2.21 |Gael

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Lentamente, a escuridão tomava conta das ruas vazias da cidade. As luzes dos postes atravessavam a persiana da janela, formando um reflexo de listras laranjas na parada do meu apartamento, Emerie observava curiosa os cômodos estreitos, o som dos passos quase silenciosos ecoava como batuques de um tambor no chão. Fiquei ao seu encalço, admirado com o modo o qual bisbilhotava cada detalhe, ela parou fazendo careta pra minha estante exclusiva para canecas, ela soltou a respiração.

- Você é muito certinho, Gael. - Enfatizou, deixando de insultar com seus olhos o meu hobbie. Reprimi os lábios, guardando o sorriso tímido.

- Você está com fome? - Descruzei os braços, aproximando de um armário com alimentos instantâneos e cereais. Eu não me dava ao luxo de comer coisas saudáveis, ultimamente era difícil pensar preparar uma refeição decente com uma carga horária pesada. Ofereci uma granola com gotas de chocolate.

- Você não tem nada melhor pra comer? - Ironizou, chegando mais perto. Ela me abraçou por trás, eu estava inclinando para o armário procurando uma coisa comestível. - Não estou com fome, Gael. Não se preocupe com isso.

Virei pra ela, meus braços logo envolveram sua cintura levantando seu corpo, seus pés se afastaram do chão. Ela me olhou surpresa, girei nós dois prensando-a contra a pequena mesa no centro. Roubei um beijo suave.

- O que você quer, Emerie? - Perguntei baixinho, contra a sua boca. Sua cabeça recuou pra trás, seu rosto mudou para um semblante reflexivo.

- Uma pergunta perigosa, Gael. - Suas mãos subiram arrastando suas unhas pelos meus braços até os ombros. Seu dente mordiscou o lóbulo da minha orelha, ela gostava de fazer esse jogo de provocações. - Nesse exato momento, eu só quero você.

Minha mente focou na estonteante visão da sua boca entreberta, seus olhos murchos e vermelhos. Inspirei o cheiro de álcool que saía devagar dos seus lábios avermelhados, Emerie se aproximou passando sua língua sobre a minha boca, inebriado permiti que ela liberasse mordiscos sobre o meu queixo, deslizando seu rosto sobre a barba por fazer que sombreava a região da mandíbula. Meus dedos apertaram a curva da sua cintura, suas pernas se cruzaram ao meu redor.

"Como ela vai reagir quando ver esse seu lado faminto, fodendo sem tempo pra pensar. Sentindo suas mãos na bunda dela, apertando, batendo. Sua boca beijando ela, chupando essa garota com tanta devoção que ela vai esquecer o nome. Mordendo os lábios dela, a orelha, as coxas e..." as palavras da Rachel passaram na minha mente, na verdade não me assustavam tanto quanto eu pensei, me deixavam curioso com a reação da Emerie, acho que ela não ia reclamar.

- Pare. - Ordenei, mudando o tom de voz. Ela parou de beijar o meu pescoço. - Embora sua boca seja incrivelmente deliciosa, estou cansado das suas provocações. Use-a para algo mais útil.

Seu olhar se iluminou com um tipo de brilho diferente. Ela me apalpou sobre a calça, causando ondas de excitação pelo meu organismo.

- Por que você não usa a sua? - Ronronou, esboçando um sorriso atrevido. - Estou ansiosa pra saber o que você pode fazer.

Segurei suas mãos juntas, empurrando seu corpo para atrás, até ela estar completamente deitada sobre a mesa. Abri suas pernas com a outra mão, ficando entre elas. Emerie usava um calção jeans, que fazia pouco para cobrir a beleza das suas pernas esguias. Ela tentou soltar as mãos que eu mantinha presa, mas não cedi, entendendo meu intuito Emerie alargou o sorriso passando a língua sobre os dentes.

- Preciso que você me ajude, Emerie. - Comentei, traçando beijos entre a suas coxas cada vez mais próximo do seu sexo. - Erga-se.

Ela arfou levantando o quadril da mesa, soltei suas mãos para abrir o zíper do seu shorts e puxá-lo junto da calcinha. Emerie mordeu o lábio, olhando para o teto. Seu peito subia e descia respirando com dificuldade. Escalei meus dedos devagar por suas pernas, uma afronta prazerosa. Baixei o jeans, puxando lentamente a alça fina da calcinha de renda preta. Não permiti ser tão ansioso, mantendo a tranquilidade fatal a punindo por me provocar no bar, no carro e no lugar onde estávamos.

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