tão cuidadoso anjinho. - Voltei meu foco para o seu rosto, para o seu lindo e impuro corpo. Ela fez um sinal para que eu me aproximasse. - Você é sempre tão cuidadoso comigo Gael, mesmo quando eu não mereço.

Com toda força de vontade, me obriguei a fixar meus olhos apenas no rosto dela. Não nas suas curvas, não seus seios abundantes e redondos. Não nos fios loiros que caíam sobre eles, roçando seus mamilos ávidos. Engoli em seco sentindo meu sangue ferver com ternura.

Minha protegida me aproximou mais envolvendo meu quadril com as suas pernas nuas, então suas mãos erguiam minha camisa, tiravam o tecido enquanto ela mordia o lábio arranhando com suas unhas meu abdômen. Soltei a respiração que nem percebi estar segurando. Num impulso rápido eu estava nu da cintura para cima. A camiseta jogada bem ao lado da seda azul do vestido dela. Toda essa tensão me desconcertava, mas acho que Emerie gostava de uma sedução lenta e perspicaz, respiração em arfadas e arrepios na pele.

- Vamos experimentar uma coisa nova Gael. - Seu olhar desceu para evidência do meu desejo quase saltando da minha calça. - Mas primeiro você tem que tirar sua calça.

Emerie foi mais rápida na fivela do cinto o soltando, para traçar uma perigosa trilha na minha virilha. Por um momento esqueci como se respirava, como enchia meu peito com ar. Ela me apalpou sorrindo consigo mesma.

Minha calça caiu até os tornozelos, dessa vez fui eu quem sorriu ao vê-la engolir em seco. Suas pupilas ditadas brilhando. Eu queria fazê-la gritar, mas não podia esquecer do maldito pai e sua mulher no andar de baixo e os meio-irmãos nos quartos do mesmo andar.

- Emeri- - Repliquei entredentes. Minhas batidas se tornaram mais fortes quando ela sorriu e se virou, apoiando-se nos cotovelos na mesa.

Minha humana pegou minha mão levando até o seu cabelo, segurei os fios num rabo de cavalo. Deixei meu instinto de homem me guiar. Separei suas pernas com a minha e levei a mão livre para me guiar para dentro dela. O som que ela fez destruiu qualquer vestígio de hesitação que eu tinha.

Impulsionei meu corpo para o seu. Lento e forte. Ela estava molhada e quente. Deslizei para dentro dela, contive os gemidos altos. Ela não.
Enrolei seu cabelo na minha mão com mais firmeza, minha outra mão agarrava seu quadril. Consegui um ritmo mais rápido e firme, acho que acabei de adorar essa posição. Nossos corpos batiam um no outro, misturavam nossas essências, a camisinha que eu colocara no instante em que minha calça caiu, me impedia de a sentir por inteira.

Emerie estava gemendo contra parede, esse som por si me destruía e me reconstruía numa fração de segundos. Porém não posso culpá-la, nem mesmo eu era capaz de conter a resposta do meu corpo encontrando o dela. Uma batida deliciosa de tirar o fôlego. Estávamos suando, transpirando de prazer. Senti ela amolecer, seu corpo ceder naquele orgasmo arrebatador. Então Emerie estava tremendo, afetada por espamos e gritos. Foi o meu fim.

Meus impulsos estavam mais fortes, mais sedentos. Eu mordi meu lábio mas não consegui impedir o último e voraz gemido que me consumiu. Meu fogo apaziguando mas não apagando. De repente eu estava tremendo sobre ela, ainda dentro daquela cavidade macia e melada.

Ela riu quando parei, quando derrubei meu corpo exausto na coluna dela liberando um beijo no topo da sua nuca. Minhas pálpebras estavam pesadas. Fechei meus olhos tentado recuperar o ritmo certo da minha respiração. Pelo subi e descer das suas costas percebi que Emerie tentava fazer o mesmo.

- Para um anjo, você realmente sabe como foder Gael. - Sorri cansado.

- Isso é um elogio Emerie? - Murmurei.

- Sim. Acredite, nem um homem me cansou tanto, me fez gritar tanto igual a você anjinho. - Me afastei relutante dela.

Observei nossos estados depravados. Nus, suados e exaustos, mas com um brilho de malícia e luxúria nos olhos.

- Agora você está satisfeita? - Ela se aproximou como um gato, incapaz de se manter longe de mim.

- Nem de perto anjinho. - Sussurrou contra os meus lábios. - Mas viemos aqui para jantar com meu querido pai, não vamos o decepcionar passando a noite fodendo nesse quarto. Embora eu realmente cogite isso.

Sua risada aqueceu minha boca e antes que eu pudesse agarrar sua cintura e a virar contra parede de novo, alguém bateu na porta. Uma batida leve e hesitante.

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