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Eu ainda estava parada, olhando para a tela do celular, me perguntando se tinha lido certo a mensagem que minha mãe tinha me enviado, porque aquilo parecia a porra de uma brincadeira do caralho

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Eu ainda estava parada, olhando para a tela do celular, me perguntando se tinha lido certo a mensagem que minha mãe tinha me enviado, porque aquilo parecia a porra de uma brincadeira do caralho. Estava parada, olhando para tela do celular, enquanto Rindou gastava todo o dinheiro com sorvete só porque Violeta queria experimentar todos os sabores possíveis. Eu deveria me irritar com isso, porque ela não ia jantar por estar se entupindo de doce, mas estava perplexa demais com o que tinha acabado de ler para qualquer reação.

-O que foi?- Rindou perguntou, me encarando com os olhos roxos e eu quis morrer de tanta raiva quando mostrei a tela para ele. Rindou torceu o nariz. -Sério?

-Sim, sério! - eu disse irritada. Ele revirou os olhos e eu estava bem inclinada a fazer o mesmo.

Dois dias atrás, minha mãe tinha recebido a notícia que Akira tinha morrido. Mais especificamente, tinha sido assassinado. Por mais que ele fosse meu irmão e essas coisas, o único sentimento que consegui desfrutar foi alívio por Akira finalmente ter saído da merda da minha vida. Já minha mãe... Bem, ela ficou bem abalada.

Akira era um merda, mas era filho dela, então, bem... Acho que é normal você ficar triste. Ele tinha saído de dentro dela, ela tinha criado Akira. Talvez uma parte de mim se sentisse mal de ver minha mãe sofrendo com a morte dele, talvez eu me sentisse um pouco mal por estar aliviada com a morte de Akira. Ainda assim...

Voltar para o Japão para enterrar Akira, era isso que minha mãe queria fazer, faltando quatro dias para o aniversário de Violeta. Queria esganar minha mãe, mas eu tinha o direito de julgar ela, afinal?

-Você vai fazer o que?- Rindou perguntou, ocupado demais em dividir o sorvete com Violeta para me olhar. Eu apenas suspirei.

-Do que vocês tão falando? - Violeta perguntou franzindo as sobrancelhas.

-Coisa de adulto. - eu falei e ela revirou os olhos. Porra, até mesmono jeito que ela fazia isso era igualzinho a Rindou, e ele deve ter percebido isso, porque deu risada.

-Não seja sem educação com sua mãe, Violeta. - ele disse e Violeta torceu o nariz. Eu suspirei de novo e Rindou levou uma mão até minha perna, apertando de leve. -Relaxa. Se sua mãe quer ir, deixa ela ir!

-Não vou deixar minha mãe ir sozinha, Rindou.- eu falei revirando os olhos. Ele arqueou a sobrancelha para mim.

-Então você, logo você, que tem um alvo nas costas, quer ir com ela pro Japão?- ele zombou. Revirei os olhos.

-Porque a mamãe pode revirar os olhos e eu não?- Violeta disse, parecendo indignada.

-Porque eu sou sua mãe, simples assim.- eu falei cruzando os braços e olhando para ela. Violeta fez um biquinho. -Chega de sorvete, vocês dois.

-Ei!- Rindou e Violeta reclamaram. Eu ignorei os dois.

Eu sabia que estava sendo uma chata, mas estava tão cansada e estressada. Parecia que tudo tinha resolvido dar errado ao mesmo tempo, e eu sentia que não tinha ninguém com quem eu pudesse conversar sobre o que eu estava sentindo de verdade.

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