As vidas de Aya Takahashi e Asuka Nakamura não eram, nem de perto, parecidas. Enquanto Aya lutava para sobreviver aos traumas do passado que insistiam em ainda atormenta-la, Asuka buscava, a todo custo, esconder quem ela era de verdade, em uma tenta...
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Certo, talvez eu não tenha feito a melhor das decisões quando beijei os lábios do Haitani que agora me empurrava contra a parede de um beco qualquer com as mãos grudadas em meus quadris. Sim, posso ter soltado um gemido que foi abafado por conta de mais um beijo e uma risada escapou de minha boca no momento que suas mãos agarraram minhas coxas, me impulsionando para que minhas pernas se prendessem a redor de seus quadris. Sim, talvez eu tenha perdido boa parte do meu raciocínio no instante que seus lábios se grudaram em meus pescoço ou se arrastaram na direção de meu busto.
Ran riu malicioso ao escutar mais um gemido meu e beliscou a pele de minha cintura, se empurrando cada vez mais forte contra mim. Eu podia senti-lo através da calça e isso apenas aumentavam a porra do calor que parecia ter se alojado em meu corpo, o culpado daquilo era aquele Haitani desgraçado e eu gostava daquilo mais do que nunca.
Meus dedos apertaram o tecido de sua blusa com força, puxando-a e buscando por tocar mais em sua pele. Foi ali que uma vibração perto no meu peito me fez franzir o cenho com confusão, tentando afastar Ran de mim para pegar qualquer seja o que esteja vibrando e incomodando naquele momento, mas o delinquente não se afastou.
Dei um tapa em seu ombro e quando pisquei os olhos, eu me encontrava fitando um teto branco. Ah, que ótimo, era um sonho!
Soltei um resmungo, me virando no tapete felpudo, piscando os olhos para que o sono se afastasse de minha consciência. Meu corpo doía, sem dúvidas é por conta daquelas imbecis das Amazonas. Bando de arrombada.
─ Você tá bem?─ Ouvi uma voz atrás de mim e suspirei, pressionando minha testa contra o tapete felpudo. Revirei os olhos, usando minhas mãos para me sentar no piso, puxando o lençol colorido que cobria o homem deitado na cama para cobrir meu corpo nú.
─ Está na hora de ir embora.─ Soltei para ele que apenas revirou os olhos, voltando a se deitar na minha cama. Me levantei lentamente, ignorando meu reflexo no espelho, não queria enxergar as cicatrizes ao longo de minhas costas. Caminhei até o banheiro, buscando minhas roupas que devem ter se perdido por ali, assim que adentrei naquele quarto na noite passada entre tropeços com aquele imbecil deitado na cama, imóvel.
Revirei os olhos, vestindo minha calcinha e minhas calças com rapidez. Lancei um olhar para o imbecil mais uma vez antes de vestir uma camisa larga, agarrando meu celular que estava jogado no chão.
─ Hyun, você tem que ir embora.─ Falei em um tom alto, me aproximando da cama e empurrando o corpo do homem fazendo com que ele caísse no piso. Hyun soltou um gemido abafado, revirei os olhos e comecei a andar na direção da porta.─ Quero você fora dessa porra quando eu voltar.
Ele apenas resmungou algo incompreensível e fechei a porta com força, guiando meu celular até o ouvido e soltando um suspiro, agarrando uma carteira de cigarro que estava em cima de mesa enquanto enfiava um isqueiro no meu bolso, me lançando nas ruas com passos rápidos.
